Alagoas é um dos nove estados do nordeste que mais apresentou aumento nos casos de violência contra mulher no primeiro semestre de 2023. Das nove unidades federativas da região, seis apresentaram um aumento de 22%: Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Agência Tatu.

Esses dados têm preocupado o parlamento alagoano. O deputado estadual Mesaque Padilha protocolou na Assembleia Legislativa de Alagoas, no mês de março, a indicação que solicita que um percentual de mão de obra em repartições públicas, municipais e estaduais, seja formada por mulheres vítimas de violência doméstica.

A proposta, aprovada em Março, prevê que a legislação garanta as mulheres que foram vítimas de violência doméstica, um novo momento nas suas vidas, garantindo o emprego e um novo recomeço.

De acordo com a Patrulha Maria da Penha de Alagoas, somente neste ano foram encaminhadas 561 medidas protetivas de urgência para acompanhamento, sendo 85 só no último mês de agosto.

Vale lembrar que a violência contra a mulher é qualquer tipo de ação danosa que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial que seja praticado contra mulheres expressamente pelo fato de serem mulheres.

''Nenhum argumento é válido quando é usado para justificar uma violência. A violência doméstica é real e não adianta fingirmos que não acontece mais. Temos que ficar atentos a todos os sinais e fazer o que for preciso pra evitar essas ações'', afirma o deputado.

A indicação foi encaminhada ao governador do estado, Paulo Dantas.

Como denunciar
Mulheres em situação de violência podem buscar atendimento pela Central de Atendimento à Mulher - Disque 180, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. Também é possível denunciar ou buscar ajuda ligando para o 190 da Polícia Militar.