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MPF e instituições federais acompanham reestruturação do Hospital Veredas em Maceió

O Ministério Público Federal (MPF) coordenou mais uma reunião de trabalho para monitorar os avanços e os desafios da intervenção judicial em curso no Hospital Veredas, em Maceió. O encontro contou com a presença de representantes da Defensoria Pública da União (DPU), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Controladoria-Geral da União (CGU), das secretarias estadual e municipal de Saúde (Sesau e SMS), da junta interventora e da empresa Geesta, que atualmente administra a unidade de forma provisória por decisão judicial.
A intervenção, determinada em ação civil pública movida pelo MPF e DPU, teve início com a nova gestão no dia 24 de março. Desde então, a equipe da Geesta iniciou uma série de levantamentos para identificar falhas estruturais e operacionais que impedem o pleno funcionamento do hospital. Entre os pontos mais críticos está a área de suprimentos, especialmente o fornecimento de medicamentos e gases hospitalares — cuja produção própria precisa ser ampliada para evitar desabastecimento em casos de queda de energia.
Atualmente, o Hospital Veredas opera com 176 leitos, sendo 101 voltados para o atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). A meta da intervenção é reorganizar os serviços e expandir a capacidade para mais de 260 leitos, aproveitando a estrutura já instalada. Uma das principais entregas previstas é a reabertura da UTI Geral entre os dias 10 e 15 de maio, o que permitirá a retomada de cirurgias ortopédicas complexas, entre outras especialidades.
A oncologia pediátrica, um dos serviços de maior referência do hospital, também está entre as prioridades da reestruturação. A expectativa é de que a unidade volte a oferecer esse tipo de atendimento e, futuramente, amplie sua atuação para pacientes adultos, embora ainda sem data definida.
Durante a reunião, a procuradora da República Julia Cadete destacou que a suspensão de diversos serviços foi agravada por anos de negligência na manutenção predial. Inspeções anteriores revelaram sérios danos estruturais que vinham sendo ignorados. Já a representante da Geesta apontou as melhorias já implementadas, como o conserto da caixa d’água, eliminação de mofo, recuperação do equipamento de esterilização (CME) e avanços no centro cirúrgico e odontológico.
A procuradora Roberta Bomfim enfatizou a necessidade de isonomia no atendimento cirúrgico, independentemente da origem da demanda — seja por via judicial, estadual ou municipal. O procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Bruno Lamenha, reforçou a importância da retomada do atendimento oncológico pediátrico, lembrando que o Veredas sempre foi a principal referência estadual nesse tipo de tratamento.
Outro tema debatido foi a situação dos programas de residência médica. Com a suspensão de alguns serviços, dez programas precisaram ser remanejados. A AGU se comprometeu a acionar o Ministério da Educação (MEC) para tratar do trâmite administrativo necessário à regularização.

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