Funcionários do IBGE realizarão protesto e doação de sangue em Maceió
Na próxima quarta feira dia 06 de agosto, os servidores do IBGE em greve desde 26 de maio, junto ao sindicato local da categoria (ASSIBGE-AL), além de dezenas de servidores temporários demitidos durante o movimento paredista, ocuparão a Praça Centenário em ato de vigília a ser iniciado às 8h30, se estendendo até às 15h. O ato ocorrerá simultaneamente à reunião de negociação entre o Sindicato Nacional e a direção do Instituto, a ser realizada na sede do IBGE na cidade do Rio de Janeiro.
Como forma de protesto à política de sangramento dos recursos do órgão, os servidores estarão envolvidos em uma ação de doação de sangue que ocorrerá no HEMOPAC, banco de sangue, localizado próximo à praça.
Na oportunidade, ocorrerá o enforcamento simbólico do personagem “Demitildo da Silva”, boneco confeccionado a fim de simbolizar o servidor temporário em suas condições precárias de trabalho. A greve teve seu início marcado pelas ações de desmonte e corte contínuo de recursos do Instituto, os quais podem prejudicar toda a sociedade brasileira, em especial alguns municípios que dependem de repasses do Governo Federal, devido ao adiamento de pesquisas importantes como a Contagem Populacional.
O movimento ganhou força com a adesão de centenas de servidores temporários, que representam atualmente cerca de 50% da mão de obra do IBGE, mas que são mal remunerados e possuem contrato de trabalho extremamente precário, que não inclui direitos trabalhistas básicos. Entretanto, a direção do órgão cancelou o contrato de cerca de 200 destes servidores, apenas por estarem exercendo seu direito constitucional de greve.
Diante do exposto, convocamos os senhores destinatários desta mensagem a comparecerem em nosso ato, onde estaremos à disposição para mais detalhes sobre a atual crise institucional do IBGE e seus reflexos sobre a sociedade brasileira e, particularmente, para alguns municípios alagoanos.
Atual Situação da Crise Institucional do IBGE
Em 29 de maio, o IBGE completou 78 anos de existência com seus servidores em greve diante de uma profunda crise institucional.
O desmonte da Instituição promovido pelo governo e pela Direção atual segue a mesma prática que antecedeu aos governos do PT, vivenciada na política de privatizações. Lembremos o exemplo do que ocorreu com a Rede Ferroviária Federal e a Embratel. Uma receita clássica corta-se orçamentos e deixam-se empresas e instituições sem capacidade de cumprir os papéis para os quais foram criadas, paralisando-as e sucateando-as. Para em seguida afirmar-se que estas não funcionam, justificando assim a necessidade de passá-las integralmente ou parcialmente para a iniciativa privada.
Com drásticos cortes orçamentários o IBGE é vítima deste tipo de manobra. A crise se acentuou no mês de abril quando a Presidente do IBGE e o Conselho Diretor, após contatos com a senadora Gleisi Hoffman (PT- PR) e o senador Armando Monteiro (PTB – PE) resolveram de forma monocrática , sem consultar o corpo técnico da casa suspender a divulgação da PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Contudo, não esperavam que a Diretora de Pesquisa responsável pelo projeto e gerentes a ela ligados entregassem os cargos por discordarem publicamente da decisão, por acreditarem que esta feria a autonomia técnica da Instituição. Atitude que sempre garantiu a credibilidade dos dados divulgados pelo IBGE há 78 anos.
Este incidente recebeu uma ampla divulgação da imprensa. De tal sorte que o IBGE, por conta da pressão da Sociedade, se viu obrigado a divulgar os resultados da pesquisa conforme previsto. Vale realizar a leitura do editorial do Jornal do Comércio de Recife/PE em 17/05/20141.
Além destes fatos a crise no IBGE se aprofunda por conta de outras situações:
a) ausência de concurso público para a reposição das aposentadorias (cerca de 50% do corpo técnico atual está prestes a se aposentar);
b) exploração de mão de obra temporária que em vários Estados supera em 50% o número dos servidores permanentes, com salários incompatíveis com as funções exercidas e o não pagamento de benefícios e direitos consagrados aos demais trabalhadores;
c) Salários defasados em relação às carreiras de gestão a exemplo do IPEA, o que tem causado a perda de técnicos da casa para outras carreiras;
d) Adiamento da POF - Pesquisa de Orçamento Familiar - e da Contagem da população de 2015.
