Ônibus sem cobrador é nova estratégia em Recife para reduzir assaltos

Por via Diário de Pernambuco 01/07/2016 09h09 - Atualizado em 01/07/2016 12h12
Por via Diário de Pernambuco 01/07/2016 09h09 Atualizado em 01/07/2016 12h12
Ônibus sem cobrador é nova estratégia em Recife para reduzir assaltos
Assaltos já fazem parte da rotina dos passageiros da RMR. - Foto: Alcione Ferreira/Arquivo/DP
Diante de uma rotina de medo e insegurança dentro dos ônibus que circulam pela Região Metropolitana, que somam uma média de cinco coletivos assaltados por dia, o Grande Recife Consórcio de Transportes dará início a uma nova estratégia de operação para tentar reduzir os índices. A partir do próximo dia 11, a linha 901-TI Abreu e Lima/TI Macaxeira vai começar a funcionar sem cobrador. Só será permitido o ingresso de passageiros com o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM).

Através de nota oficial, o Consórcio informou que a medida é um teste. "Para avaliar se a redução de circulação de dinheiro no ônibus diminuirá a incidência de assaltos a coletivos". Atualmente, a linha circula com oito veículos. Serão aceitos os VEM's Trabalhador, Estudante, Livre Acesso e Comum.

Anteriormente, a medida estava programada para iniciar já na próxima segunda-feira, mas a entidade prolongou o prazo para que os passageiros sejam orientados sobre a mudança e providenciem o cartão, caso ainda não tenham.

Ainda de acordo com o Grande Recife, a empresa que opera a linha firmou compromisso com o Consórcio para que todos os profissionais sejam capacitados e remanejados para outras funções, como motoristas ou despachantes.

MEDO
O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco informou que, de janeiro a maio deste ano, 704 ônibus foram assaltados na Região Metropolitana. No ano passado, segundo a entidade, foram 490 registros no mesmo período. Somente entre os dias 1 e 22 deste mês, foram 102 coletivos. A Secretaria de Defesa Social, no entanto, divulga números bem abaixo da contagem dos trabalhadores. De acordo com a Gerência de Análise Criminal e Estatística (Gace), entre janeiro e maio deste ano, foram 415 ocorrências. No mesmo período do ano passado, foram 293. A diferença seria justificada porque a SDS só registra casos em que a renda dos coletivos é roubada.