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Alfredo Gaspar mira núcleo político das fraudes do INSS e convoca Lulinha, senador Weverton e outros envolvidos no esquema criminoso
O relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar, protocolou requerimentos de convocação de Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha), senador Weverton Rocha, Gustavo Marques Gaspar, Adroaldo da Cunha Portal, Roberta Luchsinger e Danielle Fonteles, apontados como peças-chave para o esclarecimento do maior esquema de fraudes já identificado contra aposentados e pensionistas. A maior parte dos convocados foram alvos de mais uma etapa da Operação Sem Desconto, desencadeada pela Polícia Federal nesta quinta (18).
“É importante ressaltar que todos esses personagens, em algum momento do meu trabalho na relatoria da CPMI do INSS, apareceram. A maioria já tinha pedido de convocação e até de prisão, mas foram blindados por parte do governo”, explicou Alfredo Gaspar.
As convocações buscam ouvir figuras centrais no crime que roubou aposentados e pensionistas e apurar vínculos pessoais, influência política e possível blindagem institucional que teriam garantido a continuidade dos descontos fraudulentos em benefícios do INSS. Entre os pontos centrais estão as relações do senador Weverton Rocha com o principal operador do esquema, o “Careca do INSS”, indicações para cargos estratégicos na Previdência, repasses financeiros suspeitos, reuniões não registradas em ministérios e o uso de empresas para lavagem de dinheiro.
Para o parlamentar alagoano, essas convocações são indispensáveis para revelar quem sustentou o esquema. “Não estamos falando de irregularidades pontuais, mas de uma engrenagem criminosa que roubou aposentados e pensionistas. A CPMI vai atrás de todos os responsáveis, inclusive do núcleo político”, afirmou. “Quem teve influência, quem deu proteção e quem se beneficiou precisa explicar. O Brasil merece a verdade.”
Nos documentos protocolados, o relator explica que a CPMI precisa investigar a indicação de figuras-chave ligadas ao senador Weverton Rocha, como o ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, e o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, que foi chefe de gabinete do senador e que está em prisão domiciliar por decisão do ministro André Mendonça, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. “A Polícia Federal, inclusive, apontou que os principais investigados mantinham vínculos próximos com agentes políticos, e o senador figuraria como o ‘sustentáculo político’ da operação criminosa, ampliando a capacidade de influência e blindagem institucional do grupo”, destaca o pedido.
Em relação a Fábio Luís, o relator quer que ele explique a relação que também mantinha com Antônio Carlos Camilo Antunes e com Roberta Luchsinger. “O Supremo Tribunal Federal decidiu, a partir de representação da Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto, pela decretação de prisões preventivas e outras medidas cautelares contra diversos investigados, inclusive Roberta Luchsinger, amiga pessoal de Fábio Luís. As circunstâncias documentadas na decisão judicial, como possíveis repasses de valores ao senhor Fábio Luís, reforçam a necessidade de apuração pela CPMI sobre a destinação final dos recursos e a identidade dos beneficiários efetivos dessas operações”, consta no ofício.
A expectativa é que os requerimentos sejam analisados no retorno dos trabalhos da CPMI do INSS, previsto para o início de fevereiro.
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