Conto do sobrinho: detento aplica golpe de dentro de presídio

Por Redação com Assessoria 16/05/2014 18h06
Por Redação com Assessoria 16/05/2014 18h06
Conto do sobrinho: detento aplica golpe de dentro de presídio
Foto: Assessoria
A delegada Luci Mônica, do 8º Distrito da Capital, alertou nesta sexta-feira (16) sobre um novo golpe, denominado “conto do sobrinho”, que vem sendo aplicado em Alagoas.

O reeducando Talles da Silva Souza, de 25 anos, conhecido como “Xará”, atualmente recolhido à penitenciária Baldomero Cavalcante, comanda o golpe de dentro do presídio.

Segundo a delegada, o reeducando liga para suas vítimas dizendo ser “sobrinho” delas e que está precisando de um dinheiro, na maioria dos casos para consertar o carro.

As vítimas, geralmente são pessoas idosas, e com muita conversa consegue que elas depositem o dinheiro na conta bancária que ele indica durante o telefonema.

Somente nos últimos dias, três pessoas foram vítimas do golpe. Em dois casos, a polícia conseguiu levantar inclusive de quem eram as contas e indiciou “Xará”.

“O reeducando usa pessoas ligadas a ele, normalmente a ex-mulher ou a namorada, para que peça a alguém que forneça a conta bancária para que o dinheiro seja depositado. A gente chega ao titular da conta que afirma não saber do golpe e que fez tudo por amizade àquela pessoa ligada ao estelionatário”, explica Luci Mônica.

Os prejuízos causados às vítimas variam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

Além de “Xará”, os intermediários dos golpes também foram indiciados em inquérito por estelionato.

A delegada afirma ainda que Talles da Silva Souza possui vasta ficha criminal, respondendo por dois crimes de estelionato, dois arrombamentos de veículos, um homicídio, roubo majorado e por roubo a banco, neste último caso junto à Polícia Federal.

Em apenas dois desses casos, ele foi condenado a 31 anos de prisão.

“Estamos divulgando esses casos para que as pessoas tenham cuidado e não caiam no golpe. O acusado é uma pessoa muito esperta e consegue ludibriar suas vítimas. Se alguém lhe telefonar com uma conversa parecida com este caso, não façam o depósito sem antes constatar realmente que está ajudando o parente”, concluiu a delegada.