Alunos da Ufal organizam manifestação contra possível greve dos professores
Dezenas de alunos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promovem um grande ato, na tarde desta quarta-feira (28), contra a possível deliberação de greve dos docentes da instituição. A mobilização tem o intuito de sensibilizar os professores em relação aos prejuízos da paralisação das atividades nos campi.
Inicialmente, os alunos realizarão uma caminhada pela rua principal da Ufal para mobilizar outros estudantes e, em seguida, farão um protesto em frente à sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), localizada no prédio do Centro de Interesse Comunitário (CIC), onde está marcada para acontecer a assembleia geral dos docentes. Na ocasião, os professores votarão a possibilidade de greve geral.
O movimento contra a greve foi criado e organizado por alunos que defendem que toda a comunidade acadêmica da Ufal possa participar do debate sobre melhorias para a universidade e, não somente, os professores. Infelizmente, não houve nenhum contato da Adufal com os alunos para propor soluções conjuntas.
"Após as duas maiores greves da história da nossa universidade, em 2012 e 2015, nenhuma melhoria perceptível foi conquistada para a comunidade. Uma nova greve não vai resolver o problema. Sem contar que a greve está sendo usada como instrumento político", frisa o estudante de Engenharia de Petróleo e organizador do ato, João Fyllipy.
Além da inefetividade já demonstrada pelas duas greves mais recentes, o estudante destaca os prejuízos causados à sociedade caso ocorra uma nova greve na universidade. Um exemplo é o calendário acadêmico, que ainda sofre com o atraso deixado pela greve de 2015, que durou três meses.
"O calendário fica completamente desregulado após uma greve. E o prejuízo não é só para aqueles que estão na universidade e querem se formar, mas também para os feras que ainda não puderam iniciar seus cursos e para os estudantes que vão fazer o Enem este ano", ressalta o organizador.
Agberto Sanches, por exemplo, foi aprovado no curso de Medicina Veterinária da Ufal pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2015, mas ainda não conseguiu iniciar os estudos.
"Quando fiz a matrícula e fui informado que, por conta da última greve, as minhas aulas não iriam começar tão cedo, fui procurar um emprego pra não passar o ano totalmente parado, mas não consegui. No momento estou ajudando o meu pai no trabalho dele. Mas meu sonho mesmo era estar cursando a faculdade que eu tanto almejei", lamenta.
Os prejuízos também atingem alunos que dependem de bolsas da Ufal e aqueles que são do interior ou de outros estados e pagam aluguel para viver em Maceió durante o período de estudos. "Esses alunos vão ter que voltar para suas casas ou continuar tendo um gasto morto com aluguel. Sem contar os prejuízos a toda a comunidade que depende de forma direta ou indireta da Ufal", ressalta o organizador do evento, João Fyllipy.
Comprovando o caráter plural do movimento, estudantes de diversos cursos aderiram ao ato, entre eles Geografia, Engenharia de Petróleo, Medicina, Direito, Jornalismo, Engenharia Química, Economia, Ciências Sociais, Odontologia, Química, Filosofia, Administração, Engenharia Civil, Nutrição, Relações Públicas, Ciência da Computação, Serviço Social, Farmácia e Engenharia da Computação.
'Apenas discussão'
Apesar das alegações dos estudantes, a assembleia dos servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no Centro de Interesse Comunitário, nas dependências do Campus A.C.Simões, tem o objetivo de debater uma série de demandas das categorias, que já planeja construir um calendário para o movimento grevista, mas não uma votação. A paralisação por tempo indeterminado deve ter início na segunda quinzena de outubro.
"Nosso intuito não é fazer uma greve de forma isolada, mas sim, caminhar em conjunto com as centrais, ou seja, seguindo o movimento nacional. Entretanto, hoje será o dia da Ufal, o dia em que iremos discutir a situação dos docentes e técnicos administrativos, além de outros profissionais da universidade. Não haverá votação, apenas começaremos a construir o calendário de lutas, com a possibilidade de deflagração de greve já na segunda quinzena do próximo mês", afirma André Aguiar, assessor de comunicação da Adufal.
