Em entrevista aos jornalistas Carlos Melo e Ricardo Mota, a ex-vereadora, ex-deputada federal e atual Secretária Nacional da Aquicultura, Tereza Nelma fez críticas contundentes à postura de Rui Palmeira e Rodrigo Cunha, cuja atuação, segundo Nelma, tem deixado a desejar em temas fundamentais como saúde e políticas públicas.

Teresa Nelma abordou temas variados, incluindo a entrada da filha, Teca Nelma, no Partido dos Trabalhadores (PT) e sobre sua luta contra quatro tipos diferentes de câncer.

Teresa não poupou palavras ao falar sobre a atuação de políticos alagoanos que, segundo ela, têm falhado em atender às demandas reais da população. "Precisamos de mais compromisso com as pessoas, não com o marketing. Vi muita gente se aproveitar de projetos que iniciei, como os hospitais de amor, para depois tentar colher os frutos. Isso é uma inversão de valores".

Ela também relembrou os desafios enfrentados em suas iniciativas voltadas à saúde, especialmente na instalação de equipamentos modernos para tratamento de câncer. "Tive que lutar muito para trazer um acelerador linear para Alagoas, enquanto gestores locais pouco se esforçavam em oferecer melhorias reais. A política não pode ser apenas sobre aparências, mas sobre resultados concretos", afirmou.

Outro ponto alto da entrevista foi o protagonismo feminino na política, um tema caro à secretária, que enfrentou violências políticas durante seu mandato como deputada federal. "A luta das mulheres no parlamento é constante. Somos poucas, mas estamos mudando o cenário, mesmo diante de muitas adversidades. Precisamos de mais mulheres em posições de poder para transformar a política brasileira", enfatizou.

Além disso, Teresa falou sobre seu trabalho à frente da Secretaria Nacional da Aquicultura, destacando projetos sustentáveis que combatem a fome e geram renda para comunidades ribeirinhas. Ela ressaltou a importância de programas como o de distribuição de kits de aquicultura e capacitação para produtores.

Os jornalistas também discutiram as perspectivas para as eleições de 2026, incluindo a possibilidade de o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concorrer à reeleição. Teresa, que se identifica como centro-esquerda, expressou seu apoio à continuidade do governo Lula. "Ele trouxe políticas que mudaram a vida das pessoas, como o Bolsa Família, e tem um olhar social incomparável. É difícil governar com um Congresso tão adverso, mas acredito que ele pode continuar a transformação que o Brasil precisa", disse.

Quanto ao seu futuro político, Teresa deixou em aberto a possibilidade de uma candidatura em 2026, destacando que a decisão será construída em conjunto com sua base política. "Estou aprendendo e me dedicando muito na Secretaria, mas continuo aberta a lutar por Alagoas e pelo Brasil. A política é um instrumento de transformação, e eu sempre buscarei deixar um legado positivo onde estiver", concluiu.