Encontro histórico: Papa e patriarca ortodoxo se reúnem em Cuba
O encontro ecumênico entre o papa Francisco, chefe da igreja católica romanda, e o patriarca Kirill, líder espiritual da igreja ortodoxa russa, que acontece em Havana (Cuba), nesta sexta-feira (12), é um evento histórico para o catolicismo e um passo importante para uma reaproximação entre os dois ramos do cristianismo, separados desde o Cisma do Ocidente em 1054.
Essa é a primeira vez que um patriarca russo e um papa se reúnem. Um dos principais motivos para o encontro de reaproximacao das igrejas é a violência que ameaça extinguir a presença de cristãos - católicos e ortodoxos - no Oriente médio e na África. Ambas se manifestam contra os ataques extremistas islâmicos e a destruição de monumentos cristãos, especialmente na Síria.
No começo do mês de fevereiro o Concílio Sagrado dos Bispos da Igreja Ortodoxa Russa falou acerca da perseguição aos cristãos e fizeram um apelo para que fossem tomadas medidas neste ano.
Entenda o Cisma
As tensões dentro da igreja tiveram início com a divisão do Império Romano em oriental e ocidental e a transferência da capital da cidade de Roma para Constantinopla no século IV.
Enquanto a cultura ocidental se transformou pela influência dos povos que a ocuparam, como os germanos, a oriental permaneceu ligada à tradição da cristandade helenística, chamada Igreja de tradição e rito grego.
As principais divergências se deram quanto ao uso de pão não fermentado e outros costumes ocidentais e à discussão sobre a natureza do Espírito Santo. Para os orientais, Roma afastara-se das pregações originais de Jesus Cristo.
As disputas eclesiásticas, doutrinárias e teológicas terminaram com a ruptura entre as duas correntes no episódio que ficou conhecido como Cisma do Oriente em 1054, quando o patriarca Miguel Cerulário foi excomungado pelo papa de Roma e proclamou a separação oficial entre as duas igrejas. Na parte ocidental, a Igreja foi chefiada pelo papa e, na parte oriental, o controle ficou estabelecido pelo imperador que possuía grande influência religiosa. Após esse episódio, existiram algumas tentativas de reaproximação entre as igrejas.
Aproximações históricas
Em 1964 o Papa Paulo VI e o patriarca ecumênico da Constantinopla Atenágoras se reuniram em Jerusalém, o que resultou na suspensão da excomunhão mútua que aconteceu entre as duas igrejas no momento da cisão.
Até então, os líderes das duas igrejas haviam se reunido pela última vez em 1439 em Florença em uma tentativa de reunificação. Uma tentativa anterior ocorreu o concílio ecumênico de Lyon, em 1274. As tentativas de reunificação acabaram com a queda de Constantinopla na mão dos otomanos no ano de 1453.
Essa é a primeira vez que um patriarca russo e um papa se reúnem. Um dos principais motivos para o encontro de reaproximacao das igrejas é a violência que ameaça extinguir a presença de cristãos - católicos e ortodoxos - no Oriente médio e na África. Ambas se manifestam contra os ataques extremistas islâmicos e a destruição de monumentos cristãos, especialmente na Síria.
No começo do mês de fevereiro o Concílio Sagrado dos Bispos da Igreja Ortodoxa Russa falou acerca da perseguição aos cristãos e fizeram um apelo para que fossem tomadas medidas neste ano.
Entenda o Cisma
As tensões dentro da igreja tiveram início com a divisão do Império Romano em oriental e ocidental e a transferência da capital da cidade de Roma para Constantinopla no século IV.
Enquanto a cultura ocidental se transformou pela influência dos povos que a ocuparam, como os germanos, a oriental permaneceu ligada à tradição da cristandade helenística, chamada Igreja de tradição e rito grego.
As principais divergências se deram quanto ao uso de pão não fermentado e outros costumes ocidentais e à discussão sobre a natureza do Espírito Santo. Para os orientais, Roma afastara-se das pregações originais de Jesus Cristo.
As disputas eclesiásticas, doutrinárias e teológicas terminaram com a ruptura entre as duas correntes no episódio que ficou conhecido como Cisma do Oriente em 1054, quando o patriarca Miguel Cerulário foi excomungado pelo papa de Roma e proclamou a separação oficial entre as duas igrejas. Na parte ocidental, a Igreja foi chefiada pelo papa e, na parte oriental, o controle ficou estabelecido pelo imperador que possuía grande influência religiosa. Após esse episódio, existiram algumas tentativas de reaproximação entre as igrejas.
Aproximações históricas
Em 1964 o Papa Paulo VI e o patriarca ecumênico da Constantinopla Atenágoras se reuniram em Jerusalém, o que resultou na suspensão da excomunhão mútua que aconteceu entre as duas igrejas no momento da cisão.
Até então, os líderes das duas igrejas haviam se reunido pela última vez em 1439 em Florença em uma tentativa de reunificação. Uma tentativa anterior ocorreu o concílio ecumênico de Lyon, em 1274. As tentativas de reunificação acabaram com a queda de Constantinopla na mão dos otomanos no ano de 1453.
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