Vídeo mostra estudantes brincando antes de naufrágio na Coreia do Sul
O pai de um dos estudantes mortos no naufrágio de uma balsa na Coreia do Sul há cerca de duas semanas divulgou um vídeo gravado com o celular do filho de 17 anos, em uma das cabines. As imagens revelam o pânico de um grupo de estudantes que não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas percebia que o navio estava afundando. Eles chegam a fazer alguns comentários bem-humorados, mas logo sentem a gravidade da situação.
Em um trecho divulgado pelo jornal britânico The Daily Telegraph, um deles chega a dizer que "com certeza a história vai parar nos noticiários". Outro comenta que isso só vai acontecer se o navio afundar, e recebe logo a resposta: "Está afundando agora". Pelo sistema de som, os passageiros são orientados a permanecer onde estão, mesmo com a inclinação da balsa. "Não se afastem de seus lugares e se preparem para um possível acidente".
Outros anúncios repetem a ordem, ao mesmo tempo em que alguns alunos manifestam vontade de sair da cabine. A última mensagem gravada diz: "Estamos repetindo: os passageiros que podem vestir coletes salva-vidas, por favor os coloquem agora. E não saiam dos seus lugares".
"Eu realmente vou morrer?", pergunta um jovem. "Mãe, eu te amo. Pai, eu te amo. Eu amo vocês dois", diz outro aluno.
As imagens foram recuperadas da memória do telefone celular do estudante Park Su-Hyeon, de 17 anos, cujo corpo foi recuperado pelas equipes de resgate. À agência Associated Press, Park Jong-dae, pai do estudante, disse que queria mostrar ao mundo as condições a bordo do navio Sewol no momento do naufrágio. A rede CNN também divulgou trechos da gravação, assim como a imprensa sul-coreana.
O Sewol deixou o Porto de Incheon para uma viagem de catorze horas até a ilha turística de Jeju. Embora tivesse capacidade para 900 pessoas, o barco levava 475. Dessas, 325 eram estudantes de um colégio da cidade de Ansan, localizada ao sul de Seul. Tinham 16 ou 18 anos.
Catorze professores os acompanhavam. Na manhã do último dia 16, os passageiros sentiram um baque e o navio começou a tombar rapidamente. Quarenta minutos depois, apenas cinco pessoas haviam sido resgatadas, incluindo o capitão, Lee Joon-seok, de 69 anos, um dos primeiros a abandonar a balsa.
Até o momento, o número confirmado de mortos chega a 210. Os desaparecidos são 92. As autoridades coreanas afirmam que o capitão falhou ao não ordenar a evacuação imediata do navio. Acredita-se que a embarcação fez uma manobra brusca que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que provocou um desequilíbrio que fez a balsa virar.
O capitão e vários membros da tripulação foram detidos. O naufrágio também resultou na renúncia do primeiro-ministro Chung Hong-won, e, após críticas, a presidente Park Geun-hye pediu perdão pela falta de medidas de prevenção e pelo gerenciamento inadequado do acidente por parte do governo.
Em um trecho divulgado pelo jornal britânico The Daily Telegraph, um deles chega a dizer que "com certeza a história vai parar nos noticiários". Outro comenta que isso só vai acontecer se o navio afundar, e recebe logo a resposta: "Está afundando agora". Pelo sistema de som, os passageiros são orientados a permanecer onde estão, mesmo com a inclinação da balsa. "Não se afastem de seus lugares e se preparem para um possível acidente".
Outros anúncios repetem a ordem, ao mesmo tempo em que alguns alunos manifestam vontade de sair da cabine. A última mensagem gravada diz: "Estamos repetindo: os passageiros que podem vestir coletes salva-vidas, por favor os coloquem agora. E não saiam dos seus lugares".
"Eu realmente vou morrer?", pergunta um jovem. "Mãe, eu te amo. Pai, eu te amo. Eu amo vocês dois", diz outro aluno.
As imagens foram recuperadas da memória do telefone celular do estudante Park Su-Hyeon, de 17 anos, cujo corpo foi recuperado pelas equipes de resgate. À agência Associated Press, Park Jong-dae, pai do estudante, disse que queria mostrar ao mundo as condições a bordo do navio Sewol no momento do naufrágio. A rede CNN também divulgou trechos da gravação, assim como a imprensa sul-coreana.
O Sewol deixou o Porto de Incheon para uma viagem de catorze horas até a ilha turística de Jeju. Embora tivesse capacidade para 900 pessoas, o barco levava 475. Dessas, 325 eram estudantes de um colégio da cidade de Ansan, localizada ao sul de Seul. Tinham 16 ou 18 anos.
Catorze professores os acompanhavam. Na manhã do último dia 16, os passageiros sentiram um baque e o navio começou a tombar rapidamente. Quarenta minutos depois, apenas cinco pessoas haviam sido resgatadas, incluindo o capitão, Lee Joon-seok, de 69 anos, um dos primeiros a abandonar a balsa.
Até o momento, o número confirmado de mortos chega a 210. Os desaparecidos são 92. As autoridades coreanas afirmam que o capitão falhou ao não ordenar a evacuação imediata do navio. Acredita-se que a embarcação fez uma manobra brusca que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que provocou um desequilíbrio que fez a balsa virar.
O capitão e vários membros da tripulação foram detidos. O naufrágio também resultou na renúncia do primeiro-ministro Chung Hong-won, e, após críticas, a presidente Park Geun-hye pediu perdão pela falta de medidas de prevenção e pelo gerenciamento inadequado do acidente por parte do governo.
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