Ex-capitão, Gilson abre caixa preta e tenta explicar pane do ASA na Série B
O início do ano foi muito promissor para o ASA. Depois de fazer uma bela campanha na Copa do Nordeste, perdendo o título para o Campinense na final, a equipe alvinegra não deu sequência ao bom trabalho e sofreu uma pane na temporada.
A expectativa era que o time conseguisse mais uma vez fazer um bom Campeonato Alagoano e pudesse brigar por mais um título estadual. Não foi o que aconteceu. Ao contrário de anos anteriores, o Fantasma não chegou à decisão, sendo batido pelo CSA nas semifinais da disputa.
Passado o Estadual, as esperanças da torcida alvinegra se voltaram para a Série B do Campeonato Brasileiro, onde nos últimos anos o ASA tinha feito boas apresentações. Iniciada a competição nacional, o time passou por altos e baixos, terminando o Primeiro Turno na 12ª colocação. Mas, ao começar o returno, a equipe entrou em parafuso.
Ao fim de 31 rodadas, o ASA amarga a lanterna da competição, com 26 pontos, chegou a perder dez jogos consecutivos e precisa de um milagre para se livrar do rebaixamento. Restando apenas sete jogos, o Fantasma tem que vencer pelo menos seis partidas para manter as chances de continuar na Série B.
Para o goleiro e ex-capitão Gilson, dispensado na semana passada pelo ASA, após se desentender com o técnico Heron Ferreira, alguns fatores foram decisivos para a queda de produção do Alvinegro no decorrer da temporada.
- Em primeiro lugar, eu gostaria de deixar claro que a situação complicada que está passando o ASA não é culpa exclusiva de ninguém. O grupo todo deixou a desejar ao longo da competição. A meu ver, a mudança de treinadores ao longo do ano também prejudicou, e muito, o desempenho da equipe na Série B.
Para o arqueiro, é muito difícil uma equipe conseguir se adaptar às constantes mudanças de treinador - sete só nesta temporada. Citando alguns dos técnicos que comandaram o ASA neste ano, Gilson fez uma breve avaliação do esquema tático de cada um.
- Na medida em que os treinadores vão chegando, novos esquemas táticos vão sendo implantados, e isso requer muito treinamento, além de um período longo de adaptação. E não foi o que aconteceu com a gente. Quando jogávamos com o Vica [em 2012], atuávamos no esquema 3-5-2.
Já com a chegada do Leandro Campos, ele trabalhava com três zagueiros, sendo que um dava uma proteção maior à zaga, marcando o atacante mais rápido da equipe adversária. Já com o Eutrópio passamos a trabalhar no 4-4-2. Em seguida, veio o Ricardo Silva, que também adotou o seu esquema. Então não é fácil uma equipe passar por tantas alterações táticas.
Titular do ASA por três temporadas, Gilson disse ainda que após a Copa do Nordeste a saída de alguns jogadores do elenco fez com que a equipe perdesse a identidade.
- Além da mudança de treinadores, houve também algumas contratações e dispensas que considero erradas. Jogadores como o Pedro Silva, o Gabriel e o Márcio Goiano não deveriam ter saído. O time teve a sua base desfeita e terminou perdendo a sua 'cara', a sua identidade. Numa competição difícil como é a Série B, manter uma base é muito importante.
Mesmo sendo desligado do clube de forma conturbada, já que, segundo ele, saiu a pedido de Heron Ferreira, Gilson fez questão de valorizar o trabalho desenvolvido pela diretoria alvinegra.
- A diretoria do ASA sempre buscou o melhor para o clube. Nunca tivemos salários atrasados e toda a estrutura que precisamos eles sempre ofereceram. Algumas falhas aconteceram, mas não diria que foi só da diretoria. Como falei anteriormente, os erros foram de todo o grupo e não adianta querer procurar um único culpado pela campanha ruim.
Confiança abalada
Outros problemas apontados pelo goleiro foram o fator psicológico e a falta de sorte da equipe na competição nacional.
