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Renan Filho anuncia maior pacote de concessões da história dos Transportes e projeta R$ 288 bilhões em investimentos
O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou nesta terça-feira (25) o mais ambicioso plano de concessões já proposto pela pasta, projetando R$ 288 bilhões em investimentos contratados até o fim do mandato do presidente Lula. O programa inclui 21 projetos, sendo oito concessões de ferrovias de carga e 13 de rodovias, e tem como objetivo reposicionar a infraestrutura de transportes como motor de desenvolvimento nacional.
Durante a apresentação, realizada na sede do ministério, Renan Filho relembrou a desconfiança inicial gerada pelo anúncio de 35 leilões rodoviários em 2023 e afirmou que a execução recorde da atual gestão reforça a credibilidade da equipe. Segundo ele, o Brasil saiu da média histórica de 1,5 leilões anuais entre 1993 e 2023 para 21 concessões rodoviárias concluídas apenas na gestão atual, 13 delas realizadas neste ano.
O ministro destacou que a ambição do programa é sustentada pelos resultados já alcançados. Representantes do setor, como Marco Aurélio Barcelos, presidente da ABCR, reiteraram a confiança no ministro, afirmando que quando Renan anuncia um leilão, ele efetivamente acontece. A meta agora é fechar 2026 repetindo o desempenho previsto para 2025, com foco em projetos amadurecidos no TCU.
Entre os leilões prioritários estão a Rota dos Sertões (BR-116/BA-PE), a otimização da Régis Bittencourt (BR-116/SP-PR) e as Rotas Gerais (BR-116-251/MG), todos previstos para março. O ministério também tenta antecipar o projeto da Rota 2 de Julho, antiga ViaBahia, cujo edital está previsto para julho e o leilão para novembro. Renan cobrou agilidade da equipe técnica para aproximar o cronograma desse projeto considerado “difícil, mas essencial”.
No eixo ferroviário, Renan Filho foi incisivo nas críticas ao modelo de autorizações ferroviárias da gestão anterior, classificando-o como “ferrovia de papel”. O novo plano prevê oito concessões ferroviárias capazes de atrair mais de R$ 600 bilhões, além de estudos para cinco novos projetos, 10 mil quilômetros de trechos ociosos e seis propostas para ferrovias de passageiros.
Apesar do entusiasmo, o ministério enfrenta desafios para garantir aportes públicos essenciais a alguns projetos, como a ferrovia EF-118 (RJ–ES) e a Ferrogrão, ambas com editais previstos para 2025. Renan Filho reconhece que o Estado precisará entrar com recursos para tornar os empreendimentos viáveis. O BNDES reforçou que a Ferrogrão não pode ser financiada exclusivamente pela iniciativa privada, dada a incerteza sobre demanda e o elevado investimento estimado em R$ 20 bilhões.
Como alternativa de financiamento, Renan aposta no uso de receitas de outorgas e na valorização de ativos imobiliários da União. Um dos exemplos citados é a operação que permitiria viabilizar a linha Brasília–Luziânia, utilizando um terreno avaliado em R$ 40 bilhões como fonte de receita para projetos ferroviários.
O programa também inclui a criação de uma Política Nacional de Outorgas Ferroviárias, que permitirá novos instrumentos regulatórios e operações imobiliárias incorporadas às concessões. Para o presidente da ANTF, Davi Barreto, o setor vive seu ápice de investimentos, chegando a R$ 20 bilhões ao ano, mas depende de uma política de Estado consistente para sustentar o crescimento.
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