Ter medo da violência ajuda a manter você seguro, defende estudo
Nós ouvimos (ou falamos) frequentemente sobre quão ruim é viver com medo da criminalidade. Mas um novo estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan e das Universidades de Iowa e Missouri em St. Louis defende que esse temor pode ser saudável.
“Nós devemos encarar o medo como uma resposta natural ao crime, a menos que ele atinja um nível crônico ou de fobia. Aí sim é preciso intervir”, diz Chris Melde, professor de justiça criminal de Michigan.
Ele e seus colegas analisaram dados obtidos ao longo de um ano em um programa educacional envolvendo leis e criminalidade oferecido em 15 escolas de nove cidades dos Estados Unidos. Mais de 1600 alunos do sexto ao nono anos participaram. Os estudantes que relataram mais medo eram menos propensos a se envolver em atos violentos, como assaltos, roubos e brigas de gangues. O motivo não é nenhuma surpresa: os mais temerosos tendiam a evitar pessoas, locais e atividades potencialmente perigosos.
Isso valia tanto para as vítimas quanto para os agressores – os dois grupos muitas vezes vêm do mesmo conjunto de pessoas, especialmente quando se trata de brigas de rua e roubos menores. “Mas mesmo os criminosos de rua mais durões se preocupam com a possibilidade de serem atacados ou mortos devido às suas más ações. E eles têm uma boa razão para ter medo, porque o crime de rua é uma atividade perigosa também para os seus autores”, diz o estudo.
É importante destacar, porém, que os pesquisadores deixam claro que isso NÃO vale para coisas como abuso infantil, violência sexual e outros tipos de violência doméstica. Esses tipos de agressão estão em outra categoria por envolverem circunstâncias diferentes – geralmente relacionadas a hierarquias distintas de poderes e convivência com os agressores, o que impede as vítimas de tentarem se proteger.
Para Chris Melde, o resultado é importante para as políticas públicas: em vez de se empenhar em campanhas para reduzir o medo da população, o certo seria (além, é claro, de combater diretamente o crime) deixar as pessoas mais bem informadas. Ter dados mais detalhados sobre os tipos de crimes mais frequentes em cada localidade as ajudaria a tomar decisões mais conscientes em relação à sua própria segurança, fazendo alterações em sua rotina, se fosse o caso.
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“Nós devemos encarar o medo como uma resposta natural ao crime, a menos que ele atinja um nível crônico ou de fobia. Aí sim é preciso intervir”, diz Chris Melde, professor de justiça criminal de Michigan.
Ele e seus colegas analisaram dados obtidos ao longo de um ano em um programa educacional envolvendo leis e criminalidade oferecido em 15 escolas de nove cidades dos Estados Unidos. Mais de 1600 alunos do sexto ao nono anos participaram. Os estudantes que relataram mais medo eram menos propensos a se envolver em atos violentos, como assaltos, roubos e brigas de gangues. O motivo não é nenhuma surpresa: os mais temerosos tendiam a evitar pessoas, locais e atividades potencialmente perigosos.
Isso valia tanto para as vítimas quanto para os agressores – os dois grupos muitas vezes vêm do mesmo conjunto de pessoas, especialmente quando se trata de brigas de rua e roubos menores. “Mas mesmo os criminosos de rua mais durões se preocupam com a possibilidade de serem atacados ou mortos devido às suas más ações. E eles têm uma boa razão para ter medo, porque o crime de rua é uma atividade perigosa também para os seus autores”, diz o estudo.
É importante destacar, porém, que os pesquisadores deixam claro que isso NÃO vale para coisas como abuso infantil, violência sexual e outros tipos de violência doméstica. Esses tipos de agressão estão em outra categoria por envolverem circunstâncias diferentes – geralmente relacionadas a hierarquias distintas de poderes e convivência com os agressores, o que impede as vítimas de tentarem se proteger.
Para Chris Melde, o resultado é importante para as políticas públicas: em vez de se empenhar em campanhas para reduzir o medo da população, o certo seria (além, é claro, de combater diretamente o crime) deixar as pessoas mais bem informadas. Ter dados mais detalhados sobre os tipos de crimes mais frequentes em cada localidade as ajudaria a tomar decisões mais conscientes em relação à sua própria segurança, fazendo alterações em sua rotina, se fosse o caso.
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