Greve nos bancos fecha 215 agências em Alagoas

Por Redação com Gazetaweb 04/10/2016 15h03 - Atualizado em 04/10/2016 18h06
Por Redação com Gazetaweb 04/10/2016 15h03 Atualizado em 04/10/2016 18h06
Greve nos bancos fecha 215 agências em Alagoas
Foto: Divulgação
A greve nacional dos bancários completou quatro semanas. Em Alagoas, 215 agências permanecem fechadas devido à paralisação. No Brasil, são 13,2 mil agências e 29 centros administrativos sem funcionar.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França, o estado possui 240 agências bancárias, destas, apenas 25 funcionam. "Na capital, nenhuma funciona. As outras 25 são de regiões distantes e o sindicato não vai até lá para incentivar a paralisação", informou.

Ainda segundo Jairo, não tem previsão para que as agências voltem a funcionar, ou seja, a greve continua por tempo indeterminado. "Na semana passada, uma reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi realizada, porém, terminou sem acordo. E ainda não há outras reuniões marcadas", expôs.

Alternativa

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes podem usar caixas eletrônicos para agendamentos e pagamento de contas, desde que não estejam com o prazo de pagamento vencido. Saques - inclusive de benefícios sociais, como o Programa Bolsa Família -, depósitos, emissão de folhas de cheque e transferências bancárias estão sendo realizadas.

Outra alternativa é usar os correspondentes bancários, como casas lotéricas e agências dos Correios. É possível também pagar contas e faturas de serviços públicos, além de sacar benefícios e fazer depósitos.

Segundo a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), os fornecedores devem disponibilizar outras formas de pagamentos alternativos para o consumidor, a fim de que o mesmo não seja prejudicado. O Procon alerta ainda que o consumidor que for lesado por não cumprimento dos métodos alternativos, o órgão de defesa do consumir devem ser acionados imediatamente.

Processo de negociações

A Fenaban, no último dia 28, ampliou a oferta de abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios. Também foi proposto que a convenção coletiva dure em torno de dois anos com a garantia para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

A proposta, no entanto, foi recusada. A categoria já havia rejeitado a proposta primária da Fenaban, de reajuste de 6,5% sobre os salários, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.

A proposta seguinte também foi rejeitada com o reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios alimentação, refeição, creche, e abono salarial de R$ 3,3 mil.

Os bancários querem a reposição da inflação do período, mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), PRL de três salários, mais R$ R$ 8.317, além de reivindicações, como condições de trabalho nas agências