Alberto Youssef pode receber alta de hospital em Curitiba até o fim deste domingo (26)

Por Redação com R7 com Redação com R7 26/10/2014 11h11
Por Redação com R7 com Redação com R7 26/10/2014 11h11
Alberto Youssef pode receber alta de hospital em Curitiba até o fim deste domingo (26)
Alberto Youssef está preso desde março, no Paraná, sob acusação de chefiar o esquema de desvio de di
O doleiro Alberto Youssef, principal delator dos casos de corrupção na Petrobras, pode receber alta até o fim deste domingo (26). Ele passa bem. As informações foram dadas ao R7 pela assessoria de imprensa do hospital Santa Cruz, em Curitiba, onde o doleiro está internado.

Esta foi a terceira internação do doleiro por problemas cardíacos após sua prisão, em março deste ano. De acordo com a porta-voz do hospital, Youssef só foi encaminhado para a UTI Cardiológica por ser este o setor especializado em tratar problemas do coração. Em nenhum momento o doleiro teria apresentado quadro clínico grave, que oferecesse risco de morte.

Youssef vem tratando problemas cardíacos crônicos com remédios há meses. Segundo a Polícia Federal, foram esses medicamentos que causaram a "forte queda de pressão", que culminou em sua internação neste sábado (25).

PF deve manter Youssef internado

Apesar de a assessoria do hospital informar que o doleiro receberá alta, a Polícia Federal divulgou por volta das 10:30h deste domingo nota oficial informando que Alberto Youssef "passou bem à noite e permanecerá, em princípio, internado por 48 horas, sob a escolta de policiais".

Ainda segundo o comunicado, "não havendo nenhuma outra intercorrência, Youssef retornará à carceragem da PF da Superintendência em Curitiba". Mais cedo, a PF também informou serem "infundadas as informações de possível envenenamento" do doleiro, conforme publicaram alguns perfis nas redes sociais na noite de hoje.

Quem é Alberto Youssef?


Réu da Operação Lava-Jato, o doleiro está preso desde março na carceragem da PF na capital paranaense. Ele é acusado de ser um dos chefes de um esquema de desvio de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

Em depoimento prestado no começo do mês, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, também preso pela PF, acusou o PP, o PMDB e o PT de envolvimento no recebimento de propinas de empreiteiras.

Costa também teria citado o envolvimento do ex-presidente do PSDB no esquema, Sérgio Guerra, que teria recebido propina para "travar" uma CPI da Petrobras no Congresso. A denúncia foi reforçada pelo laranja de Alberto Yousseff, Leonardo Meirelles, em depoimento à Justiça.

No mais recente depoimento vazado à imprensa, o doleiro afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Público em Curitiba que a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, teriam total conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

A informação foi publicada pela revista Veja, que antecipou sua circulação de sábado para sexta-feira (24), a dois dias da votação do segundo turno presidencial. A presidente Dilma chamou a publicação da reportagem de "ato de terrorismo eleitoral". O advogado do doleiro se disse surpreso e afirmou desconhecer o depoimento. Depois, ele declarou que não poderia "desmentir nem confirmar" a versão do doleiro. 


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