Senado economizou R$ 159,4 milhões e meta é chegar a R$ 300 milhões em 2014, afirma Renan
O presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou nesta quinta-feira (7) um balanço dos resultados do programa de racionalização de custos adotado pela atual Comissão Diretora do Senado. Ao responder a uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, que aponta o aumento de gastos da Casa com servidores comissionados, o parlamentar disse que o programa de redução de despesas é um sucesso e já gerou economia de R$ 159,4 milhões entre fevereiro e setembro deste ano.
– Para demonstrar que não somos perdulários e que o Senado não é irresponsável, basta ver que até setembro deste ano utilizamos apenas 67% do nosso orçamento anual. Os números são públicos e constam do relatório administrativo detalhado e que está disponível a todo cidadão, a qualquer momento, no Portal da Transparência. Não se trata, portanto, de propaganda ou marketing político-administrativo. São medidas reais, em vigor, verificáveis por quem quer que seja – afirmou.
Segundo o presidente do Senado, a meta é economizar R$ 300 milhões no biênio 2013/2014. Atualmente, 82% do orçamento do Senado são consumidos com pessoal, 14% são destinados a custeio e apenas 2% vão para investimentos. Daí, disse Renan Calheiros, o rigor com o controle dos gastos com mão-de-obra. Ele lembrou que foram extintas 613 funções comissionadas, o que gerou economia de R$ 6,5 milhões. As nomeações foram proibidas durante o ano de 2013 e mais de 160 cargos foram bloqueados.
Renan Calheiros informou que o Senado conta com 2.991 servidores efetivos, que são concursados, e 3.241 comissionados, os quais, segundo ele, trabalham tanto quanto os efetivos.
- O relevante é o custo desses servidores. A simples relação entre a quantidade de efetivos ou comissionados não guarda nenhuma relação com a economia que estamos efetivamente implementando. Os 2.291 efetivos custaram, entre janeiro e setembro, R$ 1,8 bilhão, 88% dos gastos. Já os 3.241 comissionados, R$ 258,3 milhões – afirmou.
De acordo com o presidente, as despesas com pessoal do Senado são de 0,41% da Receita Corrente Líquida (RCL), abaixo portanto do limite autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 0,86%. Segundo ele, com os cortes nos gastos de pessoal, a economia do Senado até setembro foi de R$ 117,5 milhões. Se forem incluídos os cortes nos contratos com terceirização, esse valor ultrapassa R$ 120 milhões.
Outras economias
Renan Calheiros aproveitou para enumerar uma série de medidas de racionamento adotadas pela Casa, com destaque para o fim do contrato do serviço de clipping de notícias (R$ 1,5 milhão de economia); a suspensão da distribuição de kits de informática para câmaras municipais (R$ 6,8 milhões); a redução de gastos com passagens áreas (R$ 1,1 milhão); o fim do 14º e 15º salários dos parlamentares (R$ 4,3 milhões); a suspensão ou o corte de contratos de terceirização (R$ 4,2 milhões) e redução de gastos com material de consumo (R$ 4,4 milhões).
O presidente lembrou também do imediato cumprimento pelo Senado da decisão do Tribunal de Contas da União que determinou o corte dos salários dos servidores acima do teto constitucional, o que deve gerar economia de R$ 1,3 milhão ao ano.
- É sempre bom repetir, em nome da memória e da justiça, que o Senado pediu auditoria de sua folha de pagamento. Foi o Senado que pediu ao Tribunal de Contas a auditoria de sua folha de pagamento. Auditoria que resultou no acórdão deste ano.
A Comissão Diretora aprovou ainda a fixação de uma taxa de ocupação dos imóveis ocupados por não senadores, que serão retomados de acordo com o calendário que esses ocupantes apresentaram.
Transparência
O reforço da transparência nas atividades do Senado também foi destacado no discurso. O parlamentar sublinhou que foram instalados recentemente a Secretaria da Transparência e o Conselho de Transparência, com a participação de integrantes da sociedade civil.
Além disso, no Portal da Transparência, foram incluídos os salários dos servidores aposentados e dos ex-parlamentares, bem como o detalhamento completo dos serviços contratados com verba indenizatória.
– Todos os dados estão acessíveis a todos a qualquer hora. Só não estão no Portal aquelas informações legalmente protegidas por sigilo – afirmou.
Avanços
O presidente destacou os avanços no campo legislativo neste ano, citando propostas importantes aprovadas pelos senadores, como a expansão dos direitos trabalhistas dos empregados domésticos; o Estatuto da Juventude; a regulamentação da profissão de vaqueiro; a destinação dos royalties do petróleo à educação e à saúde; a análise de vetos presidenciais; o oferecimento obrigatório de cirurgia de reconstrução de mama pelo SUS; e a discriminação dos tributos nas notas fiscais de produtos e serviços.