Inicialmente, os alunos realizarão uma caminhada pela rua principal da Ufal para mobilizar outros estudantes e, em seguida, farão um protesto em frente à sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), localizada no prédio do Centro de Interesse Comunitário (CIC), onde está marcada para acontecer a assembleia geral dos docentes. Na ocasião, os professores votarão a possibilidade de greve geral.
O movimento contra a greve foi criado e organizado por alunos que defendem que toda a comunidade acadêmica da Ufal possa participar do debate sobre melhorias para a universidade e, não somente, os professores. Infelizmente, não houve nenhum contato da Adufal com os alunos para propor soluções conjuntas.
"Após as duas maiores greves da história da nossa universidade, em 2012 e 2015, nenhuma melhoria perceptível foi conquistada para a comunidade. Uma nova greve não vai resolver o problema. Sem contar que a greve está sendo usada como instrumento político", frisa o estudante de Engenharia de Petróleo e organizador do ato, João Fyllipy.
Além da inefetividade já demonstrada pelas duas greves mais recentes, o estudante destaca os prejuízos causados à sociedade caso ocorra uma nova greve na universidade. Um exemplo é o calendário acadêmico, que ainda sofre com o atraso deixado pela greve de 2015, que durou três meses.
"O calendário fica completamente desregulado após uma greve. E o prejuízo não é só para aqueles que estão na universidade e querem se formar, mas também para os feras que ainda não puderam iniciar seus cursos e para os estudantes que vão fazer o Enem este ano", ressalta o organizador.
Agberto Sanches, por exemplo, foi aprovado no curso de Medicina Veterinária da Ufal pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2015, mas ainda não conseguiu iniciar os estudos.
"Quando fiz a matrícula e fui informado que, por conta da última greve, as minhas aulas não iriam começar tão cedo, fui procurar um emprego pra não passar o ano totalmente parado, mas não consegui. No momento estou ajudando o meu pai no trabalho dele. Mas meu sonho mesmo era estar cursando a faculdade que eu tanto almejei", lamenta.
Os prejuízos também atingem alunos que dependem de bolsas da Ufal e aqueles que são do interior ou de outros estados e pagam aluguel para viver em Maceió durante o período de estudos. "Esses alunos vão ter que voltar para suas casas ou continuar tendo um gasto morto com aluguel. Sem contar os prejuízos a toda a comunidade que depende de forma direta ou indireta da Ufal", ressalta o organizador do evento, João Fyllipy.
Comprovando o caráter plural do movimento, estudantes de diversos cursos aderiram ao ato, entre eles Geografia, Engenharia de Petróleo, Medicina, Direito, Jornalismo, Engenharia Química, Economia, Ciências Sociais, Odontologia, Química, Filosofia, Administração, Engenharia Civil, Nutrição, Relações Públicas, Ciência da Computação, Serviço Social, Farmácia e Engenharia da Computação.
'Apenas discussão'
Apesar das alegações dos estudantes, a assembleia dos servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no Centro de Interesse Comunitário, nas dependências do Campus A.C.Simões, tem o objetivo de debater uma série de demandas das categorias, que já planeja construir um calendário para o movimento grevista, mas não uma votação. A paralisação por tempo indeterminado deve ter início na segunda quinzena de outubro.
"Nosso intuito não é fazer uma greve de forma isolada, mas sim, caminhar em conjunto com as centrais, ou seja, seguindo o movimento nacional. Entretanto, hoje será o dia da Ufal, o dia em que iremos discutir a situação dos docentes e técnicos administrativos, além de outros profissionais da universidade. Não haverá votação, apenas começaremos a construir o calendário de lutas, com a possibilidade de deflagração de greve já na segunda quinzena do próximo mês", afirma André Aguiar, assessor de comunicação da Adufal.
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