A política de fazer mais com menos se exauriu, comprometendo o futuro da Instituição.
Diante do quadro apresentado os servidores do IBGE, através de seu sindicato deliberaram por entrar em greve a partir do dia 26 de maio passado, contrapondo-se ao desmonte da Instituição. Enquanto alguns querem o IBGE a serviço de governos de ocasião, nós lutamos por uma Instituição de Estado, com autonomia técnica e financeira, a serviço da nação.
Não podemos esquecer que sem o IBGE o Brasil não se planeja e não se vê.
O lado perverso de uma política autoritária
Caminhando na contramão da História do IBGE, governo e Direção da casa deixam à margem os objetivos e necessidades da Instituição, negando-se a um real diálogo com os servidores em greve através de seu sindicato. Pior, com respaldo dado pelo governo, a Direção desconsiderou a Lei de Greve e demitiu 200 servidores temporários apenas por exercerem seu direito de greve. Tentando confundir o Poder Judiciário, divulgou na mídia que estas demissões foram por falta de assiduidade. Ora, como pode existir assiduidade em greve?
Apesar das demissões, e até mesmo em função delas, continuamos lutando bravamente. E só após vários atos como o acampamento na sede do Ministério do Planejamento em Brasília e na porta da sede do IBGE no Rio de Janeiro, além de inúmeros contatos com congressistas e membros do governo, conseguimos que fosse agendada uma reunião de negociação para a próxima quarta feira (06/08) na sede da Instituição no Rio de Janeiro. Por conta desta negociação estaremos desenvolvendo várias ações simultâneas:
- Caravanas dos Estados estarão se deslocando para o Rio de Janeiro para acompanhar a negociação em um grande ato na porta da sede. Os servidores estarão vestindo preto em repúdio às demissões;
Os Estados que não se deslocarem estarão envolvidos, concomitantemente, em atos nas suas regiões.
Em Maceió, estaremos em vigília na Praça Centenário durante todo o dia desta quarta feira, durante as negociações. Em protesto à sangria que a atual política de governo está impingindo ao IBGE, estaremos doando sangue no HEMOPAC, banco de sangue que funciona em frente a Praça.
Com esta ação esperamos dar à Sociedade o seguinte recado:
“Enquanto o IBGE sangra sem orçamento para tocar suas pesquisas, nós doamos nosso sangue em defesa de uma Instituição que possa, efetivamente, continuar cumprindo a sua missão Institucional de ‘Retratar O Brasil Com Informações Necessárias Ao Conhecimento De Sua Realidade E Ao Exercício De Cidadania’.
Como forma de protesto à política de sangramento dos recursos do órgão, os servidores estarão envolvidos em uma ação de doação de sangue que ocorrerá no HEMOPAC, banco de sangue, localizado próximo à praça.
Na oportunidade, ocorrerá o enforcamento simbólico do personagem “Demitildo da Silva”, boneco confeccionado a fim de simbolizar o servidor temporário em suas condições precárias de trabalho. A greve teve seu início marcado pelas ações de desmonte e corte contínuo de recursos do Instituto, os quais podem prejudicar toda a sociedade brasileira, em especial alguns municípios que dependem de repasses do Governo Federal, devido ao adiamento de pesquisas importantes como a Contagem Populacional.
O movimento ganhou força com a adesão de centenas de servidores temporários, que representam atualmente cerca de 50% da mão de obra do IBGE, mas que são mal remunerados e possuem contrato de trabalho extremamente precário, que não inclui direitos trabalhistas básicos. Entretanto, a direção do órgão cancelou o contrato de cerca de 200 destes servidores, apenas por estarem exercendo seu direito constitucional de greve.
Diante do exposto, convocamos os senhores destinatários desta mensagem a comparecerem em nosso ato, onde estaremos à disposição para mais detalhes sobre a atual crise institucional do IBGE e seus reflexos sobre a sociedade brasileira e, particularmente, para alguns municípios alagoanos.
Atual Situação da Crise Institucional do IBGE
Em 29 de maio, o IBGE completou 78 anos de existência com seus servidores em greve diante de uma profunda crise institucional.
O desmonte da Instituição promovido pelo governo e pela Direção atual segue a mesma prática que antecedeu aos governos do PT, vivenciada na política de privatizações. Lembremos o exemplo do que ocorreu com a Rede Ferroviária Federal e a Embratel. Uma receita clássica corta-se orçamentos e deixam-se empresas e instituições sem capacidade de cumprir os papéis para os quais foram criadas, paralisando-as e sucateando-as. Para em seguida afirmar-se que estas não funcionam, justificando assim a necessidade de passá-las integralmente ou parcialmente para a iniciativa privada.
