Maternidade Nossa Senhora de Fátima de Arapiraca fecha as portas para gestantes do SUS
A Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima de Arapiraca suspendeu o atendimento às gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta segunda-feira (1), devido ao não repasse da verba enviada pelo governo federal. Desde o mês de julho, a unidade tenta acordo com o governo, que garantiu dar uma resposta, mas até o momento não se pronunciou.
A jovem Célia Nunes da Silva tentou atendimento para a irmã Katiely Nunes da Silva, que já sente as contrações do parto, mas foi informada que não seria atendida na Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima.
“Lá embaixo mesmo já deram a informação de que não estavam recebendo gestantes. Nós fomos para o Hospital Regional aqui de Arapiraca, mas lá está com superlotação. Minha irmã já está sentindo as contrações do parto e nós estamos esperando a ambulância para ir para Maceió”, comentou a jovem, em entrevista ao Portal Já é Notícia.
Uma funcionária da maternidade que preferiu não ser identificada informou que a equipe tinha pensado em bloquear o atendimento no mês passado, quando o governo afirmou que conversaria sobre o assunto, mas ainda não dada nenhuma resposta.
Em nota, a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima informou que, devido a uma situação de subfinanciamento e total inviabilidade econômico-financeira, não será possível atender a cerca de 300 pacientes por mês, como ocorre em média.
A unidade dispõe de 37 leitos obstetrícios e 10 leitos de UCI-Neonatal e e realiza procedimentos como atenção ao parto normal humanizado, ,cesariana, curetagem uterina, e internações clínicas, cirúrgicas e pediátricas.
Confira a nota, na íntegra
A Casa de Saúde e Maternidade N. Sra. de Fátima está suspendendo o atendimento ao SUS nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2016. Referência para a 2ª Macro-Região no atendimento à gestante de risco habitual, a maternidade dispõe de 37 leitos obstétricos e 10 leitos de UCI-Neonatal. Realiza cerca de 300 procedimentos obstétricos/mês pelo SUS, dentre eles a atenção ao parto normal humanizado, cesariana, curetagem uterina, além de internações clínicas, cirúrgicas e pediátricas.
Com 56 anos de existência e serviços prestados à população, a instituição se vê obrigada a suspender o atendimento ao SUS, diante de uma situação de subfinanciamento do mesmo e de total inviabilidade econômico-financeira. O hospital é de natureza privada com fins lucrativos, cuja forma de participação no SUS deveria ser de caráter complementar, mas que diante da inexistência de serviços públicos que garantam o atendimento à população, assume a função principal na prestação de serviços médico-hospitalares, e sabendo-se que estes têm um alto custo, necessita-se que seja garantido o repasse de recursos financeiros suficientes para mantê-los, sob pena de inviabilizá-lo completamente.
Há mais de 5 anos o hospital vem enfrentando essa crise e apresentando relatórios aos gestores da saúde nas suas várias esferas de governo, tanto a nível federal, estadual e municipal que comprovam a sua não sustentabilidade pelo SUS, e a exemplo de outros hospitais e maternidades em todo o país, que já fecharam suas portas, a Casa de Saúde, como é conhecida, vê-se diante desta realidade.
No início de janeiro de 2016 foi aberto novo processo junto a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas - SESAU e protocolado Relatório da Atenção Materno-Infantil-2016 sob o no. 504/2016 que coloca a grave situação da maternidade e a possibilidade de encerramento da prestação de serviços ao SUS, com o prognóstico de um iminente colapso no atendimento, gerando uma situação de caos na saúde pública da região.
Em vários momentos a empresa tentou a negociação junto aos poderes públicos e recentemente enviou ofícios aos gestores, Ministério Público Estadual, Conselhos Municipal e Estadual de Saúde e outras entidades afins, comunicando a suspensão do atendimento no dia 1º de julho de 2016, o que terminou não acontecendo. Diante de nenhuma resolução para o problema, a Direção resolve tomar essa atitude hoje, por entender o total descaso do governo com a saúde pública.
O que a instituição exige é a Contratualização dos serviços, diante da não existência de leitos públicos, conforme Portaria No 3.410, de 30 de dezembro de 2013 que estabelece as diretrizes para a Contratualização de hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde(SUS) em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), sabendo-se da importância dessa atenção para os indicadores de saúde e qualidade de vida da população, visando reduzir significativamente os níveis de morbidade e mortalidade materno-infantil e da importância e participação do setor privado na política de saúde do país, especialmente no estado de Alagoas.
