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Os 4 elementos da aprovação em provas e concursos
Olá, pessoal!
Como vocês já sabem, hoje é terça-feira, dia de ir correndo ao Blog do Delegado Cledson e conferir dicas para provas e concursos.
Cotidianamente, muitos me perguntam como se faz para ser aprovado em um concurso?
Nesse texto vou indicar alguns traços e elementos comuns a qualquer aprovação.
Na verdade, acredito que o texto de hoje revela, em verdade, elementos necessários a qualquer empreitada de sucesso.
Então, a primeira coisa que você precisa fazer é parar de enxergar o concurso público com algo aleatório e visualizar isso como um projeto de vida. E como todo projeto, ele é feito de etapas e elementos.
Hoje, quero dar início a uma sequência de textos que faremos sobre os quatro elementos que reputo serem fundamentais para a aprovação em qualquer prova (OAB, escola, faculdade, seleções de estágio, etc.) ou concursos públicos (dos mais simples aos mais complexos).
Os quatro elementos são:
(1) FOCO;
(2) DISCIPLINA;
(3) CONSTÂNCIA; e, por último, mas não menos importante
(4) FÉ.
Então, sem mais delongas, lá vamos ao texto de hoje.
Hoje, falaremos do primeiro elemento fundamental: FOCO.
Lewis Carroll, grande romancista britânico, em Alice no País das Maravilhas, tornou célebre uma frase dita pelo Gato Cheshire à Alice: "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve".
Perfeito.
É exatamente isso: "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve".
Ora, se você não sabe aonde quer chegar, não reclame se passados vários anos você não tiver sido aprovado(a) no concurso que almejava, porque fica transitando na dúvida se vai, ou não, entrar no mundo dos concursos; se vai, ou não, estudar de verdade; se vai, ou não, preparar-se firme e se dedicar de corpo e alma ao projeto; se vai, ou não, abrir mão de um momento hoje em prol de um futuro melhor amanhã.
Nesse mundo altamente concorrido, ter dúvidas é perfeitamente normal, mas ficar preso a elas é altamente danoso. Paralisa.
Então, não paralise pela dúvida. Escolha.
O remédio da dúvida é a escolha.
E não há situação pior do que não saber para onde ir. É como um barco sem rumo, você não sabe onde vai parar e provavelmente será em lugares que você não gostaria de estar.
E não se esqueça de que saber para onde ir é mais importante do que a velocidade.
Então, antes mesmo de agir, decida para onde quer levar sua vida. Decida para onde quer conduzir o barco, em que sentido você vai remar. Isso, nem eu nem ninguém pode definir por você. Somente você é responsável pela vida que quer ter no futuro.
Eu sei, eu sei, não é uma decisão fácil.
Não é mesmo. Eu não disse que ser aprovado seria fácil e já começa nessas decisões pré-prova.
E essa decisão tem tudo a ver com o foco. Isso porque, uma vez que você escolheu o caminho que vai traçar para sua vida, uma vez que você definiu a trilha que vai seguir, nada mais pode lhe deter. Nada - nem ninguém - vai te impedir de atingir seu objetivo, este que agora você alimenta diariamente no lugar mais profundo do coração, no âmago do seu ser.
Tomada essa decisão você poderá dormir tranqüilo(a), pois sabe para onde está indo, sabe o que te espera lá do outro lado da linha de chegada. Sabe que todo o esforço valerá a pena e será recompensado.
Tomada essa primeira grande decisão, é hora de concentrar seus esforços, focar suas energias no projeto.
Isso não significa deixar de viver. Absolutamente que não. Mas significa que você vai ter que colocar o concurso como prioridade.
Durante a minha preparação, sempre fui muito intenso e focado.
Sabia muito bem o que queria. Tinha o propósito muito bem definido. A partir disso, eu redesenhava a vida ao meu redor para se adequar à realidade de que, por um tempo, a prioridade seria o concurso.
Decidido que passaria em concursos, dentre tantas outras medidas, vou citar algumas que tomei:
(1) o celular era afastado do meu local de estudo e só o pegava depois de cumprir minhas metas;
(2) não havia tempos inúteis, qualquer momento era hora de uma revisão ou leitura da jurisprudência, inclusive em filas de bancos e médicos;
(3) decorei as súmulas do STF e STJ caminhando todos os dias para o trabalho (conto isso melhor em um post
no futuro);
(4) abandonei temporariamente outros projetos, como dar aulas, escrever e aprender idiomas (coisas que estou voltando agora);
(5) não freqüentava festas e ambientes que não houvesse efetiva necessidade. Ou seja, a festa do primo distante não está na sua lista de prioridades;
(6) feriados são para estudar, ao menos até pegar ritmo. Diversos dias de Natal ou Ano Novo eu estava estudando até o final da tarde;
(7) sempre estudei durante as férias. Primeira vez que viajei somente a passeio foi nas férias de 2021.
Isso tudo que hoje pode parecer exagero, no início foi muito necessário para mim. Isso porque eu precisava pegar ritmo de estudo e, para isso, gostava de impor certo “radicalismo de estudos” e, depois de atingidas algumas metas, ia me concedendo alguma flexibilização.
Mas calma, não estou dizendo que você deve se trancar em uma caverna e só sair de lá com a aprovação (mas se quiser, fique à vontade!). O que quero dizer é que, na minha realidade fiz diversas adaptações que entendi necessárias, algumas até exageradas, talvez. E você deve fazer as suas modificações na sua realidade.
Contudo, no início dos estudos, principalmente, entendo que algum esforço maior é necessário para romper a inércia que nos prende à realidade atual. Depois, tudo vai girando naturalmente, em um processo naturalizado de estudo constante.
Dessarte, tomada a decisão fundamental de ser aprovado no concurso dos seus sonhos, foque suas energias no projeto e não pare, não pare nunca, enquanto não chegar ao seu lugar ao sol.
No fim, você poderá olhar para trás e ver que todo o esforço focado valeu à pena.
Não conheço arrependidos por terem focado nos seus sonhos.
Descubra para onde quer ir e apenas vá.
Pare de olhar o retrovisor e veja apenas o seu caminho à frente.
E diferente de Alice, agora você sabe para onde ir, não é qualquer caminho que lhe serve.
Agora você só aceita o caminho que te leva ao seu melhor.
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DELEGADO CLEDSON
Delegado de Polícia Federal, Professor de Direito Penal e Processo Penal, palestrante, escritor nas horas vagas, aprovado em diversos concursos, arapiraquense morando no Pará e utilizando o Direito para realizar justiça.
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