A família Amorim, tradicionalmente influente em Maribondo, sofreu mais uma derrota, desta vez no âmbito jurídico. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) manteve a prisão em regime fechado do ex-prefeito Leopoldo Pedrosa, condenado por tráfico de drogas. Com essa decisão, o ex-gestor continuará cumprindo pena no presídio, após ter violado dezenas de vezes as regras do regime semiaberto.

Este é apenas um dos capítulos dos problemas legais enfrentados por Leopoldo Pedrosa. No dia 2 de setembro, ele também teve um habeas corpus negado pelo TJ-AL em outro processo, este relacionado ao crime de porte ilegal de armas. O ex-prefeito já possui condenações por porte ilegal de armas, além de enfrentar acusações graves, como violência doméstica e homicídio. Além disso, o júri popular referente ao assassinato do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, ocorrido em 2015 em São Miguel dos Campos, está marcado para dezembro deste ano. Leopoldo Pedrosa é o réu do caso.

A nova derrota jurídica reforça o desgaste político da família Amorim. Na última eleição municipal, o grupo político liderado por Leopoldina Amorim, mãe de Leopoldo, já havia sofrido um revés significativo. O candidato apoiado por Leopoldina, seu sobrinho Jorjão Amorim (PP), foi derrotado pelo opositor Bruno Teixeira (PSB), que obteve 56,41% dos votos, contra 43,59% de Jorjão. A vitória de Bruno Teixeira, em uma disputa acirrada, evidenciou o declínio da influência política da família Pedrosa em Maribondo.

A sequência de problemas jurídicos, combinada com a derrota nas urnas, marca um período de queda da família Pedrosa, que já dominou a política local por anos. Agora, além de lidar com as consequências legais, a família enfrenta o desafio de recuperar sua posição no cenário político do município.