Com drásticos cortes orçamentários o IBGE é vítima deste tipo de manobra. A crise se acentuou no mês de abril quando a Presidente do IBGE e o Conselho Diretor, após contatos com a senadora Gleisi Hoffman (PT- PR) e o senador Armando Monteiro (PTB – PE) resolveram de forma monocrática , sem consultar o corpo técnico da casa suspender a divulgação da PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Contudo, não esperavam que a Diretora de Pesquisa responsável pelo projeto e gerentes a ela ligados entregassem os cargos por discordarem publicamente da decisão, por acreditarem que esta feria a autonomia técnica da Instituição. Atitude que sempre garantiu a credibilidade dos dados divulgados pelo IBGE há 78 anos.
Este incidente recebeu uma ampla divulgação da imprensa. De tal sorte que o IBGE, por conta da pressão da Sociedade, se viu obrigado a divulgar os resultados da pesquisa conforme previsto. Vale realizar a leitura do editorial do Jornal do Comércio de Recife/PE em 17/05/20141.
Além destes fatos a crise no IBGE se aprofunda por conta de outras situações:
a) ausência de concurso público para a reposição das aposentadorias (cerca de 50% do corpo técnico atual está prestes a se aposentar);
b) exploração de mão de obra temporária que em vários Estados supera em 50% o número dos servidores permanentes, com salários incompatíveis com as funções exercidas e o não pagamento de benefícios e direitos consagrados aos demais trabalhadores;
c) Salários defasados em relação às carreiras de gestão a exemplo do IPEA, o que tem causado a perda de técnicos da casa para outras carreiras;
d) Adiamento da POF - Pesquisa de Orçamento Familiar - e da Contagem da população de 2015.
A política de fazer mais com menos se exauriu, comprometendo o futuro da Instituição.
Diante do quadro apresentado os servidores do IBGE, através de seu sindicato deliberaram por entrar em greve a partir do dia 26 de maio passado, contrapondo-se ao desmonte da Instituição. Enquanto alguns querem o IBGE a serviço de governos de ocasião, nós lutamos por uma Instituição de Estado, com autonomia técnica e financeira, a serviço da nação.
Não podemos esquecer que sem o IBGE o Brasil não se planeja e não se vê.
O lado perverso de uma política autoritária
Caminhando na contramão da História do IBGE, governo e Direção da casa deixam à margem os objetivos e necessidades da Instituição, negando-se a um real diálogo com os servidores em greve através de seu sindicato. Pior, com respaldo dado pelo governo, a Direção desconsiderou a Lei de Greve e demitiu 200 servidores temporários apenas por exercerem seu direito de greve. Tentando confundir o Poder Judiciário, divulgou na mídia que estas demissões foram por falta de assiduidade. Ora, como pode existir assiduidade em greve?
Apesar das demissões, e até mesmo em função delas, continuamos lutando bravamente. E só após vários atos como o acampamento na sede do Ministério do Planejamento em Brasília e na porta da sede do IBGE no Rio de Janeiro, além de inúmeros contatos com congressistas e membros do governo, conseguimos que fosse agendada uma reunião de negociação para a próxima quarta feira (06/08) na sede da Instituição no Rio de Janeiro. Por conta desta negociação estaremos desenvolvendo várias ações simultâneas:
- Caravanas dos Estados estarão se deslocando para o Rio de Janeiro para acompanhar a negociação em um grande ato na porta da sede. Os servidores estarão vestindo preto em repúdio às demissões;
Os Estados que não se deslocarem estarão envolvidos, concomitantemente, em atos nas suas regiões.
Em Maceió, estaremos em vigília na Praça Centenário durante todo o dia desta quarta feira, durante as negociações. Em protesto à sangria que a atual política de governo está impingindo ao IBGE, estaremos doando sangue no HEMOPAC, banco de sangue que funciona em frente a Praça.
Com esta ação esperamos dar à Sociedade o seguinte recado:
“Enquanto o IBGE sangra sem orçamento para tocar suas pesquisas, nós doamos nosso sangue em defesa de uma Instituição que possa, efetivamente, continuar cumprindo a sua missão Institucional de ‘Retratar O Brasil Com Informações Necessárias Ao Conhecimento De Sua Realidade E Ao Exercício De Cidadania’.
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