- Falando por mim, eu acredito que o fator psicológico também pesou. Eu não rendi na Série B deste ano o que sempre rendi com a camisa do ASA. Outra coisa que aconteceu foi a falta de sorte da nossa equipe. Jogos como os contra a Chapecoense, o Joinville e o Boa Esporte dentro de casa, mostram como faltou um pouco de sorte para a gente. Sempre fazíamos bons primeiros tempos, mas não conseguíamos marcar os gols, apesar das várias oportunidades, e éramos surpreendidos com gols de contra-ataque dos adversários.
Procurada pelo GloboEsporte.com, a diretoria do ASA, através do diretor de futebol, José Oliveira, preferiu não avaliar no momento o desempenho do clube na Série B. O dirigente alvinegro ressaltou que, apesar de difícil, ainda existe a possibilidade da permanência.
Torcedor xinga jogadores do ASA após derrota para o América-RN (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)
- Acho justo que, após o campeonato, o torcedor e a imprensa possam ter um posicionamento da diretoria do ASA sobre o balanço deste ano - emendou o dirigente, ex-presidente do clube.
Com a vitória no último jogo, quando a equipe fez uma boa apresentação e goleou o Oeste por 3 a 0, a diretoria alvinegra trabalha no sentido de dar mais confiança ao grupo. Inspirada na reação surpreendente do Fluminense em 2009, que se livrou do rebaixamento na reta final do Brasileirão. O presidente do clube, Jotinha Alexandre, já falou que não vai jogar a toalha e trabalha com esse exemplo do Flu para tentar livrar o time arapiraquense da Série C.
- Nós sabemos que a nossa situação não é fácil, sabemos que teremos sete jogos difíceis, mas a última vitória nos deu um ânimo muito bom, o clima entre os jogadores é outro. O pessoal acredita, agora só depende deles, nós da diretoria já fizemos tudo o que poderíamos fazer, agora está na mão deles. Sobre o vídeo do Fluminense, acredito que tudo que venha para inspirar para o bem, que motive, é válido. Temos que nos inspirar no que é bom - disse o cartola.
A expectativa era que o time conseguisse mais uma vez fazer um bom Campeonato Alagoano e pudesse brigar por mais um título estadual. Não foi o que aconteceu. Ao contrário de anos anteriores, o Fantasma não chegou à decisão, sendo batido pelo CSA nas semifinais da disputa.
Passado o Estadual, as esperanças da torcida alvinegra se voltaram para a Série B do Campeonato Brasileiro, onde nos últimos anos o ASA tinha feito boas apresentações. Iniciada a competição nacional, o time passou por altos e baixos, terminando o Primeiro Turno na 12ª colocação. Mas, ao começar o returno, a equipe entrou em parafuso.
Ao fim de 31 rodadas, o ASA amarga a lanterna da competição, com 26 pontos, chegou a perder dez jogos consecutivos e precisa de um milagre para se livrar do rebaixamento. Restando apenas sete jogos, o Fantasma tem que vencer pelo menos seis partidas para manter as chances de continuar na Série B.
Para o goleiro e ex-capitão Gilson, dispensado na semana passada pelo ASA, após se desentender com o técnico Heron Ferreira, alguns fatores foram decisivos para a queda de produção do Alvinegro no decorrer da temporada.
- Em primeiro lugar, eu gostaria de deixar claro que a situação complicada que está passando o ASA não é culpa exclusiva de ninguém. O grupo todo deixou a desejar ao longo da competição. A meu ver, a mudança de treinadores ao longo do ano também prejudicou, e muito, o desempenho da equipe na Série B.
Para o arqueiro, é muito difícil uma equipe conseguir se adaptar às constantes mudanças de treinador - sete só nesta temporada. Citando alguns dos técnicos que comandaram o ASA neste ano, Gilson fez uma breve avaliação do esquema tático de cada um.
- Na medida em que os treinadores vão chegando, novos esquemas táticos vão sendo implantados, e isso requer muito treinamento, além de um período longo de adaptação. E não foi o que aconteceu com a gente. Quando jogávamos com o Vica [em 2012], atuávamos no esquema 3-5-2.
