Dólar salta acima de R$4, máxima histórica, por preocupações locais e externas
O dólar saltava mais de 1 por cento nesta terça-feira e superava 4 reais, nível intradia mais alto na história, com investidores apreensivos com a votação no Congresso dos vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff e com a possibilidade de os juros subirem nos Estados Unidos ainda neste ano.
Às 11:22, o dólar avançava 1,55 por cento, a 4,0426 reais na venda, após atingir 4,0530 reais na máxima da sessão, maior nível durante os negócios, superando a marca anterior de 4 reais vista em outubro de 2002.
A moeda norte-americana também fortalecia intensamente contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
"Essas dificuldades que o governo enfrenta no Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal", disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Investidores temem sobretudo que o Congresso derrube o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas e alimentando apostas de que o país pode perder o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
As preocupações seguiam fortes mesmo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defender que esse veto deveria ser mantido.
O panorama externo tampouco ajudava o ânimo dos investidores. O dólar subia globalmente após uma série de integrantes do Federal Reserve, banco central norte-americano, ressaltarem que podem dar início ao aperto monetário ainda neste ano, depois de postergar na semana passada esse movimento em meio a preocupações com a economia global.
Segundo operadores, a alta do dólar nesta sessão era acentuada também por operações de compras automáticas para limitar perdas, conhecidas como "stop-loss", ativadas pela disparada da moeda norte-americana. "É um movimento violento. Ninguém quer ser o último a comprar", resumiu o operador de uma corretora nacional.
O salto da moeda dos EUA alimentava também nas mesas de câmbio que o Banco Central pode ampliar ainda mais sua intervenção, uma vez que cotações mais altas tendem a pressionar a inflação já elevada.
Na véspera, o BC realizou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas o dólar ainda marcou o segundo maior fechamento contra o real na história. E não anunciou leilão de linha para esta sessão até o momento.
"(Resta) ao BC achar alguma saída para conter a desvalorização do real, pois leilão de linha não faz mais preço", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
O BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Às 11:22, o dólar avançava 1,55 por cento, a 4,0426 reais na venda, após atingir 4,0530 reais na máxima da sessão, maior nível durante os negócios, superando a marca anterior de 4 reais vista em outubro de 2002.
A moeda norte-americana também fortalecia intensamente contra as principais moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
"Essas dificuldades que o governo enfrenta no Congresso deixam o país quase ingovernável do ponto de vista fiscal", disse o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
Investidores temem sobretudo que o Congresso derrube o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, dificultando ainda mais o ajuste das contas públicas e alimentando apostas de que o país pode perder o selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
As preocupações seguiam fortes mesmo após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defender que esse veto deveria ser mantido.
O panorama externo tampouco ajudava o ânimo dos investidores. O dólar subia globalmente após uma série de integrantes do Federal Reserve, banco central norte-americano, ressaltarem que podem dar início ao aperto monetário ainda neste ano, depois de postergar na semana passada esse movimento em meio a preocupações com a economia global.
Segundo operadores, a alta do dólar nesta sessão era acentuada também por operações de compras automáticas para limitar perdas, conhecidas como "stop-loss", ativadas pela disparada da moeda norte-americana. "É um movimento violento. Ninguém quer ser o último a comprar", resumiu o operador de uma corretora nacional.
O salto da moeda dos EUA alimentava também nas mesas de câmbio que o Banco Central pode ampliar ainda mais sua intervenção, uma vez que cotações mais altas tendem a pressionar a inflação já elevada.
Na véspera, o BC realizou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas o dólar ainda marcou o segundo maior fechamento contra o real na história. E não anunciou leilão de linha para esta sessão até o momento.
"(Resta) ao BC achar alguma saída para conter a desvalorização do real, pois leilão de linha não faz mais preço", escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
O BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
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