Alagoas não registra mais nenhum município em epidemia de diarreia

Por Assessoria 14/08/2013 18h06
Por Assessoria 14/08/2013 18h06
Alagoas não registra mais nenhum município em epidemia de diarreia
Foto: Assessoria
Graças às ações de vigilância epidemiológica realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com os 102 municípios, Alagoas não registra mais nenhuma cidade em epidemia de diarreia. A boa notícia foi divulgada nesta terça-feira (13), no relatório da Superintendência de Vigilância em Saúde (Sesau), que atestou a redução dos casos da doença desde a semana epidemiológica 24.

De acordo com os dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), na semana epidemiológica 28 eram 25 municípios em epidemia, mas o número caiu para 11 na semana 29 e foi reduzido para zero esta semana. A realidade é reflexo da queda do número de casos notificados desde a semana epidemiológica 23, quando foram registrados 7.890, passando para 1.874 na semana 30 e reduzindo para 1.518 na semana 31.

“Mesmo com a redução acentuada dos casos de diarreia e de nenhum dos 102 municípios alagoanos estar mais em situação epidêmica, a população deve continuar vigilante quanto à doença”, alerta o secretário Jorge Villas Bôas. “Além de cuidar da higiene pessoal, é necessário tratar da água que está sendo consumida, fervendo-a ou clorando-a, principalmente se ela for oriunda de fontes alternativas, como poços e cisternas”.

Hipoclorito de sódio

Desde o início da epidemia de diarreia, em maio deste ano, a Sesau vem distribuindo hipoclorito de sódio para as secretarias municipais de Saúde, que fazem a entrega à população. De maio até julho, segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, foi disponibilizado 1,1 milhão de frascos de hipoclorito, que é desinfectante e, por isso, recomendado para purificar a água destinada ao consumo humano.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, duas gotinhas de hipoclorito de sódio são suficientes para tratar um litro de água, que deve ser utilizado 30 minutos após a introdução do produto. Ela recomenda, ainda, que a água proveniente de cisternas e poços deve ser fervida e tratada com hipoclorito, devido à contaminação do solo, que afeta diversos municípios.

A doença

A diarreia é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue, podendo ser acompanhada de náusea, vômitos, febre e dor abdominal, com duração de 2 a 14 dias.

“A transmissão da diarreia, que somente este ano já causou a morte de 59 pessoas em Alagoas, pode ser oral ou fecal e oral. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. Por isso, é importante redobrar os cuidados com a higiene pessoal, dos alimentos e principalmente com a água utilizada para beber, lavar os alimentos e cozinhar”, evidencia Sandra Canuto.

Ainda de acordo com o Boletim Epidemiológico da Suvisa, o número de municípios em alerta passou de 42 para 32 esta semana, 44 estão com a situação sob controle e em 24 dos 102 municípios não há notificação. Atualmente estamos com 85.384 casos de diarreia em Alagoas e foram registrados 59 óbitos.

Tratamento

Sandra Canuto recomenda que, no caso de apresentar os sintomas, o paciente deve imediatamente iniciar o processo de hidratação oral, que pode ser realizado por meio do soro caseiro, sais de reidratação, sucos, água e chás. Caso os sintomas não cessem, ainda de acordo com a superintendente, as vítimas devem procurar uma unidade básica de saúde, para receber o tratamento adequado, preconizado pelo Ministério da Saúde.