Diferentes religiões celebram amor, vida e libertação no período de Páscoa
A Páscoa é um período de reflexão para muitas pessoas. Comemorada ainda antes do nascimento de Jesus Cristo, a celebração lembrada pela vida, libertação, provações e também pelo sofrimento, possui significados diferentes entre as religiões.
Judeus - Para os judeus, a Páscoa, ou Pêssarr, em hebraico, significa passagem e marca o início do calendário bíblico de Israel. Neste ano a celebração realizada conforme o calendário judeu, teve início na última segunda-feira (14), após o pôr do sol e segue até a próxima segunda-feira (21), também ao pôr do sol.
A judia Giani Mary Rios Fernandes, explica que durante esse período os judeus relembram a passagem do povo do Egito pelo deserto. Segundo o antigo testamento e o livro sagrado judaico, Torah, foram 40 anos de sofrimento entre o povo judaico, até que eles foram libertados pelo profeta Maomé, sob o intermédio de Deus.
O primeiro dia é celebrado com uma ceia, também chamada de Keará, onde são servidos seis componentes importantes: o ovo cozido, que representa a fertilidade, um pedaço de frango, que simboliza o carneiro, ervas amargas que lembram os tempos difíceis vividos durante a escravidão, doce de maçã ralada, nozes, quatro taças de vinho Kosher, inspecionado por um rabino e o pão sem fermento, ou matzá, em hebraico, que simboliza o mesmo alimento comido pelos judeus no deserto, quando não houve tempo para fermentar a massa.
“Depois da cerimônia contamos a passagem do povo no Egito até a libertação. Ao longo da história, comemos os alimentos e bebemos as quatro taças de vinho Kosher. Depois de relembrar a liturgia, fazemos um jantar com carneiro”, contou. Giani lembrou ainda que na primeira celebração não é permitida a presença de não judeus, no entanto, nos dias seguintes, a comunhão com outras pessoas é liberada.
Católicos – Os fiéis da igreja católica se preparam para a Páscoa no período chamado de Quaresma, que se inicia na quarta-feira de cinzas após o carnaval e termina na sexta-feira da Paixão, quando se lembra a morte de Cristo.
Segundo o padre Adailton Miorin, da Paróquia Maria Mãe da Igreja, a Quaresma é a preparação para a paixão, morte e ressurreição de Jesus. “Assim como Cristo se preparou, também a igreja se prepara para celebrar com Ele. Nesse momento a igreja motiva a oração, atos de generosidade e o compromisso de se abastecer, propõem modificação e sacrifício. Existe a tradição de se abster carne vermelha, mas não é orientação da igreja,”, ressaltou.
A comemoração começa na quinta-feira Santa. Pela manhã, bispos de todo o mundo e se reúnem com padres para a renovação das promessas sacerdotais e realizam a Missa Santos Óleos, que unge o líquido para ser usado ao longo do ano durante sacramentos, batismos, crismas e unção de doentes. “À noite celebramos a Instituição da Eucaristia e Lava pés e depois apagamos todas as velas e entramos em profundo silêncio de adoração ao Santíssimo", detalhou.
Conforme o padre, a igreja se cala até às 15 horas da sexta-feira, quando os fiéis se reúnem em memória da paixão e morte de Cristo. No sábado de Aleluia, é realizada a primeira proclamação da Páscoa e no domingo a igreja comemora a ressurreição de Jesus.
“É importante fazer uma reflexão. Repensar sobre o que é preciso para buscar uma vida nova com Cristo e a Páscoa é um momento propício para isso”, orientou.
Evangélicos – Segundo o pastor da Igreja Batista Nacional (IBN) Efatá, Afrânio Magela, os evangélicos também celebram a Páscoa baseada em toda a passagem de Jesus Cristo até sua morte e ressurreição.
“Assim como os católicos, a igreja evangélica celebra a Páscoa, considerando o sacrifício, a morte, ressurreição de Jesus e a vida, porém, não temos base bíblica para a quaresma. Para nós o que vale é o conceito que destaca Jesus”, enfatizou.
O pastor lembra ainda que os ovos de Páscoa, que ganham as prateleiras de supermercados, nesse período, são apenas simbologias comerciais. “Não comemoramos a Páscoa, nós a celebramos por meio da lembrança de Jesus e ao longo do tempo, houve um desvio do verdadeiro conceito que é totalmente comercial e não tem relação com o verdadeiro significado desta celebração dita ainda durante a participação de Jesus na Santa Ceia: Fazei isso em memória de mim”, destacou.
Espíritas – Jerson Queiroz da Silva, lembrou que na religião espírita a Páscoa não é comemorada. “Não temos comemoração porque para nós Jesus desencarnou. Ele veio como um governador espiritual para trazer as leis de Deus pela segunda vez, pois a primeira foi como Maomé”, explicou.
Segundo Jerson, Jesus teria encarnado uma única vez. “Ele veio como um espírito perfeito, como nós também seremos um dia. Encarnou em missão e nós em aprendizado. Ele não morreu, apenas está fora da matéria”, afirmou.
Coelho da Páscoa e ovos de chocolate - Na antiguidade o índice de mortalidade era muito grande e o coelho foi inserido para representar a fertilidade na festa de comemoração à vida.
Quanto aos ovos de chocolate, o significado se divide em duas partes, primeiro, o ovo, que também simboliza a vida e depois o chocolate. Os ovos eram decorados e entregues como presente para representar a vida.
