O nome do ministro dos Transportes, Renan Filho, voltou a ganhar destaque como possível indicado do MDB para a vaga de vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. A articulação, revelada nesta quinta-feira, 26, pelo jornalista Cláudio Humberto, do portal Diário do Poder, movimenta os bastidores da política nacional e indica uma tentativa do presidente Lula de firmar uma aliança formal com o MDB, partido historicamente influente no cenário eleitoral.

Renan Filho, que é senador licenciado e ex-governador de Alagoas, desponta como um dos nomes mais viáveis dentro do MDB para compor a chapa com o presidente. Ele já havia sido cogitado para a mesma função em 2022, e seu nome volta à mesa de negociações em um contexto no qual o atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), pode disputar outro cargo em 2026.

Nos bastidores, a candidatura de Renan Filho é vista como uma alternativa estratégica para o Palácio do Planalto, que busca consolidar apoios e evitar o avanço da oposição. O MDB, por sua vez, ainda está dividido sobre o rumo que tomará na próxima eleição presidencial. Uma ala do partido defende a manutenção da aliança com Lula, enquanto outra considera lançar uma candidatura própria ou até mesmo se manter neutra na disputa. A decisão oficial só deve ser conhecida durante a convenção nacional da sigla, marcada para 2026.

Além de Renan Filho, outros nomes emedebistas também estão no radar, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o governador do Pará, Helder Barbalho. No entanto, a força política do clã Calheiros em Alagoas e a projeção nacional de Renan Filho colocam o ministro em vantagem dentro da disputa interna do partido.

Apesar das articulações em Brasília, o MDB de Alagoas também considera lançar Renan Filho ao governo estadual em 2026, caso o cenário eleitoral exija um nome forte para evitar derrotas. Essa possibilidade, no entanto, não seria a preferência do ex-governador, que sinaliza o desejo de permanecer na capital federal e ampliar sua projeção política nacional.