De cadeira de rodas, Zagallo conduz Tocha Olímpica e se emociona

Por Globo Esporte 04/08/2016 15h03 - Atualizado em 04/08/2016 18h06
Por Globo Esporte 04/08/2016 15h03 Atualizado em 04/08/2016 18h06
De cadeira de rodas, Zagallo conduz Tocha Olímpica e se emociona
Foto: Reprodução/Twitter
Zagallo nunca escondeu a frustração por não ter conquistado o ouro olímpico como técnico da Seleção Brasileira. A derrota para a Nigéria por 4 a 3 na "morte súbita" da semifinal de Atlanta, em 1996, continua viva na memória do ex-treinador de 84 anos. Mesmo assim, ele afirmou que a dor pode ser amenizada, caso o Brasil suba ao lugar mais alto do pódio no Rio de Janeiro.

"Se ganhar o ouro agora, para mim seria como se eu estivesse ganhando junto. Ajudaria a tirar um pouco a lembrança daquela derrota, que ainda está engasgada. Tive a felicidade de ganhar um bronze, mas não era o que eu queria", falou.

O tetracampeão mundial disse estar confiante na equipe comandada por Rogério Micale. Para o Velho Lobo, a preparação foi bem feita, e o time tem qualidade para conquistar o único título que ainda falta ao futebol brasileiro.

"A Seleção Brasileira está trabalhando muito bem. Já tive a oportunidade de ver jogar e gostei. Espero que a amarelinha vibre muito aqui no Rio".

A estreia do Brasil no futebol masculino na Rio 2016 ocorre nesta quinta-feira, no mesmo dia em que Zagallo teve a oportunidade de carregar a tocha olímpica. Em uma cadeira de rodas, ele recebeu a chama de Carlos Alberto Parreira, parceiro de muitas conquistas. Assim que iniciou o trajeto, Zagallo ficou bastante emocionado e chorou.

"É um dia diferente, que eu torci muito para que chegasse. Muitos queriam estar no meu lugar. Eu acompanhei tudo de casa, desde a saída da Grécia. Agora tenho a honra de estar aqui. E 'tocha olímpica' ainda tem 13 letra", brincou Zagallo.