O chocolate, por sua vez, era considerado sagrado, entre os povos Maias e Astecas o que inspirou os franceses, que tempos depois, começaram a fabricar a guloseima em formato de ovo, inserindo assim, mais sabor na celebração à vida.
Judeus - Para os judeus, a Páscoa, ou Pêssarr, em hebraico, significa passagem e marca o início do calendário bíblico de Israel. Neste ano a celebração realizada conforme o calendário judeu, teve início na última segunda-feira (14), após o pôr do sol e segue até a próxima segunda-feira (21), também ao pôr do sol.
A judia Giani Mary Rios Fernandes, explica que durante esse período os judeus relembram a passagem do povo do Egito pelo deserto. Segundo o antigo testamento e o livro sagrado judaico, Torah, foram 40 anos de sofrimento entre o povo judaico, até que eles foram libertados pelo profeta Maomé, sob o intermédio de Deus.
O primeiro dia é celebrado com uma ceia, também chamada de Keará, onde são servidos seis componentes importantes: o ovo cozido, que representa a fertilidade, um pedaço de frango, que simboliza o carneiro, ervas amargas que lembram os tempos difíceis vividos durante a escravidão, doce de maçã ralada, nozes, quatro taças de vinho Kosher, inspecionado por um rabino e o pão sem fermento, ou matzá, em hebraico, que simboliza o mesmo alimento comido pelos judeus no deserto, quando não houve tempo para fermentar a massa.
“Depois da cerimônia contamos a passagem do povo no Egito até a libertação. Ao longo da história, comemos os alimentos e bebemos as quatro taças de vinho Kosher. Depois de relembrar a liturgia, fazemos um jantar com carneiro”, contou. Giani lembrou ainda que na primeira celebração não é permitida a presença de não judeus, no entanto, nos dias seguintes, a comunhão com outras pessoas é liberada.
Católicos – Os fiéis da igreja católica se preparam para a Páscoa no período chamado de Quaresma, que se inicia na quarta-feira de cinzas após o carnaval e termina na sexta-feira da Paixão, quando se lembra a morte de Cristo.
Segundo o padre Adailton Miorin, da Paróquia Maria Mãe da Igreja, a Quaresma é a preparação para a paixão, morte e ressurreição de Jesus. “Assim como Cristo se preparou, também a igreja se prepara para celebrar com Ele. Nesse momento a igreja motiva a oração, atos de generosidade e o compromisso de se abastecer, propõem modificação e sacrifício. Existe a tradição de se abster carne vermelha, mas não é orientação da igreja,”, ressaltou.
A comemoração começa na quinta-feira Santa. Pela manhã, bispos de todo o mundo e se reúnem com padres para a renovação das promessas sacerdotais e realizam a Missa Santos Óleos, que unge o líquido para ser usado ao longo do ano durante sacramentos, batismos, crismas e unção de doentes. “À noite celebramos a Instituição da Eucaristia e Lava pés e depois apagamos todas as velas e entramos em profundo silêncio de adoração ao Santíssimo", detalhou.
Conforme o padre, a igreja se cala até às 15 horas da sexta-feira, quando os fiéis se reúnem em memória da paixão e morte de Cristo. No sábado de Aleluia, é realizada a primeira proclamação da Páscoa e no domingo a igreja comemora a ressurreição de Jesus.
“É importante fazer uma reflexão. Repensar sobre o que é preciso para buscar uma vida nova com Cristo e a Páscoa é um momento propício para isso”, orientou.
Evangélicos – Segundo o pastor da Igreja Batista Nacional (IBN) Efatá, Afrânio Magela, os evangélicos também celebram a Páscoa baseada em toda a passagem de Jesus Cristo até sua morte e ressurreição.
“Assim como os católicos, a igreja evangélica celebra a Páscoa, considerando o sacrifício, a morte, ressurreição de Jesus e a vida, porém, não temos base bíblica para a quaresma. Para nós o que vale é o conceito que destaca Jesus”, enfatizou.
O pastor lembra ainda que os ovos de Páscoa, que ganham as prateleiras de supermercados, nesse período, são apenas simbologias comerciais. “Não comemoramos a Páscoa, nós a celebramos por meio da lembrança de Jesus e ao longo do tempo, houve um desvio do verdadeiro conceito que é totalmente comercial e não tem relação com o verdadeiro significado desta celebração dita ainda durante a participação de Jesus na Santa Ceia: Fazei isso em memória de mim”, destacou.
Espíritas – Jerson Queiroz da Silva, lembrou que na religião espírita a Páscoa não é comemorada. “Não temos comemoração porque para nós Jesus desencarnou. Ele veio como um governador espiritual para trazer as leis de Deus pela segunda vez, pois a primeira foi como Maomé”, explicou.
Segundo Jerson, Jesus teria encarnado uma única vez. “Ele veio como um espírito perfeito, como nós também seremos um dia. Encarnou em missão e nós em aprendizado. Ele não morreu, apenas está fora da matéria”, afirmou.
Coelho da Páscoa e ovos de chocolate - Na antiguidade o índice de mortalidade era muito grande e o coelho foi inserido para representar a fertilidade na festa de comemoração à vida.
Quanto aos ovos de chocolate, o significado se divide em duas partes, primeiro, o ovo, que também simboliza a vida e depois o chocolate. Os ovos eram decorados e entregues como presente para representar a vida.
O chocolate, por sua vez, era considerado sagrado, entre os povos Maias e Astecas o que inspirou os franceses, que tempos depois, começaram a fabricar a guloseima em formato de ovo, inserindo assim, mais sabor na celebração à vida.
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