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Sucessivas tentativas de golpe evidenciam crise política e colocam Rio Largo no centro do caos

O desfecho da crise política em Rio Largo já era esperado desde o ano passado, logo após as eleições municipais, e se intensificou no início de 2025, quando o ex-prefeito Gilberto Gonçalves começou a perder espaço na administração municipal. Os constantes embates entre ele e o atual prefeito, Carlos Gonçalves, chegaram ao ponto de ameaçar a estabilidade da cidade, com sucessivas tentativas de golpe e uma escalada de tensão que virou caso de polícia.
Historicamente, Rio Largo sempre foi palco de disputas políticas acirradas, e o atual embate apenas reforça essa tradição. Nos bastidores, a informação que circula é de que as pressões políticas partem de Gilberto Gonçalves e seus aliados, incluindo deputados e figuras influentes do cenário estadual. O ex-prefeito, mesmo fora do cargo, vinha agindo como se ainda estivesse no comando da Prefeitura, realizando visitas a obras e dando ordens a servidores. Essa situação gerou desconforto entre membros da nova administração, culminando na exoneração de Gilberto do cargo de Secretário Especial de Governo.
A crise alcançou um novo patamar quando uma suposta carta de renúncia de Carlos Gonçalves e do vice-prefeito, Peterson Henrique, foi lida na Câmara de Vereadores. Em resposta, o prefeito negou categoricamente a veracidade do documento, afirmando: "Nem eu, prefeito Carlos, nem o nosso vice-prefeito, Peterson Henrique, assinamos qualquer documento de renúncia – e nem assinaremos".
Diante da gravidade da situação, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) emitiu uma nota oficial defendendo a legalidade do mandato de Carlos Gonçalves e repudiando a tentativa de golpe. A entidade afirmou confiar que os órgãos competentes atuarão para garantir a democracia e o Estado Democrático de Direito.
O impasse gerou dúvidas sobre a quem realmente interessa o afastamento de Carlos Gonçalves. Para aliados do prefeito, há um claro movimento político para retomar o controle da cidade, com apoio de setores que veem na queda do atual gestor uma oportunidade de reassumir o poder. Estranho, mas não surpresa, é que desta vez, o que atinge Carlos Gonçalves é o chamado 'fogo amigo', vindo de quem ajudou o gestor a ser eleito e se viu isolado e sem a máquina pública na mão.
Paralelamente, Carlos Gonçalves ingressou com um mandado de segurança na Justiça para impedir seu afastamento, alegando que a carta de renúncia apresentada é fraudulenta. O caso está sob análise do Judiciário, e o prefeito já denunciou o ocorrido à Procuradoria-Geral de Justiça. Ele também afirmou que seu gabinete foi invadido pelo presidente da Câmara, Rogério Silva, que seria um dos principais beneficiados pela manobra.
O clima de tensão política se intensificou na cidade, e ainda há muitos capítulos por vir. Sem uma intervenção política ou jurídica, o caos pode se agravar ainda mais, e a disputa pelo controle do município deve se arrastar nos tribunais e nos corredores do poder até as próximas eleições municipais.

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