Digitais incriminam alunos por morte de professor em Recife
A Polícia Civil afirmou, nesta quarta-feira (3), que dois estudantes do Colégio Agnes, de 17 e 19 anos, participaram do assassinato do professor José Bernardino, o Betinho, encontrado morto no último 16 de maio dentro do apartamento onde morava, na área central do Recife. As digitais dos jovens foram encontradas na cena do crime. O delegado Alfredo Jorge, que investiga o caso, diz que está considerando pedir a prisão preventiva do rapaz de 19 anos e a internação do outro, de 17. As informações foram dadas em entrevista coletiva no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, nesta quarta (3). A direção do Colégio Agnes afirmou ao G1 que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Outras duas pessoas estão sendo investigadas de acordo com a Polícia: um amigo de Betinho e outro homem que é apontado como alguém que frequentava a casa do professor. "Embora até o momento eu não tenha o vínculo entre eles com essas duas pessoas [os adolescentes], por enquanto não tenho vínculo, mas também não descarto [nenhuma possibilidade]", ressaltou o delegado. Ainda segundo o delegado, a polícia está investigando a possibilidade de alguém poder entrar e sair do prédio sem ser visto nas imagens das câmeras de segurança.
Alfredo Jorge também afirmou que esteve na casa da vítima, que também lecionava em uma escola no bairro de Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, e encontrou um documento no qual o professor se defendia para a unidade gestora de ensino municipal. "Ele foi flagrado saindo do banheiro dos professores acompanhado de um adolescente de 12 ou 13 anos. Ele se defende dessa acusação de ter saído do banheiro dos professores com o aluno", comentou. Ainda no apartamento do professor, a polícia também encontrou cachimbos e latas adaptadas para o consumo de drogas como o crack. No entanto, as investigações ainda estao sendo realizadas e a polícia só deve esclarecer completamente o caso posteriormente.
Alfredo Jorge explicou que, no dia em que assumiu a investigação, recebeu a informação de que um adolescente do Colégio Agnes teria sido o autor do homicídio. "De imediato, consegui identificar esse estudante e passei para o Instituto Tavares Buril (ITB) os dados cadastrais dele. O ITB pegou os dados, inclusive as digitais, e na quarta-feira, 20 de maio, consegui a positivação de que as digitais desse adolescente de 17 anos teriam sido encontradas em três locais: no ferro de passar roupa, no ventilador e na geladeira da casa", disse Alfredo Jorge. O ferro e o ventilador foram instrumentos utilizados para matar o professor.
A polícia intimou o adolescente para prestar depoimento, e ele negou ter participado do assassinato, inclusive alegando que no dia do crime, estava na casa da namorada e não sabia onde o professor morava. No depoimento, ele citou o outro jovem, de 19 anos, que também passou a ser investigado. "Suspeitei dessa pessoa e resolvi também encaminhar os dados para o ITB. Eles fizeram a análise e foi positivada uma impressão digital dessa pessoa, de 19 anos, também aluno do Colégio Agnes", comentou o delegado. A impressão digital do jovem estava em um dos móveis da casa do professor.
Até agora, já foram ouvidas mais de 20 pessoas. A polícia informou que as diligências estão em andamento e não há previsão de quando o inquérito deve ser concluído. "Estamos perseguindo a motivação do crime, até para saber se ele foi praticado pelos dois ou se tinha mais alguém na cena do crime. Mas através das impressões digitais temos prova de que os dois estavam na cena do crime", disse ainda Alfredo Jorge.
Entenda o caso
José Bernardino foi encontrado morto em casa na noite do dia 16 de maio, no edifício Módulo, bairro da Boa Vista, área central do Recife. Mais de vinte pessoas prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro. Entre eles, alunos, pais de estudantes e uma funcionária do colégio, um vizinho, a diretora, a vice e uma estagiária da escola pública onde o professor também atuava, além da zeladora do prédio. Também já prestaram depoimento as irmãs do professor, Márcia e Sandra Pereira, dois porteiros e o síndico do prédio.
Quem encontrou o corpo foi o jovem Raphael Thorpe, 21 anos, que já prestou depoimento. Raphael contou que era amigo do professor e tinha ido à casa dele fazer uma visita quando encontrou o corpo. Ele disse também que já usou drogas na casa de José Bernadino e não sabe quem cometeu o crime. Após prestar depoimento, Raphael foi levado para o IML, onde fez um exame de coleta de material e depois foi liberado. "Raphael está sendo investigado porque foi a primeira pessoa citada, e citada por várias pessoas, como sendo do vínculo de amizade íntima com a vítima, inclusive era a pessoa que frequentava e tinha livre acesso ao edifício onde morava a vítima", detalhou.
