Mulheres de detentos denunciam maus-tratos no Presídio do Agreste

Por Redação com TNH1 28/04/2014 13h01
Por Redação com TNH1 28/04/2014 13h01
Mulheres de detentos denunciam maus-tratos no Presídio do Agreste
Entre as denúncias das mulheres dos presos de Arapiraca disseram que foram obrigadas a roer unhas pa - Foto: (Crédito: TNH1 / Erik Maia)
Uma reunião entre as mulheres de detentos do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, com o coordenador geral de Políticas de Defesa Social, coronel Vinícius Gomes, marcada para a tarde desta segunda-feira (28), deve definir a situação dos reeducandos, que reclamam de maus-tratos cometidos dentro da penitenciária.

As mulheres conseguiram agendar a reunião para as 14 horas, por meio da intervenção da juíza auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça do TJ-AL, Silvana Lessa. Elas ocuparam a sede do tribunal, no centro de Maceió, pela manhã, após um protesto na Praça Deodoro. Simultaneamente, mais mulheres protestavam próximo ao presídio, no interior.

Elas afirmam que a comida fornecida para os presos é de má qualidade, o suco é “batizado” com remédios calmantes e a água para banho é salobra. Eles precisam dividir uma barra de sabão entre oito detentos, segundo denunciam.

As mulheres ainda dizem que há um preso andando atualmente com a ajuda de muletas, após ser agredido por servidores do presídio. Mereceu críticas também o método de revista usado no local, e elas alegam que são proibidas de levar comida para os maridos e filhos.

“Na visita, um dos presos desmaiou depois de tomar o suco “batizado”. Lá não entra nada do que é levado, nem alimentação, nem água para as crianças. A gente tem que comer a comida de lá, que não é boa nem para porcos. A gente não entra nem com fralda para as crianças, nem com absorvente”, denunciou uma das manifestantes.

Outra reivindicação é a transferência dos presos acusados de crimes em Maceió que estão cumprindo pena no Agreste. A vara de execuções Penais já teria sido acionada para avaliar a situação, mas sem sucesso.

Os detentos, segundo elas, estão em greve de fome até que a Superintendência Geral de Administração Penitenciária resolva os problemas apontados no presídio.

A reportagem (do TNH1)  falou com a assessoria de comunicação do Sgap, que informou que quem falaria sobre o assunto era o superintendente Carlos Luna, que não atendeu as nossa ligações.

No começo da tarde, elas conseguiram uma audiência com o defensor geral chefe, Daniel Alcoforado. A reunião ainda não acabou.