Igreja e Ufal em Defesa da Vida ampliam o debate sobre o tráfico de pessoas
Trabalhar conjuntamente para enfrentamento às diversas modalidades do tráfico de pessoas foi a sugestão aceita pelos participantes da programação do 14º Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida, liderado pela professora e socióloga Ruth Vasconcelos, marcando na quinta-feira, dia 22, a continuidade da vasta programação para discutir a cruel realidade ainda persistente no Estado de Alagoas e no país.
A exibição de um filme enfocando a exploração e escravização de trabalhadores da cultura canavieira e a sua migração para outros estados, principalmente Mato Grosso, abriu a segunda parte do debate que teve como foco o tráfico de pessoas, que não afeta só ao homem do campo, mas também a sua família.
Relatos como “sou viúva de marido vivo” assim como a angústia de muitas mulheres pela falta de notícias de seus companheiros foram mostrados durante o filme. Mas, diante de tanto sofrimento, alguns relatos de trabalhadores chamam a atenção pela esperança ainda existente de “que dias melhores virão”, e pelo conformismo amparado na fé: “se não deu certo agora é porque Deus não quis”.
Para a tarde de debate no auditório Nabuco Lopes foram convidados os representantes religiosos de Maceió Padre Márcio e irmã Raimunda, esta da Rede Um Grito pela Vida, e o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima. Ele enfatizou que se tornou normal a opressão e exploração, como também o conformismo em nome da religião.
“Em Alagoas há todo um esquema montado para a prática do tráfico de pessoas que passa até por agência de turismo, e a Pastoral da Terra tem recebido várias denúncias sobre essa situação. O trabalho no campo é um processo danoso ao ser humano. Estudos apontam que a vida útil do cortador de cana é menor do que a de um escravo”, frisa Carlos Lima.
Representantes de instituições de ensino superior de Alagoas, de entidades governamentais, estudantes, professores enriqueceram a discussão em torno do tráfico de pessoas que se apresenta atualmente como um grave problema social em Alagoas, acometendo principalmente aos mais desfavorecidos.
Tráfico de pessoas e Copa do Mundo
Ao colocar que o tráfico de pessoas existe em diversas modalidades, a irmã Raimunda, integrante também da Diocese de Maceió informou que o advento da Copa do Mundo no Brasil colocou Maceió como uma das rotas do tráfico de moças selecionadas e preparadas para servir aos estrangeiros: “Foi confirmado que jovens foram levadas espontaneamente para a cidade paraibana de Campina Grande, selecionadas em Maragogi e preparadas em Maceió”, diz a religiosa.
Irmã Raimunda complementa e diz que a mulher é uma vítima em potencial em todo o contexto do tráfico de pessoas e destacou.
“São vítimas de falsas promessas para melhoria de vida ou até a ilusão de enriquecimento, o que reforça mais ainda, a perversa realidade. Essa informação chegou à Rede Um Grito pela Vida tardiamente e não houve tempo de nos mobilizarmos para impedir a concretização do que consideramos crime”, enfatizou irmã Raimunda, elogiando a importância da parceria do Programa Ufal em Defesa da Vida para o enfrentamento à grave situação.
A exibição de um filme enfocando a exploração e escravização de trabalhadores da cultura canavieira e a sua migração para outros estados, principalmente Mato Grosso, abriu a segunda parte do debate que teve como foco o tráfico de pessoas, que não afeta só ao homem do campo, mas também a sua família.
Relatos como “sou viúva de marido vivo” assim como a angústia de muitas mulheres pela falta de notícias de seus companheiros foram mostrados durante o filme. Mas, diante de tanto sofrimento, alguns relatos de trabalhadores chamam a atenção pela esperança ainda existente de “que dias melhores virão”, e pelo conformismo amparado na fé: “se não deu certo agora é porque Deus não quis”.
Para a tarde de debate no auditório Nabuco Lopes foram convidados os representantes religiosos de Maceió Padre Márcio e irmã Raimunda, esta da Rede Um Grito pela Vida, e o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima. Ele enfatizou que se tornou normal a opressão e exploração, como também o conformismo em nome da religião.
“Em Alagoas há todo um esquema montado para a prática do tráfico de pessoas que passa até por agência de turismo, e a Pastoral da Terra tem recebido várias denúncias sobre essa situação. O trabalho no campo é um processo danoso ao ser humano. Estudos apontam que a vida útil do cortador de cana é menor do que a de um escravo”, frisa Carlos Lima.
Representantes de instituições de ensino superior de Alagoas, de entidades governamentais, estudantes, professores enriqueceram a discussão em torno do tráfico de pessoas que se apresenta atualmente como um grave problema social em Alagoas, acometendo principalmente aos mais desfavorecidos.
Tráfico de pessoas e Copa do Mundo
Ao colocar que o tráfico de pessoas existe em diversas modalidades, a irmã Raimunda, integrante também da Diocese de Maceió informou que o advento da Copa do Mundo no Brasil colocou Maceió como uma das rotas do tráfico de moças selecionadas e preparadas para servir aos estrangeiros: “Foi confirmado que jovens foram levadas espontaneamente para a cidade paraibana de Campina Grande, selecionadas em Maragogi e preparadas em Maceió”, diz a religiosa.
Irmã Raimunda complementa e diz que a mulher é uma vítima em potencial em todo o contexto do tráfico de pessoas e destacou.
“São vítimas de falsas promessas para melhoria de vida ou até a ilusão de enriquecimento, o que reforça mais ainda, a perversa realidade. Essa informação chegou à Rede Um Grito pela Vida tardiamente e não houve tempo de nos mobilizarmos para impedir a concretização do que consideramos crime”, enfatizou irmã Raimunda, elogiando a importância da parceria do Programa Ufal em Defesa da Vida para o enfrentamento à grave situação.
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