Segundo o depoimento dado por Raphael e por outro conhecido do professor, José Bernardino seria usuário de crack há algum tempo. O delegado contou que Raphael era responsável por ir ao ponto de venda de drogas adquirir o crack para que fosse fumado no interior do imóvel. Imagens das câmeras do prédio foram entregues à polícia e digitais foram coletadas no local do crime.
Outras duas pessoas estão sendo investigadas de acordo com a Polícia: um amigo de Betinho e outro homem que é apontado como alguém que frequentava a casa do professor. "Embora até o momento eu não tenha o vínculo entre eles com essas duas pessoas [os adolescentes], por enquanto não tenho vínculo, mas também não descarto [nenhuma possibilidade]", ressaltou o delegado. Ainda segundo o delegado, a polícia está investigando a possibilidade de alguém poder entrar e sair do prédio sem ser visto nas imagens das câmeras de segurança.
Alfredo Jorge também afirmou que esteve na casa da vítima, que também lecionava em uma escola no bairro de Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, e encontrou um documento no qual o professor se defendia para a unidade gestora de ensino municipal. "Ele foi flagrado saindo do banheiro dos professores acompanhado de um adolescente de 12 ou 13 anos. Ele se defende dessa acusação de ter saído do banheiro dos professores com o aluno", comentou. Ainda no apartamento do professor, a polícia também encontrou cachimbos e latas adaptadas para o consumo de drogas como o crack. No entanto, as investigações ainda estao sendo realizadas e a polícia só deve esclarecer completamente o caso posteriormente.
Alfredo Jorge explicou que, no dia em que assumiu a investigação, recebeu a informação de que um adolescente do Colégio Agnes teria sido o autor do homicídio. "De imediato, consegui identificar esse estudante e passei para o Instituto Tavares Buril (ITB) os dados cadastrais dele. O ITB pegou os dados, inclusive as digitais, e na quarta-feira, 20 de maio, consegui a positivação de que as digitais desse adolescente de 17 anos teriam sido encontradas em três locais: no ferro de passar roupa, no ventilador e na geladeira da casa", disse Alfredo Jorge. O ferro e o ventilador foram instrumentos utilizados para matar o professor.
A polícia intimou o adolescente para prestar depoimento, e ele negou ter participado do assassinato, inclusive alegando que no dia do crime, estava na casa da namorada e não sabia onde o professor morava. No depoimento, ele citou o outro jovem, de 19 anos, que também passou a ser investigado. "Suspeitei dessa pessoa e resolvi também encaminhar os dados para o ITB. Eles fizeram a análise e foi positivada uma impressão digital dessa pessoa, de 19 anos, também aluno do Colégio Agnes", comentou o delegado. A impressão digital do jovem estava em um dos móveis da casa do professor.
Até agora, já foram ouvidas mais de 20 pessoas. A polícia informou que as diligências estão em andamento e não há previsão de quando o inquérito deve ser concluído. "Estamos perseguindo a motivação do crime, até para saber se ele foi praticado pelos dois ou se tinha mais alguém na cena do crime. Mas através das impressões digitais temos prova de que os dois estavam na cena do crime", disse ainda Alfredo Jorge.
Entenda o caso
José Bernardino foi encontrado morto em casa na noite do dia 16 de maio, no edifício Módulo, bairro da Boa Vista, área central do Recife. Mais de vinte pessoas prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro. Entre eles, alunos, pais de estudantes e uma funcionária do colégio, um vizinho, a diretora, a vice e uma estagiária da escola pública onde o professor também atuava, além da zeladora do prédio. Também já prestaram depoimento as irmãs do professor, Márcia e Sandra Pereira, dois porteiros e o síndico do prédio.
Quem encontrou o corpo foi o jovem Raphael Thorpe, 21 anos, que já prestou depoimento. Raphael contou que era amigo do professor e tinha ido à casa dele fazer uma visita quando encontrou o corpo. Ele disse também que já usou drogas na casa de José Bernadino e não sabe quem cometeu o crime. Após prestar depoimento, Raphael foi levado para o IML, onde fez um exame de coleta de material e depois foi liberado. "Raphael está sendo investigado porque foi a primeira pessoa citada, e citada por várias pessoas, como sendo do vínculo de amizade íntima com a vítima, inclusive era a pessoa que frequentava e tinha livre acesso ao edifício onde morava a vítima", detalhou.
Segundo o depoimento dado por Raphael e por outro conhecido do professor, José Bernardino seria usuário de crack há algum tempo. O delegado contou que Raphael era responsável por ir ao ponto de venda de drogas adquirir o crack para que fosse fumado no interior do imóvel. Imagens das câmeras do prédio foram entregues à polícia e digitais foram coletadas no local do crime.
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