80% dos moradores de Igaci estão com Zika ou Chikungunya
Em Igaci, cidade do Agreste de Alagoas, cerca de 80% dos moradores estão com sintomas de alguma das doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Na unidade de saúde local, a Santina Toledo, cerca de 200 pessoas são atendidas por dia. Porém não é possível saber qual a doença porque as amostras pararam de ser enviadas para o laboratório do Estado, em Maceió.
Os atendimentos de casos suspeitos de Dengue, Zika e Febre chikungunya quase que triplicaram nos últimos meses. O índice de infestação no município é de 2,1%, o dobro do recomendado pelo Ministério da Saúde.
Este crescimento acelerado dos casos sobrecarrega a unidade de saúde local, que só tem um médico plantonista por dia. Os atendimentos estão sendo realizados, porém os pacientes saem do consultório sem um diagnóstico preciso.
Uma das pacientes examinadas foi a estudante Jéssica Hádila, que reclama da falta de exames. “Exame a gente não fez, não foi nem solicitado. Não houve encaminhamento. A orientação médica foi repouso, muito líquido e tomar remédio, mesmo assim sem receita”, relata após sair do atendimento.
De acordo com o coordenador da unidade de saúde, José Martins, o posto faz os exames de sorologia, mas teve que suspender porque o laboratório do estado não tá recebendo mais amostras.
"No início a gente coletou muitos exames e encaminhou para Maceió, para a Secretaria, mas até agora a gente não teve resultado ainda por que o kit que verifica qual é a doença esgotou”, diz o coordenador.
Sesau
A secretaria de Saúde do Estado rebate essa informação, alegando que mesmo sem o kit as doenças estavam sendo identificadas de outras formas pelo laboratório, que nunca solicitou aos municípios que parassem de enviar amostras. Como também informou que o estoque do kit já foi regularizado.
Enquanto isso, a população prossegue adoecendo e o problema está mais do que evidente. Por causa da deficiência no abastecimento de água. A maioria das casas nos povoados de Igaci possui cisternas, que estão em mau estado de conservação ou descobertas, propiciando a reprodução do mosquito.
Na zona rural é comum encontrar cisternas contaminadas. E a desinformação é facilmente notada. Este é o caso do agricultor José Dias da Silva, 78, que mora no povoado de Caraibinhas. Ele ainda sente dores no corpo, mas não acredita que o mosquito é o culpado.
"Não acredito que isso tudo é causado pelo mosquito. Não tem sujeira aqui, não tem água parada, isso daí não é por causa de mosquito, isso aí é outro caso que tá dando doença”.
O que ele não percebe, mas está visível e que em um cantinho, perto do cano que capta água da cisterna, bem ao lado da casa, a água está repleta de larvas do mosquito, visíveis a olho nu.
E nem o posto de saúde na comunidade dá exemplo, a caixa de água do local está com a tampa quebrada, permitindo a entrada do mosquito. Ainda assim, o secretário de Saúde do município, Manoel Sampaio, alega que não falta informação e que os agentes de endemias fazem visitas regulares aos povoados.
"O problema é que o Ministério da Saúde deixou de nos enviar quase 80% de sua produção de larvicida. Então com o pouco de larvicidas que temos combatemos os focos maiores" diz o secretário.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que o larvicida não é a principal forma de combate ao Mosquito e que ações simples, como manter as cisternas tampadas adequadamente são mais efetivas e agridem menos ao meio ambiente.
Os atendimentos de casos suspeitos de Dengue, Zika e Febre chikungunya quase que triplicaram nos últimos meses. O índice de infestação no município é de 2,1%, o dobro do recomendado pelo Ministério da Saúde.
Este crescimento acelerado dos casos sobrecarrega a unidade de saúde local, que só tem um médico plantonista por dia. Os atendimentos estão sendo realizados, porém os pacientes saem do consultório sem um diagnóstico preciso.
Uma das pacientes examinadas foi a estudante Jéssica Hádila, que reclama da falta de exames. “Exame a gente não fez, não foi nem solicitado. Não houve encaminhamento. A orientação médica foi repouso, muito líquido e tomar remédio, mesmo assim sem receita”, relata após sair do atendimento.
De acordo com o coordenador da unidade de saúde, José Martins, o posto faz os exames de sorologia, mas teve que suspender porque o laboratório do estado não tá recebendo mais amostras.
"No início a gente coletou muitos exames e encaminhou para Maceió, para a Secretaria, mas até agora a gente não teve resultado ainda por que o kit que verifica qual é a doença esgotou”, diz o coordenador.
Sesau
A secretaria de Saúde do Estado rebate essa informação, alegando que mesmo sem o kit as doenças estavam sendo identificadas de outras formas pelo laboratório, que nunca solicitou aos municípios que parassem de enviar amostras. Como também informou que o estoque do kit já foi regularizado.
Enquanto isso, a população prossegue adoecendo e o problema está mais do que evidente. Por causa da deficiência no abastecimento de água. A maioria das casas nos povoados de Igaci possui cisternas, que estão em mau estado de conservação ou descobertas, propiciando a reprodução do mosquito.
Na zona rural é comum encontrar cisternas contaminadas. E a desinformação é facilmente notada. Este é o caso do agricultor José Dias da Silva, 78, que mora no povoado de Caraibinhas. Ele ainda sente dores no corpo, mas não acredita que o mosquito é o culpado.
"Não acredito que isso tudo é causado pelo mosquito. Não tem sujeira aqui, não tem água parada, isso daí não é por causa de mosquito, isso aí é outro caso que tá dando doença”.
O que ele não percebe, mas está visível e que em um cantinho, perto do cano que capta água da cisterna, bem ao lado da casa, a água está repleta de larvas do mosquito, visíveis a olho nu.
E nem o posto de saúde na comunidade dá exemplo, a caixa de água do local está com a tampa quebrada, permitindo a entrada do mosquito. Ainda assim, o secretário de Saúde do município, Manoel Sampaio, alega que não falta informação e que os agentes de endemias fazem visitas regulares aos povoados.
"O problema é que o Ministério da Saúde deixou de nos enviar quase 80% de sua produção de larvicida. Então com o pouco de larvicidas que temos combatemos os focos maiores" diz o secretário.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que o larvicida não é a principal forma de combate ao Mosquito e que ações simples, como manter as cisternas tampadas adequadamente são mais efetivas e agridem menos ao meio ambiente.
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