Argentina utiliza sapos e rãs no combate à dengue e zika

Por Redação com msn 12/02/2016 18h06
Por Redação com msn 12/02/2016 18h06
Argentina utiliza sapos e rãs no combate à dengue e zika
Foto: Reprodução
Nunca se vendeu tanto sapo e rã na Argentina. A comercialização destes anfíbios vai de vento em popa no país, à medida que crescem os alertas pelos vírus da dengue e da zika, e enquanto o governo admite que o mosquito desenvolveu resistência à pulverização.

É possível encontrar em sites de venda online rãs e sapos a 100 pesos (cerca de 7 dólares) como alternativa a repelentes e inseticidas, cujo preço chega até os 10 dólares e está em falta em muitos locais.

"Vendo sapos e rãs para combater dengue e zika", avisa o anúncio de um site popular de venda online.

O governo promoveu uma remarcação de preços dos repelentes de até 36% há algumas semanas, mas variedades que oferecem uma proteção mais duradoura estão esgotadas ou são vendidas por até o triplo do valor normal.

O ministro da Saúde, Jorge Lemus, admitiu que o mosquito Aedes aegypti sobrevive às pulverizações que estão sendo feitas em áreas sensíveis.

"Está sendo feito um trabalho duro de pulverização, mas os mosquitos já estão resistentes a produtos químicos, por isso teríamos que mudar a substância", disse.

Lemus lembrou, porém, que "a pulverização é um método complementar que só ataca o mosquito adulto, mas não mata os ovos ou larvas".

O governo pede à população, por meio de campanha de prevenção, que remova os recipientes onde a água possa se acumular e se torne propícia para reprodução do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.