Hospital continua sem atendimento de urgência e emergência em União

Por Redação com G1 Alagoas 30/12/2014 09h09
Por Redação com G1 Alagoas 30/12/2014 09h09
O Hospital São Vicente de Paulo, localizado em União dos Palmares, um dos principais da Zona da Mata alagoana, continua com o atendimento de urgência e emergência do hospital suspenso porque, segundo a diretora administrativa da unidade, Edvane Ferreira, não há verba para as despesas. A unidade de saúde paralisou os serviços na última segunda (22) para cobrar o repasse dos recursos federais que estavam atrasados.

De acordo com a diretora do hospital, parte do valor devido foi repassada na última sexta-feira (26), porém, o atendimento ainda não pode ser retomado. “Recebemos 70% do pagamento liberado pelo Ministério da Saúde e 50% de recursos do Estado, mas ainda está faltando [dinheiro]. Sem 100% do valor não podemos continuar a atender na urgência e emergência”, afirma.

No entanto, a previsão de pagamento dos 30% restantes, que correspondem a cerca de R$ 100 mil, é apenas para o dia 5 de janeiro. "A decisão da diretoria do hospital foi de retomar os serviços somente no dia 5 de janeiro, que é quando esperamos receber o recurso", informa a diretora.

De acordo com o secretário de Administração de União dos Palmares, Francisco Viana, o Município esperava que o atendimento fosse retomado após a liberação de parte da verba.

"A prefeitura já fez sua parte repassando para o hospital os 70% que o governo federal liberou. A direção da unidade não abriu as portas ainda porque diz que a quantia é insuficiente para retomar as atividades, mas providências precisam ser tomadas para que a população de União dos Palmares não fique sem atendimento médico", afirma.

Com a paralisação dos serviços, o hospital deixa de atender a mais de 170 pessoas por dia. “Nós estamos mantendo as consultas marcadas, a parte da maternidade e pediatria. Se alguém chegar com algo muito grave, com risco de morte, não vamos negar atendimento, mas infelizmente não conseguimos manter a urgência e a emergência. Temos mais de 100 funcionários que estão com os salários atrasados e que dependem do dinheiro do hospital", lamenta Edvane. 


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