O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) confirmou ter recebido convite do Partido Novo para uma eventual filiação, informação que ganhou repercussão após ser divulgada pelo jornalista Wadson Regis, que buscou o parlamentar para checar a movimentação política. Gaspar admitiu que não é a primeira vez que recebe sondagens da legenda e destacou que, apesar de manter compromisso atual com o União Brasil — onde é cotado para assumir a presidência estadual —, o cenário interno do partido segue indefinido.

O parlamentar ressaltou que as negociações envolvendo uma possível federação entre União Brasil e Progressistas, somadas à ausência do deputado Arthur Lira na condução do processo em Alagoas, geram incertezas. Diante disso, Gaspar abriu espaço para novas possibilidades: “O Novo é uma opção porque tenho boa relação com a bancada e temos afinidade nas votações. Se o União Brasil se aliar ao governo Lula e à esquerda, aí não ficarei. O Novo seria meu primeiro caminho”, afirmou.

Além de sua atuação política recente, Alfredo Gaspar tem se destacado no Congresso Nacional por projetos voltados à segurança pública e ao combate à corrupção, áreas em que construiu sua trajetória como ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas e ex-secretário de Segurança Pública do estado. Entre suas propostas de maior repercussão está a defesa de medidas mais duras contra o crime organizado, como o endurecimento das penas para líderes de facções e o fortalecimento das polícias estaduais com repasses federais específicos. Gaspar também tem articulado projetos que buscam proteger vítimas de violência doméstica e ampliar a rede de proteção às mulheres, tema que ganhou apoio de diferentes bancadas na Câmara.

Sobre as especulações de uma candidatura ao Senado em 2026, Alfredo Gaspar disse que seu foco imediato é buscar a reeleição como deputado federal, mas reconheceu que a disputa pelo Senado vem sendo discutida por aliados e lideranças políticas. “O projeto é a reeleição e seguir com o trabalho, mas a candidatura ao Senado está sendo avaliada. É cedo para ter certeza”, declarou.

Questionado sobre nomes para eventuais suplências, o parlamentar preferiu não antecipar qualquer decisão, afirmando que qualquer definição nesse sentido é prematura.