MP/AL pedirá apoio a Conselhos para apurar responsabilidade da Casal em surto de diarreia
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) pedirá apoio ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e ao Conselho Regional de Química da 17ª Região (CRQ/AL) para que se faça uma avaliação nas estações de tratamento de água dos municípios onde houve a epidemia. Só após esse levantamento o MP/AL vai decidir que posição será adotada com relação a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Nesta segunda-feira (26), o 2º Centro de Apoio Operacional do MP/AL convocou uma reunião em Arapiraca para dar continuidade aos trabalhos de investigação sobre o surto de diarreia que atingiu Alagoas nos últimos meses. Além da Casal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) estiveram presentes na de do Ministério Público no município.
A Casal reconheceu que é intermitente no seu serviço de abastecimento e confessou que possui deficiências gravíssimas na rede de distribuição de água. Dos 102 município alagoanos, apenas 74 recebem água tratada pela Companhia. Palmeira dos Índios é um deles, porém, a Casal só chega em 68% das residências. Apesar de confirmar a baixa cobertura na maioria dos municípios, a empresa não tomou para si a responsabilidade da epidemia.
Culpa da chuva
O engenheiro e representante da Casal Jorge Brinzeno alegou que a culpa do surto foi das chuvas que, na opinião dele, atingiram as pessoas com baixa proteção imunológica e captam água de forma alternativa, através, por exemplo, de cacimbas, caixas d'águas, cisternas particulares, açudes e barragens.
Mesmo culpando as chuvas, a Casal prometeu intensificar a recloração nas tubulações na rede final de abastecimento, fazer a limpeza e desinfecção dos reservatórios nas cidades atingidas pela epidemia, aumentar a dosagem de cloro nas próprias estações de tratamento e tornar mais frequentes as análises quanto ao nível de potabilidade da água.
A Semarh falou que é necessário intensificar o trabalho e as cobranças junto as prefeituras e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil para que aja o aumento nas fiscalizações dos carros-pipas que abastecem os municípios. Disse também que está cadastrando mais 500 pipeiros que vão distribuir, por dia, cerca de 400 mil litros.
O órgão ainda informou que está adquirindo 60 filtros cloradores para ajudar os pipeiros a tratarem a água antes de fornecer às casas e que vai comprar uma estação móvel de tratamento para levar àquelas cidades com maior quadro de emergência. Para completar, Semarh está ajudando a cavar 50 poços de água que serão destinados para o de consumo humano e outros 62 para animais.
Estado de alerta
José Lourenço Brota, gerente de Vigilância Epidemiológica de Doenças de Veiculação Hídrica da Sesau, afirmou que o Estado não está mais em epidemia, e, sim, em situação de alerta. No momento são 44 cidades sob controle e 32 em alerta. Este ano, o surto provocou as mortes de 115 vítimas, contra 52 em 2012, um acréscimo de 121%. Brota também disse que 61, 7% dos óbitos ocorreram nos hospitais e 28, 3% nas residências.
Ainda segundo a Secretaria, no total, foram registrados 87.607 casos, um acréscimo de 72, 9% se comparado com o mesmo período do ano passado. Os representantes da Sesau informaram também que Alagoas registrou três tipos de diarreia: sem desidratação (57,3%) ; com desidratação (20,7%) e com desidratação grave (20,6%).
Nesta segunda-feira (26), o 2º Centro de Apoio Operacional do MP/AL convocou uma reunião em Arapiraca para dar continuidade aos trabalhos de investigação sobre o surto de diarreia que atingiu Alagoas nos últimos meses. Além da Casal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) estiveram presentes na de do Ministério Público no município.
A Casal reconheceu que é intermitente no seu serviço de abastecimento e confessou que possui deficiências gravíssimas na rede de distribuição de água. Dos 102 município alagoanos, apenas 74 recebem água tratada pela Companhia. Palmeira dos Índios é um deles, porém, a Casal só chega em 68% das residências. Apesar de confirmar a baixa cobertura na maioria dos municípios, a empresa não tomou para si a responsabilidade da epidemia.
Culpa da chuva
O engenheiro e representante da Casal Jorge Brinzeno alegou que a culpa do surto foi das chuvas que, na opinião dele, atingiram as pessoas com baixa proteção imunológica e captam água de forma alternativa, através, por exemplo, de cacimbas, caixas d'águas, cisternas particulares, açudes e barragens.
Mesmo culpando as chuvas, a Casal prometeu intensificar a recloração nas tubulações na rede final de abastecimento, fazer a limpeza e desinfecção dos reservatórios nas cidades atingidas pela epidemia, aumentar a dosagem de cloro nas próprias estações de tratamento e tornar mais frequentes as análises quanto ao nível de potabilidade da água.
A Semarh falou que é necessário intensificar o trabalho e as cobranças junto as prefeituras e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil para que aja o aumento nas fiscalizações dos carros-pipas que abastecem os municípios. Disse também que está cadastrando mais 500 pipeiros que vão distribuir, por dia, cerca de 400 mil litros.
O órgão ainda informou que está adquirindo 60 filtros cloradores para ajudar os pipeiros a tratarem a água antes de fornecer às casas e que vai comprar uma estação móvel de tratamento para levar àquelas cidades com maior quadro de emergência. Para completar, Semarh está ajudando a cavar 50 poços de água que serão destinados para o de consumo humano e outros 62 para animais.
Estado de alerta
José Lourenço Brota, gerente de Vigilância Epidemiológica de Doenças de Veiculação Hídrica da Sesau, afirmou que o Estado não está mais em epidemia, e, sim, em situação de alerta. No momento são 44 cidades sob controle e 32 em alerta. Este ano, o surto provocou as mortes de 115 vítimas, contra 52 em 2012, um acréscimo de 121%. Brota também disse que 61, 7% dos óbitos ocorreram nos hospitais e 28, 3% nas residências.
Ainda segundo a Secretaria, no total, foram registrados 87.607 casos, um acréscimo de 72, 9% se comparado com o mesmo período do ano passado. Os representantes da Sesau informaram também que Alagoas registrou três tipos de diarreia: sem desidratação (57,3%) ; com desidratação (20,7%) e com desidratação grave (20,6%).
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