O vereador Siderlane Mendonça (PL), policial militar da reserva e atualmente em seu terceiro mandato consecutivo na Câmara de Maceió, foi o entrevistado mais recente do programa Resenha Política, do portal CadaMinuto. Durante a conversa, Siderlane Mendonça revisitou polêmicas, falou sobre o impacto da Operação Falácia, comentou a relação com o prefeito JHC e refletiu sobre sua trajetória no Benedito Bentes.

Siderlane relembrou o período em que ficou afastado do mandato, entre abril e agosto de 2025, por determinação da Polícia Federal no âmbito da Operação Falácia — investigação que apura suspeitas de corrupção, desvio, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais. O vereador retomou as atividades no dia 1º de agosto, após decisão favorável do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL).

Ao comentar o caso, ele negou envolvimento em rachadinha e declarou que as doações recebidas de assessores seguiram a legislação eleitoral.
“Eu recebi R$ 63 mil, não R$ 200 mil. Todo mundo recebe doação de campanha de seus assessores. A lei permite isso”, afirmou, reforçando que a investigação, segundo ele, desconsidera aspectos legais previstos no financiamento de campanhas.

Outro episódio revisitado foi a polêmica de setembro de 2024, quando o vereador foi flagrado aplicando um “mata-leão” — ou, como ele definiu, uma “imobilização” — em um homem em situação de rua no Benedito Bentes. A ação gerou repercussão nacional e levou Siderlane a cumprir medidas cautelares determinadas pelo Ministério Público de Alagoas.

“Não foi chave de braço, foi imobilização. Faria novamente. Agi para conter riscos próximos a uma creche”, afirmou ele.

Durante a entrevista, Siderlane também destacou sua relação com o Benedito Bentes, bairro onde chegou em 1986 e onde vive até hoje. Contou que a região “nasceu isolada” e hoje tem “porte de cidade”, reforçando o orgulho de representar a comunidade na Câmara Municipal.

A crise política envolvendo o afastamento e o consequente distanciamento do prefeito JHC (PL) também foi assunto na conversa. Mesmo reconhecendo o afastamento natural durante o processo, Mendonça reafirmou apoio ao gestor. “Eu entendo o lado dele. A parceria transformou o Benedito Bentes”, disse, citando obras estruturantes como a Rota do Mar e o Parque Linear. Em tom de previsão, arriscou: “Eu creio que ele será governador”.