Em Alagoas na última terça-feira, 29, o presidente Jair Bolsonaro foi recepcionado por diversos apoiadores, entre eles o empresário, dono de uma das principais imobiliárias de Alagoas, Márcio Raposo.

Para recepcionar o presidente no Estado, Raposo fez uma cotinha com valor mínimo de R$ 2 mil por pessoa. A informação foi divulgada pelo Jornal Folha de Alagoas, que teve acesso a um áudio de Márcio Raposo enviado para um grupo de empresários.

Conforme o áudio, o custo para a presença de Bolsonaro seria "violento". Ele contribuiu com R$ 2 mil, mas afirmou que havia pessoas contribuindo com até cinco cotas, ou seja, R$ 10 mil.

“Eu dividi isso em cotas de dois mil reais. Uns deram cinco, outros deram três, outros duas, eu dei uma cota”, explicou ele.

Ainda segundo Márcio Raposo, a atitude é para evitar a volta de Lula na presidência, pois seria um risco para os empresários.

“Eu não estou dando para Bolsonaro, estou dando para não ver o Brasil na mão de um bandido. Medo. Dois mil não é fácil tirar do bolso, mas pior é perder tudo se Lula ganhar, perder fazenda, carro, apartamento, tudo. Perder a nossa liberdade”.

“Se os venezuelanos, os argentinos, os chilenos soubessem o que tão passando, o que iam passar e tão passando, eles davam até o c*. Então, quem puder botar a mão no bolso, faça a doação e me mande o comprovante, porque isso vai ter uma prestação de contas".

Ao ter conhecimento do áudio de Márcio Raposo, o deputado federal Paulão, disse que o medo do empresário é de ter preso mais uma vez. “Devido sua prisão pela PF, na gestão do PT”. Paulão republicou uma notícia de 2008, quando a empresa de Márcio Raposo foi alvo de uma ação da Polícia e Receita Federal.

Após o vazamento do áudio, Márcio Raposo disse que não vai se pronunciar.

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