Caso Daniel Houly: assassinato ou tentativa de impedir suicídio; júri é destaque nesta sexta (21)

Por Da Redação com Alagoas 24Horas 21/03/2014 12h12
Por Da Redação com Alagoas 24Horas 21/03/2014 12h12
Caso Daniel Houly: assassinato ou tentativa de impedir suicídio; júri é destaque nesta sexta (21)
Foto: alagoas24horas
O julgamento do caso Daniel Houly, que já dura mais de 15 anos, poderá ter um capítulo importante nesta sexta-feira (21) no tribunal do júri. As famílias da vítima e acusada aguardam ansiosamente o desfecho do caso.

De um lado, a acusação sustenta a afirmação de homicídio doloso. Do outro, a defesa tenta demonstrar que a trágica morte do o médico, ex-deputado e ex-vereador Daniel Houly, morto há 15 anos com um tiro que atingiu a artéria femoral, teria sido motivada por uma tentativa de impedir um suicídio.

As famílias de Daniel Houly e da médica Tânia Medeiros, acusada de ter cometido o assassinato, têm travado nos últimos meses um conflito midiático que tornou o júri desta sexta-feira (21) um dos mais aguardados do ano. Panfletagens e trocas de acusações tem sido uma constante nos principais veículos de comunicação do Estado.

Tânia defende piamente que no dia do episódio tentou impedir que o médico cometesse suicídio, quando teria ocorrido um disparo acidental que levou a óbito Daniell Houly. Ela assegura ainda que o ex-companheiro tinha problemas comportamentais.

A família da vítima, entretanto, tenta demonstrar que a médica teria atirado propositalmente em Daniel Houly. O motivo seria a tentativa de impedir o fim do relacionamento. Os familiares asseveram que antes do ocorrido o médico estava disposto a se separar da acusada.

Na tarde desta quinta-feira (20), a médica acusada, através de sua defesa lançou para a imprensa uma nota oficial sobre o caso. Veja na sequência:

Nota de defesa- Caso Daniel Houly

“Há exatos 15 anos uma tragédia abalou a vida da nossa família: Daniel Houly, então casado com a nossa querida Tânia Medeiros, atentou contra a própria vida e acabou morrendo. Médica e esposa devotada, ela, primeiramente, tentou impedir o gesto suicida, mas, mesmo assim, a arma que ele segurava disparou e atingiu sua artéria femural. Desesperada com o sangramento conteve a hemorragia e o levou para a UNIMED. Os socorristas foram testemunhas de que Daniel afirmava que não queria viver.

Para Tânia começava ali um martírio que perdura até hoje: a perda do marido, um homem honrado, amigo, companheiro, que a amparava, ouvia, ria consigo e também chorava - um casal, enfim, como tantos outros que lutam cotidianamente para construir uma vida juntos – e a insídia que acabou a levando a um júri popular.

Ficamos estarrecidos com o suicídio de Daniel, algo inesperado e inconsolável, mas mais estarrecidos ficamos quando nossa Tânia foi acusada de homicídio, mesmo após o delegado do inquérito não indiciá-la. Desde então vivemos um tormento. São anos de acusações injustas, de ataques pesados, de campanhas sistemáticas contra uma profissional que agiu como cidadã esposa e médica. Daniel apresentava alterações de comportamento, mas a esposa em nenhum momento o abandonou ou tomou qualquer atitude que pudesse induzir descontentamento, ira ou vingança.

Na próxima sexta-feira, nossa Tânia senta no banco dos réus para ser julgada por um crime que não houve. Todos nós vamos estar sentados ali com ela, queremos que esse tormento acabe, que ela seja inocentada, para que possamos voltar a viver com um pouco de paz, mesmo que isso não traga Daniel de volta.”
'Laudo atesta que médica atirou de longa distância,' diz acusação

O advogado Welton Roberto, assistente de acusação do julgamento do assassinato do ex-vereador Daniel Houly, disse que a acusação trará uma prova definitiva para a condenação da médica Tânia Medeiros, um laudo técnico elaborado pela Polícia Federal atestando que a médica efetuou dois disparos de longa distância contra Daniel Houly, desconstruindo a tese de tentativa de suicídio defendida por ela. Segundo Roberto, a acusação pretende comprovar o caráter de premeditação do crime.

Mais informações sobre o julgamento a qualquer momento...



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