Em nome da Direção, Yêdda Maria Barbosa Fernandes Magalhães – Diretora Financeira.
Arapiraca, 01 de agosto de 2016.
A jovem Célia Nunes da Silva tentou atendimento para a irmã Katiely Nunes da Silva, que já sente as contrações do parto, mas foi informada que não seria atendida na Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima.
“Lá embaixo mesmo já deram a informação de que não estavam recebendo gestantes. Nós fomos para o Hospital Regional aqui de Arapiraca, mas lá está com superlotação. Minha irmã já está sentindo as contrações do parto e nós estamos esperando a ambulância para ir para Maceió”, comentou a jovem, em entrevista ao Portal Já é Notícia.
Uma funcionária da maternidade que preferiu não ser identificada informou que a equipe tinha pensado em bloquear o atendimento no mês passado, quando o governo afirmou que conversaria sobre o assunto, mas ainda não dada nenhuma resposta.
Em nota, a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima informou que, devido a uma situação de subfinanciamento e total inviabilidade econômico-financeira, não será possível atender a cerca de 300 pacientes por mês, como ocorre em média.
A unidade dispõe de 37 leitos obstetrícios e 10 leitos de UCI-Neonatal e e realiza procedimentos como atenção ao parto normal humanizado, ,cesariana, curetagem uterina, e internações clínicas, cirúrgicas e pediátricas.
Confira a nota, na íntegra
A Casa de Saúde e Maternidade N. Sra. de Fátima está suspendendo o atendimento ao SUS nesta segunda-feira, 1º de agosto de 2016. Referência para a 2ª Macro-Região no atendimento à gestante de risco habitual, a maternidade dispõe de 37 leitos obstétricos e 10 leitos de UCI-Neonatal. Realiza cerca de 300 procedimentos obstétricos/mês pelo SUS, dentre eles a atenção ao parto normal humanizado, cesariana, curetagem uterina, além de internações clínicas, cirúrgicas e pediátricas.
Com 56 anos de existência e serviços prestados à população, a instituição se vê obrigada a suspender o atendimento ao SUS, diante de uma situação de subfinanciamento do mesmo e de total inviabilidade econômico-financeira. O hospital é de natureza privada com fins lucrativos, cuja forma de participação no SUS deveria ser de caráter complementar, mas que diante da inexistência de serviços públicos que garantam o atendimento à população, assume a função principal na prestação de serviços médico-hospitalares, e sabendo-se que estes têm um alto custo, necessita-se que seja garantido o repasse de recursos financeiros suficientes para mantê-los, sob pena de inviabilizá-lo completamente.
Há mais de 5 anos o hospital vem enfrentando essa crise e apresentando relatórios aos gestores da saúde nas suas várias esferas de governo, tanto a nível federal, estadual e municipal que comprovam a sua não sustentabilidade pelo SUS, e a exemplo de outros hospitais e maternidades em todo o país, que já fecharam suas portas, a Casa de Saúde, como é conhecida, vê-se diante desta realidade.
No início de janeiro de 2016 foi aberto novo processo junto a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas - SESAU e protocolado Relatório da Atenção Materno-Infantil-2016 sob o no. 504/2016 que coloca a grave situação da maternidade e a possibilidade de encerramento da prestação de serviços ao SUS, com o prognóstico de um iminente colapso no atendimento, gerando uma situação de caos na saúde pública da região.
Em vários momentos a empresa tentou a negociação junto aos poderes públicos e recentemente enviou ofícios aos gestores, Ministério Público Estadual, Conselhos Municipal e Estadual de Saúde e outras entidades afins, comunicando a suspensão do atendimento no dia 1º de julho de 2016, o que terminou não acontecendo. Diante de nenhuma resolução para o problema, a Direção resolve tomar essa atitude hoje, por entender o total descaso do governo com a saúde pública.
O que a instituição exige é a Contratualização dos serviços, diante da não existência de leitos públicos, conforme Portaria No 3.410, de 30 de dezembro de 2013 que estabelece as diretrizes para a Contratualização de hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde(SUS) em consonância com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), sabendo-se da importância dessa atenção para os indicadores de saúde e qualidade de vida da população, visando reduzir significativamente os níveis de morbidade e mortalidade materno-infantil e da importância e participação do setor privado na política de saúde do país, especialmente no estado de Alagoas.
Em nome da Direção, Yêdda Maria Barbosa Fernandes Magalhães – Diretora Financeira.
Arapiraca, 01 de agosto de 2016.
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