– Este vigor legislativo é voltado para a sociedade e não para grupos poderosos. Mais de 40 propostas foram aprovadas em menos de 20 dias em resposta às demandas das ruas – afirmou Renan Calheiros, referindo-se às manifestações populares que tomaram conta do país no último mês de junho.
Elogios
Em aparte, senadores elogiaram as medidas de racionalização tomadas pela Comissão Diretora e a alta qualificação dos servidores do Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) classificou todas as medidas de “extremamente positivas”, e a senadora Ana Amélia (PP-RS) lembrou que todos os 22 funcionários do gabinete dela são comissionados, mas sem qualquer vínculo partidário.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por sua vez, disse que os cargos comissionados são próprios da atividade política, visto que o parlamentar precisa contar com pessoas de confiança e que compartilhem as mesmas ideias.
– Eles colaboram com dedicação extrema. Entram de manhã e não têm hora para sair. Dependem de nosso mandato e vivem em situação de instabilidade funcional. Já os concursados passaram por um processo de seleção duríssimo, com provas extremamente exigentes. No meu gabinete há uma feliz mistura de concursados e comissionados – explicou.
Ao falar sobre o enxugamento de gastos, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) voltou a denunciar os altos preços das passagens aéreas pagas pelo Senado. Segundo ele, a Casa desembolsou R$ 17 mil por um bilhete para o México, encontrado por ele na internet por pouco mais de R$ 4 mil. Segundo Requião, situação semelhante aconteceu com o senador Walter Pinheiro (PT-BA), que preferiu pagar do próprio bolso R$ 4 mil por uma passagem que sairia R$ 20 mil para o Senado.
– Temos que jogar duro com isso. Quando se mexe num vespeiro, as vespas se alvoroçam, e o senhor corre o risco de tomar picadas, mas terá o nosso apoio – disse Requião a Renan Calheiros.
Em resposta, o presidente do Senado informou que os gastos com passagens estão sendo reduzidos, mas não é tarefa fácil devido à necessidade de se estabelecer um critério o mais transparente possível para servidores e parlamentares.
– Isso acontece porque ainda há a percepção equivocada de que dinheiro público não tem dono. Temos que buscar, inclusive na iniciativa privada, os melhores exemplos para corrigir equívocos – completou.
Segundo Renan Calheiros, o Senado está no caminho certo e vai seguir em frente na sua missão legislativa e fiscalizadora, com a racionalização dos custos internos.
– Para demonstrar que não somos perdulários e que o Senado não é irresponsável, basta ver que até setembro deste ano utilizamos apenas 67% do nosso orçamento anual. Os números são públicos e constam do relatório administrativo detalhado e que está disponível a todo cidadão, a qualquer momento, no Portal da Transparência. Não se trata, portanto, de propaganda ou marketing político-administrativo. São medidas reais, em vigor, verificáveis por quem quer que seja – afirmou.
Segundo o presidente do Senado, a meta é economizar R$ 300 milhões no biênio 2013/2014. Atualmente, 82% do orçamento do Senado são consumidos com pessoal, 14% são destinados a custeio e apenas 2% vão para investimentos. Daí, disse Renan Calheiros, o rigor com o controle dos gastos com mão-de-obra. Ele lembrou que foram extintas 613 funções comissionadas, o que gerou economia de R$ 6,5 milhões. As nomeações foram proibidas durante o ano de 2013 e mais de 160 cargos foram bloqueados.
Renan Calheiros informou que o Senado conta com 2.991 servidores efetivos, que são concursados, e 3.241 comissionados, os quais, segundo ele, trabalham tanto quanto os efetivos.
- O relevante é o custo desses servidores. A simples relação entre a quantidade de efetivos ou comissionados não guarda nenhuma relação com a economia que estamos efetivamente implementando. Os 2.291 efetivos custaram, entre janeiro e setembro, R$ 1,8 bilhão, 88% dos gastos. Já os 3.241 comissionados, R$ 258,3 milhões – afirmou.
De acordo com o presidente, as despesas com pessoal do Senado são de 0,41% da Receita Corrente Líquida (RCL), abaixo portanto do limite autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 0,86%. Segundo ele, com os cortes nos gastos de pessoal, a economia do Senado até setembro foi de R$ 117,5 milhões. Se forem incluídos os cortes nos contratos com terceirização, esse valor ultrapassa R$ 120 milhões.
Outras economias
Renan Calheiros aproveitou para enumerar uma série de medidas de racionamento adotadas pela Casa, com destaque para o fim do contrato do serviço de clipping de notícias (R$ 1,5 milhão de economia); a suspensão da distribuição de kits de informática para câmaras municipais (R$ 6,8 milhões); a redução de gastos com passagens áreas (R$ 1,1 milhão); o fim do 14º e 15º salários dos parlamentares (R$ 4,3 milhões); a suspensão ou o corte de contratos de terceirização (R$ 4,2 milhões) e redução de gastos com material de consumo (R$ 4,4 milhões).
