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Aldo Popular deverá alterar edital para concurso público de Porto Real do Colégio
O prefeito de Porto Real do Colégio, Aldo Popular deverá retificar edital para concurso público de Porto Real do Colégio. Essa é a recomendação da Promotoria de Justiça de Porto Real do Colégio, que instaurou uma portaria para fiscalizar e acompanhar as etapas do concurso público que será realizado no município.
Segundo a recomendação do MPE, o prefeito deverá realizar uma série de mudanças no edital do certame, a exemplo da inclusão de vagas para os cargos de procurador municipal e controlador interno, a correção no número de vagas ofertadas – levando-se em consideração a quantidade de servidores atualmente contratados – e a previsão de cadastro de reserva para assegurar o princípio do concurso público para todos os cargos previstos de maneira igualitária.
A Recomendação nº 008/2023 foi expedida pela promotora de Justiça Ariadne Dantas, titular da Promotoria de Justiça de Porto Real do Colégio. O documento foi encaminhado ao presidente da comissão organizadora do certame.
Conforme a promotora Ariadne Dantas, o número de vagas ofertadas no concurso público da cidade é ‘irrisório’ se comparado ao quantitativo de cargos atualmente ocupados por servidores contratados.
Já no início da recomendação, ela ressalta que o edital é a lei do concurso, de modo que ele deve trazer de forma clara e objetiva os critérios de seleção, dentre eles, o que trata da reserva de vagas para negros, um dos pontos que ela requer a retificação, já que os considera sem a aferição adequada.
Outro tema abordado na recomendação foi a ausência de previsão de vagas para a função de procurador municipal e controlador interno, cujas atividades são consideradas inerentes à administração pública e não podem ser ocupadas por funcionários ocupantes de cargos em comissão.
Cadastro de reserva
Ariadne Dantas também apontou que o número de vagas ofertadas é ‘irrisório’ se comparado ao quantitativo de cargos atualmente ocupados por servidores contratados, e ainda cobrou a previsão para cadastro de reserva. Para além disso, ela questionou a previsão de matemática como conhecimento geral para todos os cargos, em descompasso com a divisão das demais questões a serem aplicadas.
Por fim, a recomendação ainda apontou que está desatualizado o conteúdo destinado ao cargo de agente administrativo, que há critérios de desempate que não estão de acordo com os princípios da administração pública e que há uma referência ao Estado do Maranhão na parte de conteúdo específico de professor de nível médio I.
Segundo Ariadne Dantas, o não cumprimento injustificado da recomendação poderá resultar na adoção de medidas judiciais cabíveis para apuração da responsabilidade civil, administrativa e criminal, em especial, cumprimento das determinações judiciais contidas na ação proposta pelo Ministério Público para a realização do concurso pelo município.
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