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Delegado e pré-candidato, Thiago Prado reúne especialistas para debater violência contra mulher

Por Política em Pauta com Assessoria 18/07/2022 08h08 - Atualizado em 18/07/2022 12h12
Por Política em Pauta com Assessoria 18/07/2022 08h08 Atualizado em 18/07/2022 12h12
Delegado e pré-candidato, Thiago Prado reúne especialistas para debater violência contra mulher
Delegado Thiago Prado reúne especialistas para debater violência contra mulher - Foto: Thiago Duarte/Assessoria

O delegado e pré-candidato a deputado estadual, Thiago Prado (PP) realizou no último sábado, 16, um debate sobre políticas públicas voltadas para o público feminino e reuniu especialistas para debater violência contra mulher.

Nominado "I Café com o Delegado Thiago Prado", o evento reuniu massivamente feminino para um bate-papo, no auditório do Centro Universitário Mario Pontes Jucá (UMJ).

Conforme dados do Anuário Brasileiro De Segurança Pública 2022, em Alagoas foram registrados, durante o ano de 2021, 1.492 casos de mulheres que sofreram algum tipo de lesão corporal vítimas de violência doméstica, um aumento de mais de 20% em relação ao ano de 2020.

Ainda segundo o anuário, os casos de estupro no estado em 2021 também é preocupante, com o registro de 734 mulheres ou meninas vítimas desse crime.

O Delegado Thiago Prado iniciou a conversa falando sobre os tipos de violência contra a mulher e a atual situação da rede de proteção em Alagoas.

“Para solucionarmos esse mal que atinge diversas famílias e a sociedade, de uma forma geral, é necessário levar informação até elas, e incentivá-las a enfrentar o problema e a denunciar as violências sofridas. Bate-papos assim que conseguimos formar uma sociedade mais preparada, protegendo mulheres e famílias. Além de levar informação, é preciso que o poder público tenha políticas públicas eficientes para proteger as mulheres em todas as áreas e de todas as formas possíveis”, afirmou.

Durante a apresentação foram apresentados sete tipos de violência contra a mulher: violência sexual, violência psicológica, violência patrimonial, violência moral, violência virtual, violência física e violência praticada pelo poder público.

O bate-papo também contou com as participações da doula Marina Sales, falando um pouco sobre violência obstétrica; Emanuelle Macedo, psicóloga, com o tema políticas públicas no combate à violência contra a mulher; e da advogada e mediadora judicial Vanessa Farias, que tratou sobre o atual cenário das políticas públicas voltadas para as mulheres.

A advogada ressaltou a importância de espaços como esse, promovido pelo Delegado Thiago Prado, em que as mulheres estão tendo voz e sendo ouvidas.

“Precisamos de mais espaços, onde as mulheres possam falar, que sejam escutadas, e com um público feminino, elas se sentem mais a vontade para conversar e expor as necessidades do dia a dia. Mostrei um pouco as ações e programas que estão sendo desenvolvidos pelos municípios, pelo estado e pelo Governo Federal e a avaliação dessas políticas públicas, que são de suma importância para que os direitos delas possam estar garantidos”, disse Vanessa Farias.

No final do evento, as participantes responderam uma enquete sobre qual tipo de violência já tinham sofrido, e o maior foi índice foi de violência psicológica. Também foi aberto um espaço para que a plateia pudesse interagir, e foi nesse momento que Ednelma Araújo, 39 anos, fez um depoimento emocionante ao compartilhar as violências que sofreu do ex-companheiro.

“Foram 18 anos de relacionamento e 15 de casamento. Ele nunca me agrediu fisicamente, mas verbalmente, eu nunca fazia nada certo, eu nunca prestava para o meu ex. Mas estou aqui para dizer que superei tudo isso. Superei essa violência ‘emocional. No momento da minha separação, eu me vi sozinha, pensando ‘como eu vou sobreviver?’. Mas eu consegui, e estou aqui para dizer que somos guerreiras e devemos nos ajudar ”, contou a estudante de pedagogia.

Rede de atendimento a mulheres vítimas de violência – Em casos de violência, a Patrulha Maria da Penha pode ser acionada pelo número 190 e denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio do número 180.

As vítimas de violência podem procurar ajuda nas delegacias da Mulher , localizadas n rua Boa Vista, Centro, e na Avenida Presidente Roosevelt, no Jacintinho, na Central de flagrante, que funciona durante 24 horas, na avenida Fernandes Lima, Pinheiro. Também podem ir até o Hospital da Mulher, que possui a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS) e na Casa da Mulher Alagoana.

Política em Pauta

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