De Brasília, deputados dão total apoio à TelexFREE e BBom
A luta travada pela TelexFREE e BBom, ambas acusadas pelo Ministério Público de praticar o crime de pirâmide financeira, chegou à Brasília. Mas não ao judiciário da capital, e sim ao Congresso. Em concorrida audiência pública ontem, convocada por três comissões diferentes e lotada por vendedores das empresas, deputados se revezaram para mostrar apoio a ambas e aos associados. Alguns deles, porém, preferiram demonstrar cautela com a situação (veja trechos abaixo).
“Eu senti firmeza na TelexFREE”, declarou o deputado Sílvio Costa (PTB-PE). O ex-jogador de boxe, Acelino Popó (PRB-BA), também foi explícito no apoio.
“Eu queria que a promotora que entrou proibindo (com pedido de liminar na Justiça do Acre), seria bom que ela viesse aqui esclarecer o porquê”, cobrou o deputado, alegando que há milhares de pessoas em dificuldades financeiras.
Os parlamentares em questão passam na frente da poder judiciário, que ainda não proferiu uma decisão sobre a TelexFREE e a BBom. Elas estão com os bens bloqueados desde junho e julho, respectivamente, o que as impede de comercializar produtos ou pagar vendedores. Juntas, elas envolvem 1,2 milhão de divulgadores ou associados.
A audiência pública contou não só com uma incomum participação presencial, mas também online, com pelo menos mil pessoas assistindo e debatendo por meio de ferramenta da Câmara, pouco acostumada a tanta gente.
Mas, como salientou a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), ao contrário do que muitos esperavam, a audiência não teve - nem poderia - qualquer influência no processo de desbloqueio dos bens.
Diante da pressão da platéia, deputados anunciaram a abertura da Frente Parlamentar de Apoio e Criação da Regulamentação do Marketing Multinível no Brasil.
O grupo quer delimitar claramente o que é pirâmide financeira – quando uma empresa se mantém e cresce pela adesão cobrada de novos vendedores, e não pela venda de produtos – e marketing multinível – em que essa adesão não se caracteriza como pilar de sustento da companhia.
O presidente da Frente será Acelino Popó.
Pela demora necessária para a criação e aprovação de um projeto deste porte, porém, qualquer ação do grupo em nada deve beneficiar as duas empresas com ação em curso. Veja abaixo o que disseram os parlamentares, que ficaram entre o apoio e a cautela.
Apoiou
Lourival Mendes (PTdoB-MA)
"Quem paga imposto, quem gera emprego não pode ser tido como criminoso".
Sílvio Costa (PTB-PE)
"Eu senti firmeza na TelexFrEE. Eu propus uma CPI e ele (o presidente da empresa, Carlos Costa) disse que aceitava. Ele sabe que se mentir na CPI pode sair preso daqui. Então, um cidadão que chega no Congresso Nacional, diz que tem R$ 600 milhões guardados, diz que a empresa dele vale R$ 670 milhões e topa uma CPI, ele me convenceu. Não posso dizer a mesma coisa do dono da BBom (João Francisco de Paulo), que, nas perguntas mais complicadas, dizia que ia consultar o contador. Isso aqui não é uma reunião política. Há uma diferença entre marketing e picaretagem. Se eu for convencido, vou virar um militante da causa e vou ao Supremo para dizer que o Ministério Público está errado”.
“Eu senti firmeza na TelexFREE”, declarou o deputado Sílvio Costa (PTB-PE). O ex-jogador de boxe, Acelino Popó (PRB-BA), também foi explícito no apoio.
“Eu queria que a promotora que entrou proibindo (com pedido de liminar na Justiça do Acre), seria bom que ela viesse aqui esclarecer o porquê”, cobrou o deputado, alegando que há milhares de pessoas em dificuldades financeiras.
Os parlamentares em questão passam na frente da poder judiciário, que ainda não proferiu uma decisão sobre a TelexFREE e a BBom. Elas estão com os bens bloqueados desde junho e julho, respectivamente, o que as impede de comercializar produtos ou pagar vendedores. Juntas, elas envolvem 1,2 milhão de divulgadores ou associados.
A audiência pública contou não só com uma incomum participação presencial, mas também online, com pelo menos mil pessoas assistindo e debatendo por meio de ferramenta da Câmara, pouco acostumada a tanta gente.
Mas, como salientou a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), ao contrário do que muitos esperavam, a audiência não teve - nem poderia - qualquer influência no processo de desbloqueio dos bens.
Diante da pressão da platéia, deputados anunciaram a abertura da Frente Parlamentar de Apoio e Criação da Regulamentação do Marketing Multinível no Brasil.
O grupo quer delimitar claramente o que é pirâmide financeira – quando uma empresa se mantém e cresce pela adesão cobrada de novos vendedores, e não pela venda de produtos – e marketing multinível – em que essa adesão não se caracteriza como pilar de sustento da companhia.
O presidente da Frente será Acelino Popó.
Pela demora necessária para a criação e aprovação de um projeto deste porte, porém, qualquer ação do grupo em nada deve beneficiar as duas empresas com ação em curso. Veja abaixo o que disseram os parlamentares, que ficaram entre o apoio e a cautela.
Apoiou
Lourival Mendes (PTdoB-MA)
"Quem paga imposto, quem gera emprego não pode ser tido como criminoso".
Sílvio Costa (PTB-PE)
"Eu senti firmeza na TelexFrEE. Eu propus uma CPI e ele (o presidente da empresa, Carlos Costa) disse que aceitava. Ele sabe que se mentir na CPI pode sair preso daqui. Então, um cidadão que chega no Congresso Nacional, diz que tem R$ 600 milhões guardados, diz que a empresa dele vale R$ 670 milhões e topa uma CPI, ele me convenceu. Não posso dizer a mesma coisa do dono da BBom (João Francisco de Paulo), que, nas perguntas mais complicadas, dizia que ia consultar o contador. Isso aqui não é uma reunião política. Há uma diferença entre marketing e picaretagem. Se eu for convencido, vou virar um militante da causa e vou ao Supremo para dizer que o Ministério Público está errado”.
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