Detento é encontrado morto dentro de cela do Presídio do Agreste

Por Redação com Assessoria e TNH1 12/05/2014 14h02
Por Redação com Assessoria e TNH1 12/05/2014 14h02
Detento é encontrado morto dentro de cela do Presídio do Agreste
Detento foi morto na manhã desta segunda-feira, 12, no Presídio do Agreste - Foto: Cortesia / Alagoas24horas
O reeducando Lucas Mateus Andrade Vieira, 24, conhecido como 'Mosquito', foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (12) dentro de uma das celas do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano.

O detento estava enrolado em um lençol, com marcas de sangue, em uma cela do módulo F, segundo confirmou a Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap).

O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) informou ainda que o preso tinha um espeto cravado no pescoço, mas a informação não foi confirmada pela Sgap.

Segundo a Superintendência, Lucas foi encontrado já pela manhã e o setor médico do presídio foi acionado para examiná-lo, e confirmou o óbito.

A Perícia Criminal (PC) e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados até o presídio para averiguarem a morte do detento.

Investigação

Sete detentos dividiam a cela com o reeducando assassinado e todos foram isolados. Eles serão ouvidos pela Sgap e pela Polícia Civil (PC), que investigarão o crime.

'Mosquito' é acusado de participar de um crime emblemático, que acabou com a morte de um menino de quatro anos de idade durante uma tentativa de assalto.

A vítima era Pedro Gabriel Costa Amorim, filho do advogado João Firmo Soares.

Segurança

Para o presidente do Sindapen, Jarbas de Souza, o registro desse assassinato dentro do presídio revela a vulnerabilidade do sistema de segurança da empresa que administra a unidade do Agreste.

Esse foi o segundo homicídio dentro do local, em um período de cerca de quatro meses.

“Critica-se o sistema público, onde há o trabalho dos agentes, mas em Maceió não temos registrado homicídios. No Agreste, o nosso pessoal não trabalha dentro da unidade prisional, apenas na parte externa. A movimentação de presos, a entrada de material, tudo isso é de responsabilidade da empresa. O modelo ‘infalível’ falhou. Semana passada foram achados vários celulares, espetos e facas no local”, criticou Jarbas de Souza.

O Sindapen prepara uma manifestação para cobrar o fim da co-gestão do presídio e a melhoria das condições de trabalho dos agentes penitenciários.