Já com a chegada do Leandro Campos, ele trabalhava com três zagueiros, sendo que um dava uma proteção maior à zaga, marcando o atacante mais rápido da equipe adversária. Já com o Eutrópio passamos a trabalhar no 4-4-2. Em seguida, veio o Ricardo Silva, que também adotou o seu esquema. Então não é fácil uma equipe passar por tantas alterações táticas.
Titular do ASA por três temporadas, Gilson disse ainda que após a Copa do Nordeste a saída de alguns jogadores do elenco fez com que a equipe perdesse a identidade.
- Além da mudança de treinadores, houve também algumas contratações e dispensas que considero erradas. Jogadores como o Pedro Silva, o Gabriel e o Márcio Goiano não deveriam ter saído. O time teve a sua base desfeita e terminou perdendo a sua 'cara', a sua identidade. Numa competição difícil como é a Série B, manter uma base é muito importante.
Mesmo sendo desligado do clube de forma conturbada, já que, segundo ele, saiu a pedido de Heron Ferreira, Gilson fez questão de valorizar o trabalho desenvolvido pela diretoria alvinegra.
- A diretoria do ASA sempre buscou o melhor para o clube. Nunca tivemos salários atrasados e toda a estrutura que precisamos eles sempre ofereceram. Algumas falhas aconteceram, mas não diria que foi só da diretoria. Como falei anteriormente, os erros foram de todo o grupo e não adianta querer procurar um único culpado pela campanha ruim.
Confiança abalada
Outros problemas apontados pelo goleiro foram o fator psicológico e a falta de sorte da equipe na competição nacional.
- Falando por mim, eu acredito que o fator psicológico também pesou. Eu não rendi na Série B deste ano o que sempre rendi com a camisa do ASA. Outra coisa que aconteceu foi a falta de sorte da nossa equipe. Jogos como os contra a Chapecoense, o Joinville e o Boa Esporte dentro de casa, mostram como faltou um pouco de sorte para a gente. Sempre fazíamos bons primeiros tempos, mas não conseguíamos marcar os gols, apesar das várias oportunidades, e éramos surpreendidos com gols de contra-ataque dos adversários.
Procurada pelo GloboEsporte.com, a diretoria do ASA, através do diretor de futebol, José Oliveira, preferiu não avaliar no momento o desempenho do clube na Série B. O dirigente alvinegro ressaltou que, apesar de difícil, ainda existe a possibilidade da permanência.
José Oliveira disse que vai esperar o fim da Série B para fazer balanço da temporada do ASA
(Foto: Caio Lorena / Globoesporte.com)
- A gente ainda está na competição e, apesar de complicado, não podemos deixar de acreditar, até porque ainda existe chance, por mais difícil que seja. Enquanto há vida, há esperança. Reconhecemos que estamos num momento muito complicado na competição, mas vamos aguardar esses dois próximos jogos fora de casa - contra Sport e América-MG - para vermos o que vai acontecer.
Oliveira disse também que vai aguardar o término da competição para fazer um balanço e apresentar o planejamento do clube para o próximo ano.
Torcedor xinga jogadores do ASA após derrota para o América-RN (Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)
- Acho justo que, após o campeonato, o torcedor e a imprensa possam ter um posicionamento da diretoria do ASA sobre o balanço deste ano - emendou o dirigente, ex-presidente do clube.
Com a vitória no último jogo, quando a equipe fez uma boa apresentação e goleou o Oeste por 3 a 0, a diretoria alvinegra trabalha no sentido de dar mais confiança ao grupo. Inspirada na reação surpreendente do Fluminense em 2009, que se livrou do rebaixamento na reta final do Brasileirão. O presidente do clube, Jotinha Alexandre, já falou que não vai jogar a toalha e trabalha com esse exemplo do Flu para tentar livrar o time arapiraquense da Série C.
- Nós sabemos que a nossa situação não é fácil, sabemos que teremos sete jogos difíceis, mas a última vitória nos deu um ânimo muito bom, o clima entre os jogadores é outro. O pessoal acredita, agora só depende deles, nós da diretoria já fizemos tudo o que poderíamos fazer, agora está na mão deles. Sobre o vídeo do Fluminense, acredito que tudo que venha para inspirar para o bem, que motive, é válido. Temos que nos inspirar no que é bom - disse o cartola.
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