Pesquisa de perito criminal alagoano identifica perfil genético de autores de crimes sexuais
Identificar os autores de crimes sexuais a partir do seu perfil genético e, com isso, mapear os pontos onde ocorreram tais violências para prevenir novos casos e punir os agressores é uma medida que vem sendo estudada por um perito criminal de Alagoas.
Em uma pesquisa iniciada ano passado e apresentada este mês na cidade de Cracóvia, na Polônia, o perito Marek Ekert e a pesquisadora Natália Oliveira, ambos doutorandos em Biologia Aplicada à Saúde, pela UFPE, realizaram esse mapeamento, no Estado de Pernambuco, por meio de uma parceria com o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense (LPPGF) de Pernambuco.
Marek e Natália pesquisaram os crimes sexuais cometidos no estado no período de 2012 a 2014 e iniciaram o trabalho, a partir da obtenção do perfil genético do agressor. O processo foi dividido em três etapas - extração, amplificação e sequenciamento do DNA do indivíduo – e contou com a colaboração de peritos pernambucanos.
Os resultados permitiram a identificação de fatores como o local onde se deu cada violência sexual e o grau de relação entre agressor e vítima. Foram identificados geneticamente os agressores de violência sexual em todo o estado de Pernambuco, no período pesquisado. A relevância do resultado, para Marek, é absurda. E pode se tornar realidade em Alagoas.
“De posse desses dados, têm-se os focos de maior e menor incidência desse tipo de crime, tanto na capital quanto no interior. Estes resultados, aliado aos órgãos da Segurança Pública (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Força Nacional e a própria Perícia Criminal) são uma ferramenta importantíssima para a realização de medidas em todo o estado para punir, prevenir, minimizar e quem sabe erradicar esse tipo de crime, que tanto revolta nossa sociedade”, defende.
Para colocar a medida em prática dentro da Perícia Oficial alagoana, porém, é necessário que o Estado avance na estruturação de um laboratório forense, especializado também em genética. Atualmente, o espaço que está em reforma no prédio do Instituto de Criminalística será destinado apenas ao Laboratório de Química e Toxicologia Forense.
“Não é só a minha intenção [trazer para Alagoas], mas de todos os peritos criminais do estado. O grande entrave é que, infelizmente, não temos infraestrutura suficiente para realização desses exames. Por isso ficamos muito limitados na elucidação desses tipos de crimes, que tanto assolam nossa população. É preciso que o Estado olhe com mais afinco e priorize a perícia criminal”, cobra.
RECONHECIMENTO
A pesquisa de Marek Ekert e Natália Oliveira contou com a participação do gestor do LPPGF, Carlos Souza, da integrante do laboratório Kaynara Almendra, da diretora da polícia científica de Pernambuco, Sandra Maria Santos, e do integrante do Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami, José Luiz de Lima Filho.
O artigo foi aprovado pela comissão científica do Congresso da Sociedade Internacional de Genética Forense, realizado na Polônia, e apresentado a um público de peritos e investigadores criminais, policiais e pesquisadores em geral, que se utilizam da genética forense para fazer ciência e elucidar crimes.
O Congresso é considerado o maior evento do mundo no âmbito da genética forense. Ele acontece de dois em dois anos e o próximo será em Seul, Coréia do Sul, no qual o perito pretende estar presente com apoio do Governo do Estado de Alagoas.
O próximo passo dos pesquisadores é submeter o artigo à comissão científica da Revista da Associação Internacional de Genética Forense, para publicação até o fim do ano. A revista é referência internacional na área.
Em uma pesquisa iniciada ano passado e apresentada este mês na cidade de Cracóvia, na Polônia, o perito Marek Ekert e a pesquisadora Natália Oliveira, ambos doutorandos em Biologia Aplicada à Saúde, pela UFPE, realizaram esse mapeamento, no Estado de Pernambuco, por meio de uma parceria com o Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense (LPPGF) de Pernambuco.
Marek e Natália pesquisaram os crimes sexuais cometidos no estado no período de 2012 a 2014 e iniciaram o trabalho, a partir da obtenção do perfil genético do agressor. O processo foi dividido em três etapas - extração, amplificação e sequenciamento do DNA do indivíduo – e contou com a colaboração de peritos pernambucanos.
Os resultados permitiram a identificação de fatores como o local onde se deu cada violência sexual e o grau de relação entre agressor e vítima. Foram identificados geneticamente os agressores de violência sexual em todo o estado de Pernambuco, no período pesquisado. A relevância do resultado, para Marek, é absurda. E pode se tornar realidade em Alagoas.
“De posse desses dados, têm-se os focos de maior e menor incidência desse tipo de crime, tanto na capital quanto no interior. Estes resultados, aliado aos órgãos da Segurança Pública (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Força Nacional e a própria Perícia Criminal) são uma ferramenta importantíssima para a realização de medidas em todo o estado para punir, prevenir, minimizar e quem sabe erradicar esse tipo de crime, que tanto revolta nossa sociedade”, defende.
Para colocar a medida em prática dentro da Perícia Oficial alagoana, porém, é necessário que o Estado avance na estruturação de um laboratório forense, especializado também em genética. Atualmente, o espaço que está em reforma no prédio do Instituto de Criminalística será destinado apenas ao Laboratório de Química e Toxicologia Forense.
“Não é só a minha intenção [trazer para Alagoas], mas de todos os peritos criminais do estado. O grande entrave é que, infelizmente, não temos infraestrutura suficiente para realização desses exames. Por isso ficamos muito limitados na elucidação desses tipos de crimes, que tanto assolam nossa população. É preciso que o Estado olhe com mais afinco e priorize a perícia criminal”, cobra.
RECONHECIMENTO
A pesquisa de Marek Ekert e Natália Oliveira contou com a participação do gestor do LPPGF, Carlos Souza, da integrante do laboratório Kaynara Almendra, da diretora da polícia científica de Pernambuco, Sandra Maria Santos, e do integrante do Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami, José Luiz de Lima Filho.
O artigo foi aprovado pela comissão científica do Congresso da Sociedade Internacional de Genética Forense, realizado na Polônia, e apresentado a um público de peritos e investigadores criminais, policiais e pesquisadores em geral, que se utilizam da genética forense para fazer ciência e elucidar crimes.
O Congresso é considerado o maior evento do mundo no âmbito da genética forense. Ele acontece de dois em dois anos e o próximo será em Seul, Coréia do Sul, no qual o perito pretende estar presente com apoio do Governo do Estado de Alagoas.
O próximo passo dos pesquisadores é submeter o artigo à comissão científica da Revista da Associação Internacional de Genética Forense, para publicação até o fim do ano. A revista é referência internacional na área.
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