Comitê discute ações para combate a criminalidade no Nordeste

Por Assessoria 28/11/2013 16h04
Por Assessoria 28/11/2013 16h04
Comitê discute ações para combate a criminalidade no Nordeste
Foto: Assessoria
Dirigentes das polícias Civil e Militar dos nove estados nordestinos participaram nesta terça-feira (26), em Maceió, da 22ª Reunião do Comitê Integrado de Segurança Pública – Operação Divisa Segura. O evento teve como objetivo intensificar as ações conjuntas de combate à criminalidade na região.

O encontro foi aberto pelo secretário da Defesa Social, Dário Cesar, e comandante geral da PM, coronel Dimas Cavalcante. Eles ressaltaram a necessidade das ações integradas de segurança, como forma de combater a criminalidade nas divisas estaduais.

“Hoje, o crime não respeita fronteiras nem as divisas estaduais; por isso temos que continuar com ações integradas de segurança e com a troca de informações entre as polícias”, disse o secretário, que também defendeu mudanças estruturais no setor, principalmente, com relação a recursos.

Ao lembrar que o governo federal destinou 0,35% no Orçamento para a segurança pública, Dário Cesar comentou que os gestores estaduais “ficam à mercê da boa relação que mantêm com a União para o repasse de verbas”, disse.

Além do repasse de recursos constitucionais – a exemplo do que acontece com as áreas de saúde e educação –, o secretário também defende mudanças na legislação penal e processual. “Sem essas mudanças, continuaremos com a sensação de estarmos sempre enxugando gelo no enfrentamento da criminalidade”, afirmou.

Para justificar a necessidade de mudança na legislação, ele disse que em Alagoas ocorreram 2.455 prisões no período de janeiro a outubro deste ano. Desse total, permaneceram no sistema prisional apenas 398 presos.

“Essas pessoas que voltaram às ruas continuam praticando crimes, com a polícia carregando um fardo pesado nesse processo de prender e depois ter que soltar”, comentou. Apesar disso, osecretário disse aos participantes do evento que o Estado conseguiu reduzir a taxa de homicídio em 13,7%, no período de 2011 a 2012, enquanto que no Brasil houve um acréscimo de 8%.