Vítimas de acidente de trânsito ocupam 60% das UTIs no Brasil
Os acidentes de trânsito estão sobrecarregando as UTIs dos hospitais brasileiros. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego descobriu que seis de cada dez leitos são ocupados por pessoas feridas nesses acidentes. A maioria são motociclistas, e o número de mortes vem crescendo nos últimos anos.
O homem que sai da ambulância havia acabado de sofrer um acidente de trânsito enquanto pilotava uma moto. Rubem é como um filho para Marilene, que ficou assustada quando soube da notícia. “Cada acidente de moto, quando eu vejo reportagens na televisão, fico apavorada. Chega e acontece isso com ele”, diz Marilene Bittencourt, amiga de Rubem.
Histórias que se repetem a todo momento no hospital Lourenço Jorge, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma das principais unidades de emergência da cidade. Mais de 500 vítimas de acidentes de trânsito dão entrada todo mês.
“Em cada plantão de 12 horas, realmente, tem em torno de 50%, 60% de atendimento por acidente de trânsito”, afirma André Ribeiro, chefe de emergência do Hospital Lourenço Jorge.
A violência no trânsito afeta diretamente a saúde dos brasileiros e a capacidade de atendimento dos hospitais. Um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego mostra que, de cada 10 leitos de UTIs no país, seis são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. A maioria são motociclistas.
O número de internações desse tipo vem crescendo ano a ano em todo o Brasil. As mortes também. Em 2012, foram mais de 44 mil, uma média de 122 óbitos por dia no país.
O último levantamento do Ministério da Saúde mostra que naquele ano foram gastos R$ 216 milhões com a internação das vítimas. “O índice de acidentes, de lesões nos acidentes de trânsito transformam isso em uma doença epidêmica que nós estamos vivenciando. Isso é assustador. E a faixa etária é de 18 a 34 anos”, afirma Dirceu Rodrigues Alves, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Na tentativa de frear o número de acidentes, desde o início do mês, o governo aumentou o valor das multas para ultrapassagens proibidas, responsáveis por 40% das mortes nas estradas. A punição para quem força uma ultrapassagem perigosa, por exemplo, subiu de R$ 191 para R$ 1.915.
Fernando perdeu o filho de 20 anos em um acidente de trânsito em 2003. Na dor encontrou forças para criar uma ONG que luta por um trânsito menos violento. “O apelo que fica é que as pessoas se conscientizem. Não há lei nenhuma, por mais forte que seja, que consiga seus objetivos se não houver uma mudança primeira de comportamento da sociedade. É isso que se quer antes que você possa vir a ser a próxima vítima”, diz Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo.
O homem que sai da ambulância havia acabado de sofrer um acidente de trânsito enquanto pilotava uma moto. Rubem é como um filho para Marilene, que ficou assustada quando soube da notícia. “Cada acidente de moto, quando eu vejo reportagens na televisão, fico apavorada. Chega e acontece isso com ele”, diz Marilene Bittencourt, amiga de Rubem.
Histórias que se repetem a todo momento no hospital Lourenço Jorge, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma das principais unidades de emergência da cidade. Mais de 500 vítimas de acidentes de trânsito dão entrada todo mês.
“Em cada plantão de 12 horas, realmente, tem em torno de 50%, 60% de atendimento por acidente de trânsito”, afirma André Ribeiro, chefe de emergência do Hospital Lourenço Jorge.
A violência no trânsito afeta diretamente a saúde dos brasileiros e a capacidade de atendimento dos hospitais. Um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego mostra que, de cada 10 leitos de UTIs no país, seis são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. A maioria são motociclistas.
O número de internações desse tipo vem crescendo ano a ano em todo o Brasil. As mortes também. Em 2012, foram mais de 44 mil, uma média de 122 óbitos por dia no país.
O último levantamento do Ministério da Saúde mostra que naquele ano foram gastos R$ 216 milhões com a internação das vítimas. “O índice de acidentes, de lesões nos acidentes de trânsito transformam isso em uma doença epidêmica que nós estamos vivenciando. Isso é assustador. E a faixa etária é de 18 a 34 anos”, afirma Dirceu Rodrigues Alves, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Na tentativa de frear o número de acidentes, desde o início do mês, o governo aumentou o valor das multas para ultrapassagens proibidas, responsáveis por 40% das mortes nas estradas. A punição para quem força uma ultrapassagem perigosa, por exemplo, subiu de R$ 191 para R$ 1.915.
Fernando perdeu o filho de 20 anos em um acidente de trânsito em 2003. Na dor encontrou forças para criar uma ONG que luta por um trânsito menos violento. “O apelo que fica é que as pessoas se conscientizem. Não há lei nenhuma, por mais forte que seja, que consiga seus objetivos se não houver uma mudança primeira de comportamento da sociedade. É isso que se quer antes que você possa vir a ser a próxima vítima”, diz Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo.
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