Profissionais da comunicação demitidos do Sistema Arnon de Melo em 2019 amargam há mais de dois anos de espera para receber os direitos trabalhistas e o senador, pré-candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor (PTB) finge que a dívida não existe.

Os profissionais foram demitidos devido a uma greve legal, ocorrida em julho de 2019, ralizada contra a redução do piso salarial em 40% em Alagoas. Após a demissão, nenhuma das indenizações foram pagas e outros direitos trabalhistas continuam a ser violados.

Conforme profissionais da comunicação, por diversas vezes o Sindicado dos Jornalistas e alguns profissionais independentes tentaram diálogo com o senador, mas ele ignora as tentativas de negociação e bloqueia todo e qualquer comentário sobre o assunto em suas redes sociais.

Por causa do calote, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas realizou no último domingo, um ato no bairro da Ponta Verde, com a faixa "Collor caloteiro", lembrando que o pré-candidato ao contrário do que propaga nas redes sociais e na rua, não arca sequer com as obrigações trabalhistas de profissionais que atuaram durante anos nas "Gazetas".

Uma nova audiência entre os ex-funcionários da TV e Rádio Gazeta de Alagoas e o grupo empresarial de Collor está marcada para ocorrer este mês. Os advogados de Collor insistem que os profissionais aceitem a seguinte proposta: pagamento parcelado dos direitos trabalhistas, com corte de juros e multas e dividido em 36 meses (12 parcelas no 1° ano, nenhuma parcela no 2º ano, 12 parcelas no 3° ano e 12 parcelas no 4° ano).

Caso os profissionais não aceitem a proposta, o caminho é certo, mais uma vez o senador adiar mais uma vez o pagamento da dívida com os jornalistas.