Aluna da Unicamp vende doces para pagar inscrições de jovens no vestibular
Produzindo e vendendo brigadeiros, a aluna de letras da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Maris Malfate conseguiu na tarde desta quinta-feira (25) alcançar uma meta ambiciosa: arrecadar, em duas semanas, R$ 2.400 para que 15 jovens carentes consigam pagar a taxa de inscrição do vestibular da universidade.
Maris é professora voluntária do Proceu Conhecimento, um cursinho pré-vestibular gratuito voltado para estudantes de baixa renda que acontece em um local cedido pelo programa de Moradia Estudantil da universidade. Foi lá que, em uma das aulas, descobriu que muitos dos seus alunos não haviam conseguido a isenção da taxa para fazer o vestibular da instituição, marcado para o dia 20 de novembro.
"Duas meninas chegaram chorando porque elas não tinham conseguido a isenção. Nós fizemos uma entrevista socioeconômica com cada um dos candidatos para que eles pudessem participar das aulas. São alunos que não têm condições", conta a jovem.
A Unicamp oferece três modalidades de isenção da taxa: para candidatos de baixa renda, para funcionários da universidade e para candidatos aos cursos noturnos de licenciatura. Apesar disso, os estudantes do cursinho não se enquadraram em nenhuma das opções.
No total, 15 dos 90 alunos do projeto se encontram na mesma situação. Querem fazer o vestibular, mas não têm como pagar os 160 reais da taxa.
Foi a partir daí que Maris teve a ideia de vender os doces na saída do bandejão da Unicamp. A resposta à iniciativa foi surpreendente: em quatro dias, a aluna arrecadou R$ 1.200. No início desta semana, o valor levantado já era de R$ 2.000.
"Não achei que ia ter tanta repercussão. Apareceu até gente querendo doar dinheiro, gente querendo adotar um aluno e pagar a taxa de inscrição inteira", conta Maris.
"Em nome de toda a equipe Proceu Conhecimento, o meu muito obrigada. Cada um de vocês está ajudando no crescimento e educação desses alunos. Obrigada por darem a oportunidade de inclusão na universidade pública para quem mais precisa", comemorou a jovem em seu perfil numa rede social assim que ficou sabendo que havia conseguido todo o dinheiro para as inscrições.
Precariedade
Para Maris, o valor da taxa de inscrição é muito alto. "Para quem tem condições de pagar já é um valor caro. Sei que é um valor utilizado para a contratação de fiscais, da segurança, mas muitas pessoas fazem a prova. A universidade arrecada muito dinheiro com isso", afirma.
A aluna também questiona a distribuição do benefício de isenção da taxa. "A Unicamp diz que quer incluir esses alunos carentes, mas não tem estrutura para isso. É o mesmo com a moradia: eles afirmam que querem receber mais gente lá, mas há muito tempo não tem reforma nos prédios".
Em resposta, a assessoria de imprensa da Unicamp afirma que "todos aqueles que enviam a documentação comprobatória de sua situação, dentro das exigências do programa, são atendidos". Em 2016, 7.301 candidatos foram beneficiados com a isenção da taxa.
Sobre a crítica relacionada à moradia estudantil, a instituição informou que os programas de permanência estudantil são pautados por projetos de inclusão que a Unicamp desenvolve e vem ampliando.
"A universidade conta atualmente com um total de 832 vagas gratuitas na moradia estudantil voltadas para estudantes de graduação e pós-graduação. Além disso, aumentou o número de bolsas de auxílio moradia, passando de 310 em 2012 para 791 em 2016. A demanda por moradia estudantil está sendo suprida por meio desses programas", explicou.
Vestibular 2017
O prazo de inscrição para o vestibular 2017 da Unicamp vai até 1º de setembro e deve ser feita exclusivamente pela internet no site da Comvest (Comissão Permanente de Vestibulares). São oferecidas 3.300 vagas, distribuídas em 70 cursos da instituição.
A primeira fase acontece no dia 20 de novembro e a segunda fase, nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2017.
Maris é professora voluntária do Proceu Conhecimento, um cursinho pré-vestibular gratuito voltado para estudantes de baixa renda que acontece em um local cedido pelo programa de Moradia Estudantil da universidade. Foi lá que, em uma das aulas, descobriu que muitos dos seus alunos não haviam conseguido a isenção da taxa para fazer o vestibular da instituição, marcado para o dia 20 de novembro.
"Duas meninas chegaram chorando porque elas não tinham conseguido a isenção. Nós fizemos uma entrevista socioeconômica com cada um dos candidatos para que eles pudessem participar das aulas. São alunos que não têm condições", conta a jovem.
A Unicamp oferece três modalidades de isenção da taxa: para candidatos de baixa renda, para funcionários da universidade e para candidatos aos cursos noturnos de licenciatura. Apesar disso, os estudantes do cursinho não se enquadraram em nenhuma das opções.
No total, 15 dos 90 alunos do projeto se encontram na mesma situação. Querem fazer o vestibular, mas não têm como pagar os 160 reais da taxa.
Foi a partir daí que Maris teve a ideia de vender os doces na saída do bandejão da Unicamp. A resposta à iniciativa foi surpreendente: em quatro dias, a aluna arrecadou R$ 1.200. No início desta semana, o valor levantado já era de R$ 2.000.
"Não achei que ia ter tanta repercussão. Apareceu até gente querendo doar dinheiro, gente querendo adotar um aluno e pagar a taxa de inscrição inteira", conta Maris.
"Em nome de toda a equipe Proceu Conhecimento, o meu muito obrigada. Cada um de vocês está ajudando no crescimento e educação desses alunos. Obrigada por darem a oportunidade de inclusão na universidade pública para quem mais precisa", comemorou a jovem em seu perfil numa rede social assim que ficou sabendo que havia conseguido todo o dinheiro para as inscrições.
Precariedade
Para Maris, o valor da taxa de inscrição é muito alto. "Para quem tem condições de pagar já é um valor caro. Sei que é um valor utilizado para a contratação de fiscais, da segurança, mas muitas pessoas fazem a prova. A universidade arrecada muito dinheiro com isso", afirma.
A aluna também questiona a distribuição do benefício de isenção da taxa. "A Unicamp diz que quer incluir esses alunos carentes, mas não tem estrutura para isso. É o mesmo com a moradia: eles afirmam que querem receber mais gente lá, mas há muito tempo não tem reforma nos prédios".
Em resposta, a assessoria de imprensa da Unicamp afirma que "todos aqueles que enviam a documentação comprobatória de sua situação, dentro das exigências do programa, são atendidos". Em 2016, 7.301 candidatos foram beneficiados com a isenção da taxa.
Sobre a crítica relacionada à moradia estudantil, a instituição informou que os programas de permanência estudantil são pautados por projetos de inclusão que a Unicamp desenvolve e vem ampliando.
"A universidade conta atualmente com um total de 832 vagas gratuitas na moradia estudantil voltadas para estudantes de graduação e pós-graduação. Além disso, aumentou o número de bolsas de auxílio moradia, passando de 310 em 2012 para 791 em 2016. A demanda por moradia estudantil está sendo suprida por meio desses programas", explicou.
Vestibular 2017
O prazo de inscrição para o vestibular 2017 da Unicamp vai até 1º de setembro e deve ser feita exclusivamente pela internet no site da Comvest (Comissão Permanente de Vestibulares). São oferecidas 3.300 vagas, distribuídas em 70 cursos da instituição.
A primeira fase acontece no dia 20 de novembro e a segunda fase, nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2017.
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