O resultado das urnas na eleição deste ano frustou boa parte das expectativas do prefeito de Maceio, JHC (PL), que esperava deixar o irmão como deputado federal, Rodrigo Cunha (UB) como governador e consequentemente a mãe, Eudócia Caldas, no Senado, Davi Davino também como senador, e Bolsonaro na presidência.

O que ocorreu na vida do prefeito foi uma crescente de derrotas. Primeiro ele perdeu o vice-prefeito, Ronaldo Lessa, que partiu, sabidamente, para ser vice-governador na chapa de Paulo Dantas.

Depois, o pai de JHC, o ex-deputado federal João Caldas não pôde ser suplente de Davi Davino na campanha ao Senado, suplência que foi substituída, de última hora, por Gilda Caldas, cunhada de João Caldas.

Mesmo que o pai pudesse ser suplente de Davi Davino, o deputado estadual perdeu para Renan Filho e não conquistou a esperada cadeira no Senado.

Outra frustração foi a derrota de JAC (nominado na campanha como Dr. JHC) na disputa pela Câmara Federal. Mesmo com diversas artimanhas de marketing eleitoral, o prefeito de Maceió não conseguiu emplacar o nome do irmão.

Entre o 1º e o 2º turno, sabendo do espaço que perderia no PSB, devido a derrota dos seus nas urnas, JHC migrou para o PL, tornando-se presidente Estadual e a voz de Bolsonaro em Alagoas.

O prefeito de Maceió ainda tinha esperanças no segundo turno, caso Rodrigo Cunha saísse vitorioso para o Governo de Alagoas, Eudócia Caldas, mãe do prefeito, se tornaria titular da cadeira de Cunha no Senado. Mas esse resultado também foi frustado, Cunha volta ao Senado e Eudócia se mantém suplente.

A última cartada de JHC era acreditar na reeleição de Bolsonaro, outro resultado contrário às expectativas do prefeito da Capital alagoana.

Em análise dos bastidores políticos é dito que JHC, nesta campanha, deixou de ser prefeito para atuar como se fosse ele o candidato aos diversos cargos que apoiou, mas acabou colocando o carro na frente dos bois, se precipitou e pode ter colocado em risco até sua candidatura a reeleição como prefeito da Capital alagoana.