O presidente lembrou também do imediato cumprimento pelo Senado da decisão do Tribunal de Contas da União que determinou o corte dos salários dos servidores acima do teto constitucional, o que deve gerar economia de R$ 1,3 milhão ao ano.
- É sempre bom repetir, em nome da memória e da justiça, que o Senado pediu auditoria de sua folha de pagamento. Foi o Senado que pediu ao Tribunal de Contas a auditoria de sua folha de pagamento. Auditoria que resultou no acórdão deste ano.
A Comissão Diretora aprovou ainda a fixação de uma taxa de ocupação dos imóveis ocupados por não senadores, que serão retomados de acordo com o calendário que esses ocupantes apresentaram.
Transparência
O reforço da transparência nas atividades do Senado também foi destacado no discurso. O parlamentar sublinhou que foram instalados recentemente a Secretaria da Transparência e o Conselho de Transparência, com a participação de integrantes da sociedade civil.
Além disso, no Portal da Transparência, foram incluídos os salários dos servidores aposentados e dos ex-parlamentares, bem como o detalhamento completo dos serviços contratados com verba indenizatória.
– Todos os dados estão acessíveis a todos a qualquer hora. Só não estão no Portal aquelas informações legalmente protegidas por sigilo – afirmou.
Avanços
O presidente destacou os avanços no campo legislativo neste ano, citando propostas importantes aprovadas pelos senadores, como a expansão dos direitos trabalhistas dos empregados domésticos; o Estatuto da Juventude; a regulamentação da profissão de vaqueiro; a destinação dos royalties do petróleo à educação e à saúde; a análise de vetos presidenciais; o oferecimento obrigatório de cirurgia de reconstrução de mama pelo SUS; e a discriminação dos tributos nas notas fiscais de produtos e serviços.
– Este vigor legislativo é voltado para a sociedade e não para grupos poderosos. Mais de 40 propostas foram aprovadas em menos de 20 dias em resposta às demandas das ruas – afirmou Renan Calheiros, referindo-se às manifestações populares que tomaram conta do país no último mês de junho.
Elogios
Em aparte, senadores elogiaram as medidas de racionalização tomadas pela Comissão Diretora e a alta qualificação dos servidores do Senado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) classificou todas as medidas de “extremamente positivas”, e a senadora Ana Amélia (PP-RS) lembrou que todos os 22 funcionários do gabinete dela são comissionados, mas sem qualquer vínculo partidário.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por sua vez, disse que os cargos comissionados são próprios da atividade política, visto que o parlamentar precisa contar com pessoas de confiança e que compartilhem as mesmas ideias.
– Eles colaboram com dedicação extrema. Entram de manhã e não têm hora para sair. Dependem de nosso mandato e vivem em situação de instabilidade funcional. Já os concursados passaram por um processo de seleção duríssimo, com provas extremamente exigentes. No meu gabinete há uma feliz mistura de concursados e comissionados – explicou.
Ao falar sobre o enxugamento de gastos, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) voltou a denunciar os altos preços das passagens aéreas pagas pelo Senado. Segundo ele, a Casa desembolsou R$ 17 mil por um bilhete para o México, encontrado por ele na internet por pouco mais de R$ 4 mil. Segundo Requião, situação semelhante aconteceu com o senador Walter Pinheiro (PT-BA), que preferiu pagar do próprio bolso R$ 4 mil por uma passagem que sairia R$ 20 mil para o Senado.
– Temos que jogar duro com isso. Quando se mexe num vespeiro, as vespas se alvoroçam, e o senhor corre o risco de tomar picadas, mas terá o nosso apoio – disse Requião a Renan Calheiros.
Em resposta, o presidente do Senado informou que os gastos com passagens estão sendo reduzidos, mas não é tarefa fácil devido à necessidade de se estabelecer um critério o mais transparente possível para servidores e parlamentares.
– Isso acontece porque ainda há a percepção equivocada de que dinheiro público não tem dono. Temos que buscar, inclusive na iniciativa privada, os melhores exemplos para corrigir equívocos – completou.
Segundo Renan Calheiros, o Senado está no caminho certo e vai seguir em frente na sua missão legislativa e fiscalizadora, com a racionalização dos custos internos.
Últimas Notícias
Arapiraca
Ação policial prende homem por posse ilegal de arma de fogo na zona rural de Arapiraca
Polícia
Polícia investiga homem que quase foi degolado por fio de energia, em Alagoas
Brasil / Mundo
Pedaço de concreto cai de teto e deixa passageira ferida no Metrô
Oportunidades
Uncisal divulga edital do Processo Seletivo 2025
Arapiraca
Sob o céu do Agreste: Cine na Rede traz cinema, música e cultura para Arapiraca
Vídeos mais vistos
TV JÁ É
Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano
Geral
Morte em churrascaria de Arapiraca
TV JÁ É
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
TV JÁ É
Inauguração Jomart Atacarejo
TV JÁ É