O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), tem adotado uma estratégia cada vez mais evidente: o silêncio. E não é qualquer silêncio — é calculado, estratégico e cheio de significados. Enquanto se multiplicam as especulações sobre uma possível ida para o PSB, uma reaproximação com Lula, ou até um acordo com os Renans (Renan Calheiros e Renan Filho), o gestor prefere o mistério. Publicamente, nenhuma palavra. Mas, nos bastidores, o jogo é outro.

Enquanto JHC se cala, muitos falam por ele. Aliados, adversários e até membros do seu próprio grupo político tentam interpretar os sinais. Circulam versões de que o prefeito de Maceió estaria com um pé no PSB e pronto para integrar a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros dizem que o alinhamento com os Calheiros é parte de uma costura maior. E ele? Nada. Nem um sinal, nem um recado aos vereadores da sua bancada, deputados aliados ou secretários.

Fontes próximas, no entanto, garantem: tudo gira em torno da indicação da tia de JHC, Marluce Caldas, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nomeação depende apenas da canetada final de Lula — e, até lá, o prefeito não vai tomar nenhuma decisão relevante. Nem sobre reforma administrativa, nem sobre mudanças no secretariado ou alianças partidárias.

Enquanto mantém o suspense sobre o presente, JHC já articula o futuro. O plano é claro: deixar a Prefeitura de Maceió em 2025 para disputar as eleições de 2026. Mas disputar o quê? Essa é outra pergunta sem resposta oficial — por enquanto.

Nos bastidores, há dois cenários: Se permanecer no PL, o projeto seria disputar o Governo de Alagoas, mas se migrar para o PSB, o caminho mais provável é uma candidatura ao Senado, em dobradinha informal com os Renans.