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Juiz cassa mandatos do prefeito de Piaçabuçu, Rymes Lessa, e do vice, Carlos Ronalsa, por abuso de poder nas eleições 2024

Por Política em Pauta 17/06/2025 08h08
Por Política em Pauta 17/06/2025 08h08
Juiz cassa mandatos do prefeito de Piaçabuçu, Rymes Lessa, e do vice, Carlos Ronalsa, por abuso de poder nas eleições 2024
Rymes Lessa teria distribuído ovos de páscoa com dinheiro, em Piaçabuçu - Foto: Ascom

O juiz Lucas Lopes Dória, da 13ª Zona Eleitoral, determinou, ontem, segunda-feira, 16, a cassação dos mandatos do prefeito de Piaçabuçu, Rymes Lessa, e do vice-prefeito Carlos Ronalsa, por prática de abuso de poder político, econômico e administrativo nas eleições 2024. A decisão é fruto de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela coligação “Piaçabuçu, Daqui pra Melhor” e pelo ex-candidato Kayro Cristóvão Castro.

De acordo com a sentença, a administração municipal cometeu uma série de irregularidades, como a organização de festas e sorteios com verba pública, a distribuição de alimentos, a promoção de eventos com a presença do pré-candidato e o uso da estrutura da Prefeitura para fins eleitorais. A decisão ainda reconheceu como ilegal a realização de um evento político na residência do vice-prefeito, a distribuição de brindes na Semana Santa e a alteração da identidade visual das redes sociais institucionais para apoiar a campanha de Rymes Lessa.

Segundo o magistrado, essas ações tinham como propósito favorecer a candidatura do atual gestor, aumentando suas chances nas urnas de forma ilegal, enquanto desequilibrava a competição. A sentença também declara a inelegibilidade de Rymes Lessa, Carlos Ronalsa e do ex-prefeito Djalma Breda por um prazo de oito anos, além de aplicar uma multa individual de R$ 20 mil. A ex-secretária de Assistência Social Suzane Araújo foi absolvida das acusações.

Com a cassação, serão realizadas novas eleições assim que o trânsito em julgado for atingido, enquanto o comando do Executivo passa para o presidente da Câmara de Vereadores de Piaçabuçu, que permanecerá como gestor interino.

Esta é a segunda cassação da chapa eleita. Em decisão anterior, o mesmo juiz já reconhecera o abuso de poder político na condução da administração municipal.

A defesa dos envolvidos ainda pode apresentar recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL).