600 jovens confirmam participação em 'rolezinho' de Maceió

Por Redação com informações de gazetaweb 21/01/2014 11h11
Por Redação com informações de gazetaweb 21/01/2014 11h11
600 jovens confirmam participação em 'rolezinho' de Maceió
Foto: Reprodução/facebook
No Facebook já há uma série de rolezinhos marcados para os shop-ping centers de Maceió. Os dirigentes estão preocupados. Alguns consultaram a Polícia Militar de Alagoas que, inicialmente, nada pode fazer.
Cerca de 600 jovens alagoanos já marcaram presença para o próximo dia 31 o chamado "rolezinho" em um shopping center no bairro Benedito Bentes, em Maceió.

O "rolezinho", segundo Roger Silva, que organiza o evento, tem como objetivo protestar contra a proibição da prática em shoppings de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os protestos são repetidos em diversas partes do país e, agora, ganhariam os centros comerciais de Alagoas.

Roger afirma, no entanto, em sua página na rede social que o "rolezinho" não é um movimento para práticas de crimes. "ATENÇÃO WOOOL: Niguém aqui vai ir pro Shopping pra roubar não , nois vamos e pra lazer , as mídias já estão espera o dia chegar pensando que nois vamos fazer igual no Rio e São Paulo que o povo roubou as lojas e causo tumulto , que fique claro todos so vamos pra se divertir e lazer! (sic)".




Na página do evento, no Facebook, há exposto um debate entre simpatizantes e opositores do "rolezinho". Para o jovem Gustavo Leão, o evento ganhou um cunho negativo e passou a ser marginalizado. "É triste ver a hostilidade com que muitas pessoas ainda veem os rolezinhos e quaisquer outras formas de a periferia ocupar os espaços cultural e economicamente estabelecidos como pertencentes às classes mais favorecidas (sic)", argumentou.

"Pior ainda é ver a hostilidade com que estas classes tratam a periferia e tudo que a ela diz respeito. Seja através de um discurso violento, temeroso ou, até mesmo, ridicularizando os próprios limites das classes periféricas, tudo é segregação. Necessidade? Não há. O objetivo, como já foi dito, é a diversão, o que é direito de todos. O que existe é uma parcela da juventude tentando se divertir e ter acesso àquilo que, inclusive, pessoas com suas mesmas condições de classe construíram (sic)", complementou Gustavo.