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Polêmica: Pilar aprova uso de guardas municipais como segurança privada para ex-prefeitos e ex-presidentes da Câmara

Por Política em Pauta com Tribuna Hoje 18/10/2024 11h11
Por Política em Pauta com Tribuna Hoje 18/10/2024 11h11
Polêmica: Pilar aprova uso de guardas municipais como segurança privada para ex-prefeitos e ex-presidentes da Câmara
Renato Filho, prefeito de Pilar - Foto: Divulgação

Um fato, no mínimo, inusitado está chamando atenção na cidade do Pilar. Na última quinta-feira, 17, a Câmara Municipal aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei 08/2023, proposto pelo prefeito Renato Filho (MDB), que autoriza que ex-prefeitos e ex-presidentes da Câmara dos Vereadores utilizem entre um e quatro guardas municipais como segurança pessoal. Entre os nove vereadores presentes, cinco votaram a favor, enquanto quatro se opuseram à proposta.

A aprovação do projeto foi divulgada pela vereadora, que foi candidata a prefeita, Thais Canuto. A vereadora integra o grupo de parlamentares que votou contra a proposta; uma vez que a segurança particular dos ex-gestores e ex-legisladores do município seriam pagas com dinheiro do contribuinte, além de desviar o serviço desempenhado pela Guarda Municipal.

Thais Canuto, que é prima do prefeito Renato Filho, não poupou críticas ao projeto, afirmando que ele é "imoral" e que a população deveria ser a prioridade. "Os agentes públicos e o dinheiro público não devem servir para benefício pessoal de ninguém; é para servir à população. A segurança do povo de Pilar deve ser prioridade. Se ex-prefeitos ou ex-presidentes da Câmara quiserem segurança particular, que contratem do próprio bolso", declarou Thais.

Curiosamente, um dos beneficiários diretos do projeto é o prefeito Renato Filho, que deixa a gestão em janeiro de 2025, e outro beneficiário é Tayronne Henrique, presidente da Câmara e recém-eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Fátima Rezende (MDB), apoiada por Renato Filho.

Tayronne, que é guarda municipal de carreira, reencaminhou o projeto para votação logo após as eleições municipais, embora o mesmo tenha sido retirado de pauta em 2023 devido à pressão popular.